A partir da atividade proposta posso ressaltar algumas idéias: O Estado, pode ser definido como um contrato social. Este estava atrelado à ideologia do favor, bem como a uma política manipuladora. Já quando iniciou-se em 1980, um processo de democratização, em que a grande participação popular e a organização da sociedade na luta pelos seus direitos, trouxe uma sociedade mais justa e igualitária e por direitos sociais. Enquanto o Brasil libertava-se da Ditadura, surgiam-lhe novos obstáculos quando estava avançando alguns passos na participação popular e na luta por direitos sociais, sofreu o impacto das estratégias do capital para superação de sua crise: o neoliberalismo, a globalização e reestruturação produtiva, que já estavam em curso no resto do mundo e vinham em sentido contrário a esse movimento. O esvaziamento do conteúdo da democracia e a separação entre o econômico e o político são evidentes. As lutas e conquistas dos anos 1980, de direitos universais, deram lugar à naturalização do possível, isto é, se um Estado “em crise” não pode executar políticas, repassa para a sociedade civil, que vai focalizar nos mais pobres para evitar o caos social. O Estado apenas repassa parte do financiamento, e avalia. O Estado passa a ter o papel mais avaliador do que executor. As políticas atuais têm a avaliação como indutora da qualidade, naquela perspectiva de que o Estado deve ser o avaliador, o coordenador e não mais o executor. Além disso, há também o conteúdo da avaliação, quer dizer, o que vai ser avaliado importa já que diz o que deverá ser ensinado, e remete à escola que queremos, e mais uma vez à função social da escola hoje. Quanto à avaliação como indicativo da qualidade, é uma inversão ao objetivo das avaliações institucionais, que deveriam ser diagnósticas, dando base para a elaboração de políticas e acaba por ser meritocrática, culpando as escolas e mais especificamente os professores pelo sucesso ou fracasso escolar, como se o sistema público não fosse responsável pela rede de escolas e sua qualidade, o que vai de encontro com a teoria Neoliberal que defende a necessidade de retirada da ação do Estado de uma área a fim de que se possa investir em outras, mais prioritárias, será? Posso recordar a realidade sapiranguense, em que integrávamos o Projeto do Instituto Ayrton Senna, em que eu achava um absurdo ter que realizar provas padronizadas no país, no entanto as realidades não interessavam, simplesmente os resultados finais, sem contar o kit planilha que tínhamos que preencher mensalmente. Mas, tudo bem, passou,.., passou nada, agora passaremos a integrar o Instituto Ayrton Senna na rede estadual de ensino, aí já se fala em alterar o Projeto Político Pedagógico da escola em função dessas avaliações, novamente será levado em consideração o resultado final e não o processo que o aluno percorreu para chegar ao mesmo. Pregam uma educação de qualidade em duas provas realizadas no ano, sem ao menos conhecer a realidade de cada escola.
Com base na leitura do texto pude compreender um pouco sobre os conceitos estruturantes, pois sou completamente alienada em políticas, leis,... Sei que estou errada em me alienar nestes assuntos que são de suma importância para nós, mas francamente é algo que não me atrai.