sábado, 22 de novembro de 2008

Auto-avaliação na construção do Projeto de Aprendizagem


Pensar a aprendizagem a partir da construção do Projeto de Aprendizagens, acredito que eu cresci muito, como também passei a entender melhor a proposta do trabalho.
Houve crescimento, tanto em nível do grupo, como individual, onde nosso envolvimento nos proporcionou um posicionamento frente ao assunto, pois avançamos no domínio do assunto, incrementamos com o uso das tecnologias, sendo que ambas tomávamos as iniciativas, não nos acomodamos na espera de que uma faça pela outra, dividimos tarefas. Avançamos na estruturação das etapas, crescemos a partir da interação com os professores.
Nossa rotina neste semestre alterou-se, pois passamos a interagir, o grupo necessitava comunicar-se constantemente para que se tomassem decisões e prosseguíssemos na construção do PA. Essa comunicação ocorreu por MSN, telefone, e-mail, fórum do grupo no Wiki, reuniões com os professores, sem dúvida o grupo dialogou muito nesse semestre. As relações entre os membros do grupo foram muito positivas, nos entendemos bem, buscamos sempre chegar ao consenso, por meio do diálogo, respeito à opinião e cumplicidade.
Particularmente, acho que eu contribuo na construção do projeto, participei do processo do início até o momento, mesmo não gostando de falar em público, conheço o processo e me encontro dentro deste. Houve cooperação na construção dos diversos elementos do projeto, desde a estruturação da questão inicial, das certezas e dúvidas, da elaboração do mapa conceitual, da reorganização das certezas e dúvidas, da criação das páginas para apresentar as descobertas,...
Estou muito feliz com nosso PA, pois acho que está bem organizado e estruturado, construímos várias páginas, separando os assuntos e dando ao trabalho uma estética bonita, como também facilitando o carregamento da página a cada vez que editávamos, que fica difícil se está tudo em uma única página, acaba ficando muito lento o carregamento.
Avaliar minha participação no processo do PA, me deixa satisfeita, pois tive comprometimento, interação, cooperação, muita disponibilidade, esforço, iniciativa, interesse, organização e boas relações com o grupo. Também fui pontual com as postagens no Rooda e no Blog.
O Projeto de Aprendizagem em grupo é um trabalho que requer muito mais que conhecimento, este precisa de disponibilidade para o trabalho coletivo, capacidade de descentração, onde oferecer auxílio nos proporciona um ganho particular em conhecimentos e maturidade nas relações com o grupo. A humildade é um fator muito importante nesse processo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gestão democrática

Conforme a participação da professora Neusa, em nosso fórum “Quais são os elementos (concepções, instrumentos, processos) fundamentais da gestão democrática escolar?”, no qual citou que percebeu em nossas manifestações uma certa "ansiedade" para que a gestão democrática saia do discurso e se transforme em prática efetiva no cotidiano da escola mas também uma boa dose de "rebeldia" para lutar por relações sociais democráticas. A professora se diz contente pois quando nos "conformamos" em demasia com o "status quo", em que, as vezes, para garantir o nosso lugar na estrutura social , nos esquecemos de nossa identidade coletiva, e esta, com certeza, que faz com que nos contemplemos no "outro".
Foi um aspecto que refleti com esta greve dos professores da rede estadual, rede que integro e vejo que cada vez é mais desunida.
Sou a favor da greve, pois querem tirar de nós o pouco que temos, mesmo que sejam "pinduricalhos", como chamam, mas são nossos por direito. Com o novo piso salarial estadual estaremos retrocedendo no tempo e voltando à escravidão.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Piso nacional/estadual

Considerar que minha remuneração é justa, que condiz com as necessidades em termos de atualização constante? Não, acho que o salário do professor é um dos mais injustos dentre as categorias profissionais é muito pouco para assegurar condições de vida digna para qualquer profissional. A atividade docente exige tempo fora de sala de aula para preparação de aulas e conteúdo, correção de provas, elaboração de atividades relacionadas ao projeto político-pedagógico, entre outras.
A remuneração salarial que recebo pelo município é boa, se comparada ao salário do magistério estadual ou se comparado à atual proposta do piso salarial profissional nacional de R$ 950,00 para 40h semanais. Percebe-se que este piso é muito baixo, o piso estadual, que, já com as vantagens incluídas na sua remuneração é inadmissível.
Já o piso nacional vem aproximando–se do que seria o básico, mínimo, necessário para que um professor possa pensar em acesso cultural, a possibilidade de ir ao cinema, ao teatro, espetáculos,..., ou mesmo pagar cursos de formação continuada.

Gestão democrática

A gestão democrática está ligada ao estabelecimento de mecanismos institucionais e à organização de ações que desencadeiem processos de participação social: na formulação de políticas educacionais; na determinação de objetivos e fins da educação; no planejamento; nas tomadas de decisão; na definição sobre o destino de recursos e necessidades de investimento; na execução das decisões tomadas; nos momentos de avaliação. Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes segmentos envolvidos nesse campo, no que se refere aos sistemas, de um modo geral, e nas unidades de ensino – as escolas. Gosto da citação de Juan Bordenave (1994): “Democracia é um estado de participação”. A democracia participativa, é aquela em que os cidadãos, ao sentirem-se fazendo parte de uma nação ou grupo social, têm parte real na sua condução e por isso tomam parte na infindável construção de uma nova sociedade da qual se sentem parte. Acho fundamental esta colocação, em que nós, professores, como um dos segmentos da escola, devemos fazer, ter, tomar e sentir-se parte da escola.

Educação brasileira

A educação no Brasil é muito fragmentada, mesmo passando por várias fases e transformações nos últimos anos, ainda há muita desigualdade na educação brasileira. No texto “Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização”, de A.J. Akkari, constata-se que houve um aumento na escolarização em todos os níveis de ensino e uma diminuição das taxas de analfabetismo. Verifica-se que no Nordeste, se concentra a rede pública mais deficitária, em que mais da metade das crianças da zona rural estudam menos de quatro anos e um quarto destas nunca estudaram, sendo completamente analfabetos. Há, no nordeste, grande número de docentes leigos, sem formação pedagógica, como também é nessa região que há grande concentração de pobreza.
O financiamento da educação básica no Brasil provém do fato que a descentralização reforça a desigualdade entre estados, comunidades e regiões. Os estados recebem metade dos impostos, principalmente graças aos impostos sobre circulação de mercadoria. Logicamente, as regiões e os estados economicamente desenvolvidos têm rendas mais importantes. O sistema educativo progrediu muito nas últimas décadas, em que a escola pública acolhe a maioria dos alunos e a escola particular acolhe a elite.
Encontramos uma realidade precária na rede estadual, em que há escolas com ajuda financeira inferior aos gastos realizados para manter a entidade e muitas vezes a verba que deveria chegar para auxiliar nos gastos, atrasa, deixando as escolas sem recursos financeiros. Além disso, cabe às escolas públicas a tarefa de suprir as vagas das escolas particulares que atendem a uma pequena parcela elitizada da população, acarretando nas salas de aula em número excessivo de alunos, espaço físico pobre, precário, sem recursos, bem como a insuficiência de material didático, pois na rede pública, depende-se das políticas educativas municipais, estaduais e federais, ambas dependem do Estado. Dessa forma, o que ocorre é que quem possui melhor poder aquisitivo será beneficiado, freqüentando escolas particulares.
Um fato que causa perplexidade, com relação às escolas de educação infantil, onde famílias carentes têm de pagar para mães crecheiras para cuidar de seus filhos, enquanto magnatas, sonegam impostos, não declaram sua real renda familiar, conseguem desta forma garantir a vaga na escola de educação infantil por não ter renda declarada, tirando a vaga de quem realmente carece e necessita. Considero que os critérios usados são falhos e injustos.Assim como a maioria das leis, criadas por uma minoria privilegiadamente, não corresponde a triste realidade sócio-econômica brasileira. O papel aceita tudo, fica muito bonito e parece acessível, contudo são sonhos, desafios inatingíveis. Falar em direitos iguais ainda é uma utopia, com políticos que se preocupam com seu rendimento mensal ao invés de se preocupar com os problemas e desafios do país.

Desigualdades educativas

Sou professora concursada pelas redes municipal e estadual, em que...
Sapiranga tem investido muito para melhorar a qualidade na educação, reconhecida nacionalmente pelo bom desempenho na educação básica, tem atraído um grande número de alunos para a rede municipal. Justamente por investir e contribuir no incremento da educação básica, desde a reforma das escolas, construção de ginásios, investimentos em laboratórios de informática, enfim adequação do espaço físico para melhor atender ao educando. Houve também especial atenção ao docente, desde uma melhor remuneração, ajuda de custo na graduação e a permanente oferta da formação continuada.

A rede estadual de ensino está cada vez mais precária, pois se percebe a degradação desta. Escolas estaduais que há vinte anos eram referenciais de qualidade e modelo no ensino, onde não haviam vagas suficientes para atender alunos da cidade e arredores, hoje estão decadentes, são turmas fechadas, salas especializadas estão às traças, viraram num monte de sucata. Deveriam-se atacar as desigualdades educativas estruturais, de forma a melhor a estrutura e os apoios políticos do setor público para torná-los comparáveis aos da rede particular, já em Sapiranga, inclusive com a rede municipal.
A questão é a insuficiência dos recursos para a educação pública. Está certo que propor o aumento das despesas para a educação pública pode parecer provocador para certos economistas, na medida em que o período atual é caracterizado pela adoção, de modo religioso, de restrições orçamentárias. Ora, se observarmos que o governo federal gastou vários bilhões de dólares para sustentar bancos privados ou a paridade da moeda nacional com o dólar, podemos nos surpreender com o fato dele não encontrar os financiamentos necessários para a educação pública.

Sou professora concursada nas redes municipal e estadual , em Sapiranga, onde são muito claras a decadência da rede estadual e ascensão da rede municipal. Refletir nossas práticas, que deveriam ser voltadas para formação do indivíduo como um todo, levando-o a se transformar em um ser crítico e atuante na sociedade, visando a sua melhoria na condição de cidadão dentro do contexto social. A educação é um dos meios para melhorar a sociedade e torná-la mais igualitária e justa, mas é preciso organizar melhor a família, o trabalho, o lazer,... Ensinando o respeito para todos que formam a nossa sociedade brasileira.

As desigualdades ocorrem por haver discriminação, por exemplo nas cotas para afro descendentes, não são as soluções ideais para os anos de descaso e exclusão, mas são possibilidades de acesso. Não podemos negar as diferenças, não sejamos utópicos, são muitos anos de discriminação, em que houve falta de igualdade. Num determinado momento, pode-se dar o incentivo inicial para que, a auto-estima e os olhares se tornem mais igualitários. Até porque, afro descendentes, pobres, deficientes, não contavam com as políticas públicas voltadas para inclusão social, já é um pequeno começo, um resgate histórico, juntamente com os subsídios aos alunos das escolas públicas de baixa renda. O acesso à cidadania não é possível sem resolver o problema de acesso, permanência e finalização da escolaridade dos excluídos.

Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, disse: "Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força." Com relação à democracia, penso que iniciamos uma caminhada neste ano, pois fomos convocamos para uma reunião, na rede estadual de ensino, para trazer a nosso conhecimento e opção uma metodologia de aprendizagem no ensino direcionado aos primeiros e segundos anos do ensino fundamental de nove anos, isto é notável! É a primeira vez, em onze anos, desde que trabalho no estado que nos são ofertadas metodologias e capacitações docentes. Acredito que desta forma a educação, na rede estadual, entra num novo processo de investimentos, na busca de melhor qualidade na educação, bem como na capacitação continuada do professor, esta que estava ao descaso. Qual medida democrática requer soluções de força e assim sendo será realmente democracia?

É como nos diz Fernando Sabino: "Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexão sobre Projetos de Aprendizagem

A partir de questões selecionadas e discutidas na aula presencial ao início do quinto semestre, passamos a interagir para a idealização de um Projeto de Aprendizagem.
Com a formação do grupo, o primeiro passo fora definir nossa questão de investigação. Para esta, iniciaram-se nossas conversas para chegar a um consenso. Não tinha idéia de que havia muito mais por vir, pois acredito que como eu,muitos pensaram no Projeto de Aprendizagem, como nos projetos que estamos acostumados a realizar e desenvolver em sala de aula, aos quais chamam de pesquisa escolar.
O próximo passo fora definir as certezas provisórias e as dúvidas temporárias que tínhamos a partir da questão de investigação. Nesta etapa ficamos com muitas dúvidas em como realizar e desenvolver esta etapa e dar o devido prosseguimento ao Projeto de Aprendizagem.
Para dar continuidade e chegarmos a um denominador comum marcamos um encontro presencial no Pólo. Achei que estávamos fazendo tudo corretamente, inclusive o mapa conceitual. Foi quando em conversa no MSN com os professores, passamos a compreender que as dúvidas e certezas teriam que vir a responder nossa questão de investigação.
Marcamos novo encontro presencial entre os membros do grupo, estávamos muito apegadas com o contato físico e direto. Reestruturamos as certezas provisórias e as dúvidas temporárias, refletindo cada qual, se realmente seria necessária para responder a questão investigativa.
Nesta etapa passamos a interagir com o uso das tecnologias, nos envolvemos diariamente com o Projeto de Aprendizagem.
Tivemos uma nova aula presencial, em os professores esclareceram nossas angústias e passamos a compreender um pouco melhor a estruturação do mapa conceitual, acredito que na terceira reformulação tenhamos acertado, pois conseguimos sintetizar, relacionar e ler o mapa constituído.
O desenvolvimento do Projeto de Aprendizagem prosseguia. Nesta etapa realizamos esclarecimentos e validamos certezas e dúvidas por meio de leituras, pesquisas, coleta de materiais e entrevistas, visando a produção de conhecimento.
Continuamos envolvidas no aprimoramento do Projeto de Aprendizagem, bem como pensamos em dar prosseguimento no próximo ano.
Pensar esta metodologia na sala de aula me assusta, pois trabalho com o primeiro ano, procuro desenvolver projetos, mas que são direcionados, ainda não me permiti que a turma escolha seu projeto de aprendizagens, também não sei como seria desenvolver o PA, quando alunos de seis anos têm opiniões muito variáveis, idéias bem particulares. Fico imaginando como seria escolher uma questão de investigação...
Posso destacar que neste semestre o trabalho com Projeto de Aprendizagens, é um grande desafio. Acredito que o maior aprendizado fora de compartilhar dúvidas, certezas, angústias, erros e acertos no trabalho em grupo. A construção do conhecimento se dá por meio das descobertas divididas, onde definir, ceder, questionar, esclarecer,..., foram ações voltadas para aprimorar o conhecimento que tínhamos com relação ao tema escolhido.

Ps: no parágrafo anterior citei que trabalho com projetos, no entanto já não sei mais como chamá-los, pois o professor disse-nos em uma situação que estes seriam pesquisa escolar, mas no Magistério chamávamos de centro de interesse, já na docência passamos a tratar de projetos, agora me dizem que é pesquisa escolar, então eu continuo nesta ...



segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A VIDA


No link abaixo há uma linda

mensagem que nos faz

refletir sobre como estamos

agindo em relação

a VIDA...

Água é sinônimo

de vida.

Vale a pena ler, ver e ouvir!


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O trabalho docente


O trabalho docente é um constante desafio em que há uma ênfase cada vez maior no profissional docente, como também na formação e na organização do trabalho cotidiano. Exige-se cada vez mais, que os professores se tornem profissionais da Pedagogia, capaz de lidar com inúmeros desafios pela escolarização de massa em todos níveis do sistema de ensino.

O trabalho docente exige inovação para despertar interesse no aluno, pois em plena era da informática e das tecnologias digitais, o professor tem de usar criatividade para atrair o aluno. As tecnologias digitais já estão muito presentes nos lares: computador e Internet há muito deixaram de ser artigo de luxo e servem como ferramenta de aprendizagem.
Estamos trabalhando com pessoas, então precisamos motivá-los para a aprendizagem, considerando o contexto social de modo a desencadear ações para instrumentalizar e construir o conhecimento de maneiras participativa, instigante e prazerosa.
Trabalhar com pessoas é muito delicado, principalmente quando estas são o objeto de trabalho, pois temos uma sala de aula numerosa, alunos em diferentes níveis de aprendizagem, alunos inclusivos,...

Eu acredito que o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender, tampouco podemos ficar parados no tempo, temos que acompanhar o desenvolvimento, pois a educação é um processo social, ela não nos prepara para vida, mas é a própria vida. Com nos diz Paulo Freire:
"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda."

Regimento Escolar

“Regimento Escolar é o documento originado do Projeto Pedagógico que disciplina a vida escolar”. Caldieraro (2006, p.28)
Cabe definir as regras, ou seja, regimentar o modo como a escola se organizará para pôr em prática suas opções teóricas.
É um importante documento de referência para o funcionamento da escola. Nele está materializado o PPP na forma de registros dos procedimentos, funções, atribuições e composição de cada um dos diferentes segmentos e setores da escola. Isto é fundamental para que todos que trabalham na escola, bem como os que participam da sua vida cotidiana, como comunidade escolar, tenham claro o processo histórico, de organização e de normatização da instituição.
O Regimento deve conter orientações para a vida escolar; nele deve ficar expressa a concepção de conhecimento presente no PPP e os aspectos concernentes à gestão da escola, tais como:
- Filosofia do estabelecimento (Opção teórica que define o tipo de homem/aluno que a instituição pretende formar).
- Finalidades (Compatíveis com o que já ficou estabelecido no Art. 2° da LDB).
- Objetivos do Estabelecimento (Coerentes com a opção teórica).
- Objetivos dos níveis e modalidades de ensino oferecidos (Coerentes com a opção teórica).
- Organização pedagógica (direção, coordenação pedagógica, orientação educacional, conselho de classe e outros órgãos de natureza pedagógica).
- Regime de matrícula (seriado, por disciplina, por blocos de disciplinas, etc.).
-Organização didático-curricular do Curso (séries, ciclos de ensino, etapas, projetos, outras formas de organização, duração e carga horária, critérios de organização e composição curricular).
- Avaliação (por meio da definição clara dos instrumentos e critérios, deve expressar um processo contínuo e participativo, portanto,
deve envolver os alunos).
- Estudos de Recuperação.
- Controle da freqüência.
-Classificação dos alunos.
- Transferência escolar (Histórico escolar, critérios e mecanismos de reclassificação).
- Certificação
- Medidas pedagógicas de caráter corretivo.
- Ano/período letivo e calendário escolar.
- Plano Global/Plano de direção/Plano Integrado de Escola (caracterização, abrangência, elaboração, aprovação).
- Acompanhamento e avaliação das normas regimentais.
Além dos pontos principais elencados até aqui, os setores escolares precisam definir regras que orientem com precisão atribuições, papéis e horários que cada um deve cumprir, por exemplo: na biblioteca, no laboratório de aprendizagem, nos serviços de orientação e de supervisão educacional, no conselho escolar, na direção, no exercício da docência, na condição de aluno em sala de aula e nos demais espaços escolares, na secretaria e demais serviços auxiliares da ação educativa (cozinha).
A partir do Regimento Escolar, compreendido como caminho que rege o ato de aprender, os professores podem organizar suas tarefas em processo coletivo ou individual. Sobretudo, este instrumento deve ser norteador de um trabalho-diálogo, pois em escola, a produção deve ser resultado de esforços solidários e coletivos de pensar e de agir na e para a educação.

Projeto Político Pedagógico

Ao instituir o PPP como espaço para a construção de uma escola pública democrática, a LDB não revogou a necessidade de regulamentar, isso é, de traduzir em normas específicas os caminhos a serem seguidos para a conquista dos ideais democraticamente estabelecidos e em nome do direito à educação.
Assim, em continuidade ao que ficou definido no PPP como referencial de: escola desejada, papel dos diferentes segmentos escolares, conhecimento, currículo, avaliação,...., em outras palavras... O documento que representa idéias, objetivos, metas, seqüência de ações que irão orientar toda a ação pedagógica da escola.
Todo programa pedagógico, todo currículo, todo método pedagógico tem uma
dimensão política. Tem como funções identificar, politizar, inovar, articular e avaliar
Por trás do que às vezes parece ser uma escolha técnica, operam valores éticos e políticos, uma certa representação do ser humano, da sociedade, das relações que cada um deve manter com o mundo, com outros, consigo mesmo. Um projeto pedagógico não é apenas um programa de ações, de organização, de gestão, mas remete a valores fundamentais, o primeiro remete à organização, ao programa, à gestão; o segundo remete a valores, a um projeto de homem e de sociedade.
Um projeto pedagógico apresenta uma dimensão específica: é o projeto político que é aplicado às crianças e aos adolescentes, sua educação em escolas. Um projeto político define a organização de uma sociedade, ou de um grupo humano, em todos os seus componentes: a economia, o trabalho, as trocas de bens e serviços, a assistência social, a cultura, a educação, etc.
O projeto pedagógico e o projeto político devem ter credibilidade, de modo a transformar a realidade da escola e operar conforme um projeto real com base no discurso que ela sustenta, operando conforme os valores, inclusive valores políticos.
Um ato pedagógico é um ato, uma prática, uma situação, um contexto, com coisas que são possíveis e outras que se gostaria de fazer, mas que não são possíveis. A realidade da escola é o que ela desejaria fazer, mas é também o que ela faz.
O que os alunos aprendem verdadeiramente, e não apenas aquilo que os programas e currículos oficiais definem como o que deve ser ensinado, dentro da divisão real do poder e de responsabilidades, em cada escola.
A situação real da educação e das escolas é marcada por fortes contradições, que levam freqüentemente à existência de um grande fosso entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas, gerando contradições. Nessas contradições é preciso trabalhar para transformar verdadeiramente a escola, a sociedade, o mundo:
Primeira questão, para o político:
O que significam especificamente os princípios políticos de defendo? Que conseqüências têm em termos de construção de escolas, de equipamento, de financiamento, de formação e de salário dos professores, de definição de programas e de currículos, de condições de estudo e de avaliação dos alunos? Que programa de ações (pensado no tempo, com suas prioridades e seu financiamento) é preciso pôr em prática para realizar o projeto político, em sua forma pedagógica?
Segunda questão, ara os diretores de escola e para professores:
O que significam politicamente as ações pedagógicas? Dar continuidade a elas, mesmo quando alguns alunos não as compreendem, é democrático, é congruente com as escolhas políticas? Existe modelo de cidadão em uma democracia?
A consciência dos valores e a capacidade de defendê-los, bem como a capacidade de enfrentar as contradições para inserir valores na realidade social. Transformar a realidade, para transformar a escola, à luz de valores para construir uma escola democrática, para um mundo mais justo e mais solidário.