Até os anos de 1980, considerava-se que uma criança só poderia ler ou escrever se fosse treinada em uma metodologia de ensino do alfabeto. Depois dessa época, a aprendizagem da leitura e escrita passou a ser vista, como um processo de construção de conhecimento, baseados em dois métodos de alfabetização.
O método de alfabetização sintético, que vai das partes (grafema, fonema) para o todo (palavra, frase, texto). O método sintético divide-se em método fônico em o aluno deve associar os sons que emite ao falar (fonemas) às letras que aprende a grafar (grafemas), já no método silábico o aluno memoriza as famílias silábicas para formar palavras com elas, depois frases, depois textos, geralmente utilizando uma cartilha onde as sílabas e as palavras são apresentadas numa sequência escolhida de tal maneira que os alunos não confundam letras de forma ou sons parecidos.
As palavras, frases e textos utilizados destinam-se à memorização, considerada o fundamento dos processos de aprendizagem, entendida como um processo no qual o aluno recebe, de forma passiva, informações que nele são colocadas de fora para dentro, assim como no estudo teórico psicológico do Behaviorismo, em que Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança de comportamento manifesto. Essas mudanças são resultado de uma resposta individual a estímulos que ocorrem no meio, emite respostas devido a um estímulo externo.
O método de alfabetização analítico que parte do todo (palavra, frase, texto) para as partes (sílabas, grafemas, fonemas), propõem que o aluno reconheça globalmente o que lê antes de reconhecer as partes que compõem as palavras, as frases, os textos, a partir de uma construção ativa do saber pelo aluno. O aluno é visto como aprendiz ativo, e seu interesse pelo conhecimento ou necessidade que sente dele são impulsos à aprendizagem.
A teoria psicológica da Gestalt é voltada para aprendizagem num todo, no qual a aprendizagem é construída partir da percepção, explicada como um insight, organizando os estímulos para facilitar o processo perceptivo, é como muitas vezes dizemos “falta dar o estalo”. A Gestalt estuda os comportamentos como um todo, desconsiderando as condições externas e focando as condições internas configurando estímulos, percebendo relações e estruturas, resultando na totalidade.
Sob o aspecto de desconsiderar as condições externas já contradiz a aprendizagem num todo, pois entendo que o método de alfabetização analítico considera as condições externas, a leitura de mundo que o aluno tem, sua bagagem histórico-cultural, como na concepção sociointeracionista, em que o processo de apropriação da leitura e escrita se dá primeiro nas interações sociais, para depois ser internalizado pelo aluno, assim percebo o processo de construção da leitura e da escrita, sendo visto como um ato criador. Segundo Paulo Freire:
“...a que os alfabetizandos devem comparecer como sujeitos, capazes de conhecer e não como puras incidências do trabalho docente dos alfabetizadores. (...)insisti sempre na crítica aos ba be bi bo bu, à memorização mecânica das letras e sílabas, aos Eva viu a uva; à ênfase jamais esmaecida que chamei a atenção dos educadores para a necessidade de alfabetizandos se exporem à substantividade misteriosa da linguagem, à boniteza de sua própria fala, rica de metáforas” (FREIRE, 2000: 87/88).
O método de alfabetização sintético, que vai das partes (grafema, fonema) para o todo (palavra, frase, texto). O método sintético divide-se em método fônico em o aluno deve associar os sons que emite ao falar (fonemas) às letras que aprende a grafar (grafemas), já no método silábico o aluno memoriza as famílias silábicas para formar palavras com elas, depois frases, depois textos, geralmente utilizando uma cartilha onde as sílabas e as palavras são apresentadas numa sequência escolhida de tal maneira que os alunos não confundam letras de forma ou sons parecidos.
As palavras, frases e textos utilizados destinam-se à memorização, considerada o fundamento dos processos de aprendizagem, entendida como um processo no qual o aluno recebe, de forma passiva, informações que nele são colocadas de fora para dentro, assim como no estudo teórico psicológico do Behaviorismo, em que Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança de comportamento manifesto. Essas mudanças são resultado de uma resposta individual a estímulos que ocorrem no meio, emite respostas devido a um estímulo externo.
O método de alfabetização analítico que parte do todo (palavra, frase, texto) para as partes (sílabas, grafemas, fonemas), propõem que o aluno reconheça globalmente o que lê antes de reconhecer as partes que compõem as palavras, as frases, os textos, a partir de uma construção ativa do saber pelo aluno. O aluno é visto como aprendiz ativo, e seu interesse pelo conhecimento ou necessidade que sente dele são impulsos à aprendizagem.
A teoria psicológica da Gestalt é voltada para aprendizagem num todo, no qual a aprendizagem é construída partir da percepção, explicada como um insight, organizando os estímulos para facilitar o processo perceptivo, é como muitas vezes dizemos “falta dar o estalo”. A Gestalt estuda os comportamentos como um todo, desconsiderando as condições externas e focando as condições internas configurando estímulos, percebendo relações e estruturas, resultando na totalidade.
Sob o aspecto de desconsiderar as condições externas já contradiz a aprendizagem num todo, pois entendo que o método de alfabetização analítico considera as condições externas, a leitura de mundo que o aluno tem, sua bagagem histórico-cultural, como na concepção sociointeracionista, em que o processo de apropriação da leitura e escrita se dá primeiro nas interações sociais, para depois ser internalizado pelo aluno, assim percebo o processo de construção da leitura e da escrita, sendo visto como um ato criador. Segundo Paulo Freire:
“...a que os alfabetizandos devem comparecer como sujeitos, capazes de conhecer e não como puras incidências do trabalho docente dos alfabetizadores. (...)insisti sempre na crítica aos ba be bi bo bu, à memorização mecânica das letras e sílabas, aos Eva viu a uva; à ênfase jamais esmaecida que chamei a atenção dos educadores para a necessidade de alfabetizandos se exporem à substantividade misteriosa da linguagem, à boniteza de sua própria fala, rica de metáforas” (FREIRE, 2000: 87/88).
Atualmente a escola em que trabalho utiliza a metodologia fônica: o Programa de Alfabetização Alfa e Beto. O processo de escolha, em 2008, aconteceu quando a Coordenadoria nos chamou para uma reunião em foram apresentados os programas Alfa e Beto, Instituto Ayrton Senna e Geempa. Sempre tive curiosidade pelo método fônico, mas não tinha amparo para fazer uso do mesmo em sala de aula. Feita a opção, iniciamos o ano letivo de 2009 com cursos de capacitação para nos apropriarmos da metodologia, por sinal bastante complexa.
O programa tem uma proposta bem voltada à leitura e à escrita. Mas contempla atividades que vem dar amparo ao professor, bem como os testes trazem atividades diversas de noções gerais que necessárias aos alunos. No entanto não é uma metodologia que se compare a projetos integradores, tem alguns aspectos que por vezes acho bem grosseiros, como textos que não tem nexo. Já com base nos resultados finais de 2010, a metodologia é eficiente, faz com que os alunos aprendam por meio dos sons das letras para uma leitura fluente.
No entanto, mesmo que fazendo uso de uma metodologia pronta, procuro desenvolver outras arquiteturas pedagógicas em sala de aula como aprendizagem por projetos e projetos de aprendizagem.
Um comentário:
Oi Rose!! Legal que consegues aproveitar para criar a partir do que tens como proposta da escola. Abração!!
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