sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Diversidade – sexto semestre

Olhar a diferença é inevitável num todo, então pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. A escola é o espaço de integração social, poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer. A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social, normalmente desfavorecido.
Ainda há discriminação e preconceito, pois a cultura, a história, a imagem que as pessoas tem de sua cultura. Na verdade, não há inclusão da diversidade, pois há pessoas das mais variadas etnias que procuram ter um lugar digno dentro de um grupo social, mesmo não apresentando necessidades educacionais especiais mas são pessoas que esperam pela inclusão social.
Desta forma a sala de aula é uma das primeiras comunidades em que uma criança passa a ter convivências com grupos sociais, onde podem sentir-se envolvidas, mesmo sendo comunidades muito diferentes. É importante para as crianças sentirem que tem um papel nessa comunidade, que estão incluídos num grupo social. Acredito que o envolvimento com o aluno na sala de aula, o modo como o conduzimos para seu desenvolvimento afetivo, psicológico e cognitivo, favorecerão as vivências das pessoas e as relações entre elas, mesmo com todas as complicadas implicações aí envolvidas que proporcionarão o desenvolvimento autônomo.
Quando se pensa em educação, é fundamental que se pense em seus agentes mais importantes: professores e alunos, ambos são coautores na educação, pois a educação não é feita só de professores, nem mesmo só de alunos, ambos cooperando no grande drama da educação: a escola não mais interfere no mundo; mas o mundo continua interferindo de forma crescente na escola. Por mais que a instituição tente se proteger das instabilidades sociais, estas arranjam sempre alguma maneira de furar a barragem.
Esse é o modo de ensinar. Se o que você ensina não faz sentido para as crianças, elas esquecerão em duas semanas. Por isso é pertinente refletirmos: O que ensinar, Por que ensinar?
Na construção da aprendizagem, onde o professor é tão aprendiz quanto os alunos, a educação não funciona apenas cognitivamente, por isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o intelecto, é necessário cooperação, cumplicidade, criatividade, trabalho em equipe, autonomia, idéias inovadoras, relações interpessoais, equilíbrio emocional, flexibilidade e que se aceite desafios para alcançar o sucesso. Ressalto a valiosa citação de Arlete B. Miranda:
“Reconhecemos que trabalhar com classes heterogêneas que acolhem todas as diferenças traz inúmeros benefícios ao desenvolvimento das crianças deficientes e também as não deficientes, na medida em que estas têm a oportunidade de vivenciar a importância do valor da troca e da cooperação nas interações humanas. Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender."

Escola X Igualdade X Aprendizagem - VI semestre

A escola, um espaço educativo voltado a aprendizagens, mas neste espaço há relações entre alunos, entre alunos e professores, em que há mediação.
A escola é uma instituição educadora em que a relação entre professores e estudantes configuram situações de uma sala de aula em que pode haver conflitos de identidades e de grupos sociais, onde as políticas educacionais em relação às escolas ainda se moldam com autoritarismo em valores e princípios morais drásticos.
A ética, um valor moral muito importante, que diz respeito à realização do homem como homem. Ou seja, enquanto ser que possui várias dimensões a realizar para sentir-se plenamente humano tanto na comunidade em que está inserido, no meio social, pois é lá que se dão os atos morais, econômicos e políticos, é lá que o homem realiza seu ser, seu ser social.
Conforme citação de Colombo:

"É por demais sabido que a escola é um agente importante na formação ética dos cidadãos, um determinante nas suas concepções éticas. A escola pode servir como exercício da política, da cidadania, da consciência, da ideia e do respeito à coisa pública." (1993, p. 53)
Também acredito que os alunos são capazes de construir aprendizagens, sendo autores de seu próprio conhecimento, por meio da assimilação, em que ocorrem as transformações dos instrumentos de assimilação constituindo a ação acomodadora, no entanto acomodam se for de seu interesse.

Eixo 6 - A escola deve ser um espaço aberto às diferenças

A escola é um espaço onde se encontra grande diversidade cultural, e por isso trabalhar as diferenças e com as diferenças é um desafio para nós professores, pois somos mediadores do conhecimento, ou melhor, facilitadores do processo ensino-aprendizagem.
A escola é o lugar ideal para discutir as diferentes culturas, e suas contribuições na formação do nosso povo, o pluralismo étnico-cultural e racial da sociedade brasileira. Assim nós, como educadores e responsáveis pela formação de crianças e jovens temos de nos preocupar com as questões da diversidade e com os preconceitos na sala de aula e no espaço escolar, para desta forma educar para a igualdade, buscando uma educação para a democracia, conforme cita Eliana Oliveira:
"A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro."

A escola é sinônimo de diversidade cultural, por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem. O professor tendo um saber crítico poderá questionar valores e saberá tirar desse conhecimento o que ele tem de valor universal.
Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender. A concretização de uma prática educacional inclusiva não será garantida por meio de leis, decretos ou portarias que obriguem as escolas regulares a aceitarem os alunos com necessidades especiais. A presença física do aluno com necessidades educacionais especiais na turma não é garantia de inclusão, mas sim que a escola esteja preparada para dar conta de trabalhar com os alunos que chegam até ela, independentemente de suas diferenças ou características individuais.
Como ser humano e profissional que sou continuarei partindo do princípio de que todos são iguais, bem como valorizar e respeitar as diferenças dos alunos e agir em prol da valorização da vida como um todo. Enquanto não assumirmos esta responsabilidade para com o próximo, e ficar na posição de “queixa”, estaremos reforçando a exclusão e com ela a injustiça!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A escola como espaço de aprendizagens, descobertas e inovações do aluno e do professor - Eixo V

Tendo em vista que a escola é o espaço de aprendizagens, descobertas e inovações do aluno e do professor, em que se visa construir a aprendizagem de forma a despertar o interesse, ressalta-se a arquitetura de projetos de aprendizagem.
A metodologia de projetos de aprendizagem busca a solução de problemas e o desenvolvimento um processo de construção de conhecimento, pois o aluno será autor do seu conhecimento. Partindo do princípio de que o aluno tem conhecimento prévio é que o aluno vai se movimentar e interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico.
Um projeto de aprendizagem vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações no sistema de significações, que constituem o conhecimento particular do aluno, pois quando somos desafiados, questionados, necessitamos pensar para expressar as dúvidas, passamos a desenvolver as competências para formular e solucionar problemas.
Usamos como estratégia as certezas provisórias e as dúvidas temporárias. Pesquisando, indagando, investigando, muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas; ou ainda, geram outras dúvidas e certezas que, por sua vez, também são temporárias, provisórias. Iniciam-se as negociações, as trocas que neste processo são constantes, pois a cada idéia, a cada descoberta os caminhos de busca e as ações são reorganizadas, repensadas para que possamos chegar à solução da questão de investigação, que é norteadora do projeto.
O crescimento ocorre tanto no grupo, como individualmente, onde o envolvimento nos proporcionou um posicionamento frente ao assunto, avançamos no domínio do assunto, incrementamos com o uso das tecnologias, sendo que ambas tomávamos as iniciativas, não nos acomodamos na espera que uma faça pela outra, dividimos tarefas. Avançamos na estruturação das etapas, crescemos a partir da interação com os professores.
O Projeto de Aprendizagem em grupo é um trabalho colaborativo que requer muito mais que conhecimento, este precisa de disponibilidade para o trabalho coletivo, capacidade de descentração, onde oferecer auxílio nos proporciona um ganho particular em conhecimentos e maturidade nas relações com o grupo. Isso só é possível quando as relações entre os indivíduos, são baseadas em relações de reciprocidade. Questionar para desestabilizar, para provocar discussões, reflexões, análises e críticas passa a ser entendido, também, como essencial para preparar o um cidadão.

A escola: um espaço de convívio na relação professor-aluno

No quinto semestre contemplaram-se aprendizagens voltadas às diferentes épocas da vida em que seres humanos apresentam características diferentes.
As várias etapas são marcadas por conflitos que lhe são próprios. Assim como a passagem da infância para a vida adulta é marcada por conflitos. A cada passagem, há perdas, mas há ganhos. Para algumas pessoas predominam os sentimentos de perda e para outros predominam os sentimentos de ganho a cada etapa. Porém, o certo é que a passagem por cada etapa significa expectativas diferentes com relação à própria vida.
A fase adulta em que atingimos a maturidade, em que sabemos definir claramente o que é certo e o que é errado, fazemos escolhas, tomamos decisões, delineamos projetos pessoais e profissionais. Podemos caracterizar um adulto como: maduro, responsável, autônomo, capaz, que pense formalmente, como também já constitua sua própria escala de valores.
O desenvolvimento cognitivo inicia-se no nascimento e perdura pela vida adulta. Atingimos o operatório-formal a partir de doze anos, no entanto para atingi-lo é necessário refletir para além do real presente, refletir as possibilidades, fazer planos, elaborar teorias, construir sistemas e pensar sobre o próprio pensamento.
O adulto aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico ou social em que vive e lançando hipóteses sobre as transformações da convivência, por isso o trabalho docente é um constante desafio em que há uma ênfase cada vez maior no profissional, como também na formação e na organização do trabalho cotidiano. Exige-se cada vez mais, que os professores se tornem profissionais da Pedagogia, capazes de lidar com inúmeros desafios pela escolarização de massa em todos níveis do sistema de ensino.
A relação professor – aluno não se limita ao conteúdo, pois são necessárias relações interpessoais para então levá-lo a aprendizagem, de forma a compreender o raciocínio que lhe é transferido. Desta forma, o trabalho docente exige inovação para despertar interesse no aluno. Trabalhar com pessoas é muito delicado, pois estas são objeto de trabalho, onde temos uma sala de aula numerosa, alunos em diferentes níveis de aprendizagem, alunos inclusivos,..., em que o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender, temos que acompanhar o desenvolvimento, pois a educação é um processo social, ela não nos prepara para vida, mas é a própria vida.
A relação entre professor e aluno se transformou em relação professor-cliente, muitos são pressionados pelos interesses mercadológicos da escola e, assim, muitas vezes não têm suporte da instituição em situações de enfrentamento com os alunos.
Para que a educação e o professor tenham êxito no trabalho realizado é preciso que as famílias compreendam a importância deste para o desenvolvimento de seus filhos, uma vez que dependem desta para a formação de sua personalidade, aquisição dos conteúdos e desenvolvimento das habilidades necessárias a sua vida adulta.
Trabalha melhor quem está mais preparado, segundo Içami Tiba (2002, p. 123):
"Felicidade não é fazer tudo o que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo".

Escola: organização e gestão - Eixo V

A gestão democrática está ligada ao estabelecimento de mecanismos institucionais e à organização de ações que desencadeiam processos de participação social: na formulação de políticas educacionais, na determinação de objetivos e fins da educação, no planejamento, nas tomadas de decisão, na definição sobre o destino de recursos e necessidades de investimento, na execução das decisões tomadas e nos momentos de avaliação.
Para garantir a gestão democrática como princípio constitucional, há um longo processo que requer diálogo e participação coletiva de todos os envolvidos: pais, alunos, professores, direção, enfim, a sociedade como um todo. Assim, a autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática onde necessitamos de políticas que ampliem as possibilidades de democratização da educação.
A dimensão administrativa abrange a organização da vida funcional e da vida escolar, há planejamento participativo. A escola como um todo, é resultante da construção coletiva com a participação de todos os segmentos da comunidade, em que o currículo norteia a vida da mesma, este é constituído a partir de um amplo estudo das temáticas, competências e referenciais elaborados pelos professores de cada série e componentes curriculares, com objetivos bem definidos, respeitando a capacidade cognitiva do aluno, com ênfase na interdisciplinaridade atribuindo-lhe tempo e intensidade.
O Projeto Político Pedagógico (PPP), no qual temos grande participação na formulação, há todos os aspectos necessários para o bom andamento da escola, desde os planos de ensino às mais diversas atividades da escola: sua estrutura e organização, o papel dos diferentes segmentos escolares, calendário escolar, conhecimento, currículo e avaliação. O PPP é conhecido como a bíblia da escola, a mola mestra. Visando a escola como espaço para a construção de uma escola pública democrática, instituiu-se o PPP como referencial de escola desejada, representa idéias, objetivos, metas, seqüência de ações que orientarão toda a ação pedagógica da escola.
O Regimento Escolar é o documento originado do Projeto Pedagógico, no entanto este vem disciplinar a vida escolar, não é formulado na escola. Define as regras, contem orientações para a vida escolar, ou seja, regimentar o modo como a escola se organizará para pôr em prática suas opções teóricas. É um importante documento de referência para o funcionamento da escola. Isto é fundamental para que todos que trabalham na escola, bem como os que participam da sua vida cotidiana, como comunidade escolar, tenham claro o processo histórico, de organização e de normatização da instituição.
O processo de constituição do PPP e do Regimento Escolar deve ser um movimento de participação ampla de toda a comunidade escolar para pensar seus princípios e diretrizes. A construção de conhecimento, saberes e viveres é o núcleo centralizador da escola. É importante organizar os fazeres: pedagógico e administrativo, com base na legislação existente. Dessa forma, tanto o PPP quanto o Regimento Escolar estarão concretizando uma concepção do aluno que queremos, é o que sonhamos.
A dimensão relacional da escola com o sistema, redes de ensino, órgão central e instituições afins me parece ser favorável, caso contrário, não haveria o bom funcionamento da entidade. Acredito que assim caminhamos para gestão democrática da educação, pois a democracia participativa, é aquela em que os cidadãos, ao sentirem-se fazendo parte de uma nação ou grupo social, tem parte real na sua condução e por isso tomam parte na infindável construção de uma nova sociedade da qual se sentem parte.

A escola como instituição pública - Quinto semestre

A educação no Brasil ainda é muito desigual. Constata-se que houve um aumento na escolarização em todos os níveis de ensino, mas a situação real da educação é marcada por fortes contradições, que levam frequentemente à existência de grandes lacunas entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas.
As políticas educacionais redefinem o papel do Estado, que podemos entender como um contrato social. O Estado apenas repassa parte do financiamento, e avalia, pois as políticas atuais tem a avaliação como indutora da qualidade. Quanto à avaliação como indicativo da qualidade, é uma inversão ao objetivo das avaliações institucionais, que deveriam ser diagnósticas, dando base para a elaboração de políticas e acaba por ser meritocrática, culpando as escolas e mais especificamente os professores pelo sucesso ou fracasso escolar.
O sistema público, na buscar um padrão externo de qualidade, acaba procurando a parceria com instituições privadas, como é o caso do Instituto Ayrton Senna, o qual a rede municipal de Sapiranga já integrou. A rede estadual está proporcionando às escolas o Projeto Piloto para Alfabetização. As instituições envolvidas na parceria são: Instituto Ayrton Senna (SP), Geempa (RS) e Instituto Alfa e Beto (MG). Os três programas de intervenção pedagógica tem como foco a alfabetização, visando à construção da matriz de competências e habilidades cognitivas em leitura, escrita e matemática, de forma a assegurar sua alfabetização em, no máximo, dois anos letivos, ou seja, no primeiro e segundo anos do ensino fundamental de nove anos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eixo 4 - Aprendizagens: Tempo e Espaço

No quarto semestre as aprendizagens desenvolveram-se a cerca do espaço e do tempo.
Pensar o tempo e o espaço nas interdisciplinas deste semestre fora fundamental, pois possibilitou a ampla compreensão dos conceitos. Definir a Geografia como o espaço e a História como o tempo, são significações básicas, mas de grande importância, pois de que adianta transmitir ao aluno significações complexas e dificultar-lhe o entendimento.
As diferentes perspectivas de tempo e espaço podem ser trabalhadas de modo integrado, pois quando trabalhamos o tempo físico, permitimos à criança localizar-se no tempo e situar fatos de sua vida fazendo a quantificação e representação, por exemplo, a linha de tempo idealizada para as interdisciplinas de Representações de mundo pelos Estudos Sociais e Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, mostra que há uma grande quantidade de números presentes em nossa vida, bem como estão inseridos em nosso cotidiano.
Também a partir das aprendizagens construídas neste eixo, nas interdisciplinas estudadas, percebi que ao trabalhar o espaço: a casa, o bairro, a escola, a cidade, o estado, o país. Já no estudo do tempo: elaborar linhas de tempo, pesquisar a história da família, as mudanças da sociedade com o passar dos anos,... Por meio destas atividades e relacionadas às questões sociais e ambientais em que se envolve o uso de mapas e plantas baixas, estarei trabalhando noções de representação matemática com meus alunos, pois vai da criatividade do professor, criar formas de globalizar e explorar os conteúdos.
Na atividade de Representações de mundo pelas Ciências Naturais, em que os alunos tiveram que representar com desenhos o que significava a palavra lida. Pude compreender a visão de mundo que os alunos já tem. Este exercício de representação explicita o potencial do aluno, que é um ser pensante e que há uma coisa pensada, esta coisa é o mundo transformado em objeto. Percebi assim, que muito é possível, que há possibilidades de um novo olhar para o interesse do aluno, pode ser instigante, informativo e amplo. Cabe ao professor ser o mediador e desafiador, criando situações limites para as explicações dos alunos, bem como demonstrar conhecimentos e humildade, em saber que ele não é o centro do conhecimento.
Já no estudo dos ciclos de vida há o envolvimento de noções de tempo e espaço, em que ocorrem mudanças, transformações. O tempo revela o início e o esgotamento dos acontecimentos, o eterno recomeço, em que podemos conhecer e explicar os impasses e conseqüências das interferências humanas no espaço, como vimos no vídeo Balance, neste a relação entre a ocupação do espaço pelos habitantes do universo de Balance e o equilíbrio do mesmo dependia de cada um fazer a sua parte. Caso um habitante deixasse de fazer a sua parte causaria o desequilíbrio. Quando não houve mais consenso entre os habitantes, um destes empurrou os demais para que caíssem do universo, no entanto um habitante e a caixa havia equilíbrio, mas este não podia chegar até a caixa, tamanha sua ganância que ficou sem nada. Percebe-se que as ações individuais podem alterar o equilíbrio de um sistema de modo a comprometer a estrutura do mesmo levando-o ao desequilíbrio. Seria o mesmo que cada pessoa jogar o lixo no meio ambiente que lhe rodeia, em pouco tempo teríamos montanhas de lixo acumuladas as nossas portas, ao invés de termos jardins, gramados, hortas e árvores.
Como nos dizem os PCNS – Meio Ambiente e Saúde – volume 9:

“Já a devastação e a exploração predatória que compromete a existência de diversidade genética, que ameaça de extinção espécies inteiras, gera grande desequilíbrio e fere a harmonia da natureza... Mas um grande desequilíbrio pode causar reações em cadeia, irreversíveis, de efeitos devastadores inclusive para a própria espécie humana.”

O desequilíbrio leva à extinção, isto é, ao fim das espécies. Assim como no filme, em nosso meio o desequilíbrio ambiental provoca a desestruturação. Uma crescente devastação e exploração predatória causada pelo homem levam ao desequilíbrio ambiental, porque o homem visa enriquecer às custas dos recursos naturais, mas esquece que está esgotando os mesmos. As crescentes industrializações em meio à era da tecnologia e modernização fazem com que o homem esqueça que precisa viver em harmonia com o meio ambiente, pois hoje podemos afirmar que os recursos são escassos e limitados. A agressão causada ao equilíbrio ambiental, nos atinge, pois somos parte do meio ambiente, daí a urgência de mudar as atitudes do homem frente ao meio ambiente, para tentar melhorar seus espaços e ter mais tempo de vida.
A compreensão sobre os conceitos de tempo e espaço amplia-se na reflexão estruturada em cada interdisciplina, pois as diversas representações do mundo estão interligadas. À medida que traço objetivos em meus planejamentos percebo relações. No entanto, não havia refletido o tempo e o espaço com expressiva globalização de atividades. Assim, a realização de atividades envolvendo o tempo e o espaço, mostrou-me, nas variadas representações de mundo que estamos inseridos em uma sociedade, em que eu, como professora, tenho o importante papel de trabalhar noções espaciais e temporais para educar a vida.