quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Indagações

Destaco o parágrafo a seguir como fundamental para a postagem que fiz anteriormente:
"A autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática, mas não são suficientes para mudar nossa histórica cultura autoritária. Necessitamos de políticas que ampliem as possibilidades de democratização da educação. Pesquisas demonstram que não analisamos gestão democrática em abstrato. Os indicadores têm sido: o direito à educação, isto é: ampliou-se o acesso, a permanência, o conhecimento? Melhorou o financiamento da educação? A valorização do magistério? Quer dizer, para analisarmos se um sistema educacional avançou na gestão democrática e na qualidade da educação, analisamos as políticas educacionais propostas, além dos índices quantitativos."
No entanto sempre acabamos esbarrando em algum segmento que não corresponde ao esperado ou que deixa a desejar. Vemos que consideram números e resultados, no entanto o processo que levou ao determinado resultado não é citado, será que é realmente correto considerar índices quantitativos sem levar em consideração as variadas culturas, classes, raças,...,?

Conceitos estruturantes

A partir da atividade proposta posso ressaltar algumas idéias: O Estado, pode ser definido como um contrato social. Este estava atrelado à ideologia do favor, bem como a uma política manipuladora. Já quando iniciou-se em 1980, um processo de democratização, em que a grande participação popular e a organização da sociedade na luta pelos seus direitos, trouxe uma sociedade mais justa e igualitária e por direitos sociais. Enquanto o Brasil libertava-se da Ditadura, surgiam-lhe novos obstáculos quando estava avançando alguns passos na participação popular e na luta por direitos sociais, sofreu o impacto das estratégias do capital para superação de sua crise: o neoliberalismo, a globalização e reestruturação produtiva, que já estavam em curso no resto do mundo e vinham em sentido contrário a esse movimento. O esvaziamento do conteúdo da democracia e a separação entre o econômico e o político são evidentes. As lutas e conquistas dos anos 1980, de direitos universais, deram lugar à naturalização do possível, isto é, se um Estado “em crise” não pode executar políticas, repassa para a sociedade civil, que vai focalizar nos mais pobres para evitar o caos social. O Estado apenas repassa parte do financiamento, e avalia. O Estado passa a ter o papel mais avaliador do que executor. As políticas atuais têm a avaliação como indutora da qualidade, naquela perspectiva de que o Estado deve ser o avaliador, o coordenador e não mais o executor. Além disso, há também o conteúdo da avaliação, quer dizer, o que vai ser avaliado importa já que diz o que deverá ser ensinado, e remete à escola que queremos, e mais uma vez à função social da escola hoje. Quanto à avaliação como indicativo da qualidade, é uma inversão ao objetivo das avaliações institucionais, que deveriam ser diagnósticas, dando base para a elaboração de políticas e acaba por ser meritocrática, culpando as escolas e mais especificamente os professores pelo sucesso ou fracasso escolar, como se o sistema público não fosse responsável pela rede de escolas e sua qualidade, o que vai de encontro com a teoria Neoliberal que defende a necessidade de retirada da ação do Estado de uma área a fim de que se possa investir em outras, mais prioritárias, será? Posso recordar a realidade sapiranguense, em que integrávamos o Projeto do Instituto Ayrton Senna, em que eu achava um absurdo ter que realizar provas padronizadas no país, no entanto as realidades não interessavam, simplesmente os resultados finais, sem contar o kit planilha que tínhamos que preencher mensalmente. Mas, tudo bem, passou,.., passou nada, agora passaremos a integrar o Instituto Ayrton Senna na rede estadual de ensino, aí já se fala em alterar o Projeto Político Pedagógico da escola em função dessas avaliações, novamente será levado em consideração o resultado final e não o processo que o aluno percorreu para chegar ao mesmo. Pregam uma educação de qualidade em duas provas realizadas no ano, sem ao menos conhecer a realidade de cada escola.
Com base na leitura do texto pude compreender um pouco sobre os conceitos estruturantes, pois sou completamente alienada em políticas, leis,... Sei que estou errada em me alienar nestes assuntos que são de suma importância para nós, mas francamente é algo que não me atrai.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Paulo Freire...

Paulo Freire nos traz maravilhosas colocações no livro Pedagogia da Autonomia:

"Se tivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação."
"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a ele ensinar e não a de transferir conhecimento."
"Saber que devo respeito à autonomia e à identidade do educando exige de mim uma prática em tudo coerente com este saber. Saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do educando e, a prática, procurar a coerência com este saber."
"Como professor crítico, sou um aventureiro responsável, predisposto à mudança, à aceitação diferente. Nada do que experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se."
"A esperança de professor e alunos juntos poder aprender, ensinar, inquietar, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria."

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Planejamento do tempo


O tempo é algo precioso, no entanto organizar o tempo é fundamental. A organização prévia do tempo nos permite o melhor aproveitamento e disciplina na realização das tarefas.
Acredito que tenho aproveitado bem o meu tempo, bem como planejado, tenho dedicado um bom tempo para os estudos, às vezes até deixando de lado outros afazeres para dedicar-me às leituras e atividades de estudos.
Vejo nesta organização uma grande vantagem, pois ao mesmo tempo em que me dedico aos estudos, em casa, posso intercalar uma tarefa ou outra, otimizando e aproveitando melhor meu tempo.
Um empecilho que me afligia é a Internet, pois o sinal é muito fraco, então esta conseguia me tirar do sério, pois normalmente quando estava trabalhando em uma página não consigo carregá-la, então perdendo o tempo que havia definido para tal. Agora não reluto mais, pois me adaptei à Internet, quando nas tentativas não consigo realizar as postagens, programo o despertador e faço-nas de madrugada, que é quando a Internet funciona muito bem.
A organização é o princípio básico fundamental e necessário para otimizar o aproveitamento do tempo.

Trabalho final e Workshop

No preparo para o workshop mais uma vez deparo com minha insegurança para falar em público, o medo de que algo não dê certo, mas como diz o ditado: depois do temporal vem a bonança... Ufa!!!
A elaboração do documento síntese do portfólio de aprendizagens, utilizei como atividade de apoio, pois realizei registros conclusivos e reflexivos de minhas aprendizagens em cada uma das interdisciplinas do Eixo IV. Os registros estavam bem sintetizados, no entanto quando iniciei meu documento final tive facilidade em organizar-me e ir direto ao ponto em questão.
No entanto, continuarei em busca de aprimoramento e crescimento pessoal, pois não somos recipientes de conteúdos, somos professores aprendizes e devemos estar atentos e abertos às mudanças e aperfeiçoamentos necessários para aguçar o desejo de aprender de nossos alunos.

Aprendizagens no eixo IV

As aprendizagens consolidaram-se ao longo do semestre, no entanto ao preparar a síntese reflexão tive a compreensão da dimensão sobre os conceitos de tempo e espaço, que amplia-se na reflexão estruturada em cada interdisciplina pois as diversas representações do mundo estão interligadas. À medida que traço objetivos, em meus planejamentos percebo as relações, no entanto, não havia refletido o tempo e o espaço com expressiva globalização de atividades. Assim, a realização de atividades envolvendo o tempo e o espaço, mostrou-me, nas variadas representações de mundo que estamos inseridos em uma sociedade, em que eu, como professora, tenho o importante papel de trabalhar noções espaciais e temporais para educar a vida.
As diferentes perspectivas de tempo e espaço podem ser trabalhadas de modo integrado, pois quando trabalhamos o tempo físico, permitimos à criança localizar-se no tempo e situar fatos de sua vida fazendo a quantificação e representação, por exemplo a linha de tempo idealizada para as interdisciplinas de Representações de mundo pelos Estudos Sociais e Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, mostra que há uma grande quantidade de números presentes em nossa vida, bem como estão inseridos em nosso cotidiano. Também a partir das aprendizagens construídas neste eixo, nas interdisciplinas estudadas, percebi que ao trabalhar o espaço : a casa, o bairro, a escola, a cidade, o estado, o país. Já no estudo do tempo: elaborar linhas de tempo, pesquisar a história da família, as mudanças da sociedade com o passar dos anos,... Por meio destas atividades e relacionadas às questões sociais e ambientais em que se envolve o uso de mapas e plantas baixas, estarei trabalhando noções de representação matemática com meus alunos, pois vai da criatividade do professor, criar formas de globalizar e explorar os conteúdos.