domingo, 29 de março de 2009

Inclusão


Há muito preconceito e discriminação com as pessoas portadoras de deficiências ou necessitadas de educação especial e infelizmente nossas escolas ainda não estão preparadas para atender esta demanda.

Trabalho nas redes estadual e municipal, onde percebo que o município vem se instrumentalizando para atender os alunos portadores de deficiências e necessidades educacionais especiais, já o Estado matricula alunos com necessidades especiais, mas não instrumentaliza o professor, a escola pra receber e atender esta clientela cada vez mais presente em nossas escolas, não investe nesta área de Educação Especial, o máximo que fazem são promover encontros.

A sociedade em si não está preparada para aceitar a inclusão, como expressam as inquietações a seguir, que li uma reportagem "Inclusão e Solidariedade", descrita por uma professora em que refletiu se é conveniente ou inconveniente dizer que:

a) Uma pessoa é deficiente!
(Pense em tudo o que vem acompanhando este conceito na sociedade de hoje.)

b) Esta pessoa está “presa” a uma cadeira de rodas!
(Talvez pudéssemos pensar que ela está livre para se movimentar através desta cadeira...)

c) Esta pessoa está “condenada” a uma cadeira de rodas!
(Ela é culpada de alguma coisa? Não há mais esperança?)

Percebemos desta forma o quanto podemos deixar de incluir uma pessoa somente através da fala. Seja através de nossas ações, ou melhor, das nossas não ações.

Se quisermos incluir alguém num grupo, já partimos do princípio de que este grupo tenha certas características... Se por acaso aparecer mais alguém com características e qualidades diferentes do que se esperava, entramos em conflito.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Roseli, ótima essa tua reflexão, principalmente quando trazes os exemplos de exclusão que acontece na fala e que, muitas vezes, não nos damos conta. Nessa postagem trazes as aprendizagens contruidas sobre o tema e evidencia-as através das referências que fazes ao longo do texto. Abração, Sibicca.