Com base na aplicação da prova, acredito que a aluna esteja no estádio pré-operacional, pois ainda não há conservação, que é o critério psicológico da presença de operações reversíveis. Neste estádio o pensamento ocorre de forma lenta e concreta.
A criança é restrita ao aspecto figurativo, não é capaz de conceber a transformação, limitando-se a forma externa do estado inicial e final desta transformação. Não opera mentalmente a reversibilidade. A criança em fase pré-operacional pensará que há mais em um do que em outro. Na ausência da reversibilidade não há conservação da quantidade.
Existem “representações da realidade”, por exemplo, quando transformamos uma bolinha em uma bolacha, esta lhe representava ser maior, na justificativa apresentada pela aluna em que o tamanho da circunferência diferenciava uma bola de massa da outra. A aluna não foi capaz de perceber que apesar das variações da forma, o volume continuava o mesmo, não sendo retirada, nem adicionada massa durante o teste.
A aluna procura o equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação, há dúvidas, assim suas assimilações lhe trazem insegurança, sem uma acomodação completa, o que significa que os erros próprios do raciocínio cabem nesta fase, pré-operatória, bem como da interpretação que faz do material analisado.
Segundo a Teoria Piagetiana, quando a criança não tem noção de conservação, isto é, quando ela não acredita que pode haver diferentes configurações para um mesmo objeto, ela está no período pré-operatório, pois este período se caracteriza pelo egocentrismo, centralismo e irreversibilidade, ou seja, sente necessidade de justificar seu raciocínio, além de sentir dificuldade de sair do seu ponto de vista pra assumir o do outro, ou ainda, ter sua atenção voltada somente ao aspecto ou configuração do objeto, não vendo a possibilidade de transformá-lo.
Desta forma a criança confirma a teoria de Piaget, seguindo sua classificação de não-conversão.
Um comentário:
Oi Roseli, comentaste com apropriação sobre as características observadas na criança. A partir da reflexão sobre o método clínico, seria interessante pensar também no que ele poderia auxiliar no trabalho em sala de aula. Abração, Sibicca
Postar um comentário