segunda-feira, 23 de junho de 2008

Professor - Perguntador - Respondedor

“O professor não deve ser apenas um respondedor a todas as perguntas dos seus alunos, mas ser um bom perguntador, que leve seus alunos a pesquisa, a buscar as respostas”. Que propicie um ambiente investigador em sala de aula, trazendo diferentes recursos visuais, concretos/palpáveis, de pesquisa (livros, revistas científicas, folhetos informativos, jornais), que saia da sala em busca de respostas no próprio meio físico de seus alunos.
No entanto, não é fácil ser este professor. Beatriz Magdalena e Íris Elizabeth Tempel Costa apontam o obstáculo que atrapalha este tipo de trabalho pedagógico ao dizerem que “as mudanças são complexas na sua prática, pois abarcam transformações pedagógicas, metodológicas e também ideológicas. E estas não são fáceis, nem rápidas. Afinal, estamos nos propondo mudar a base teórica que nos sustentam. Estamos tentando compreender e praticar ações baseadas na hierarquia e autonomia e isso só é possível, quando as relações entre os indivíduos, são baseadas em relações de reciprocidade.” Ou seja, nosso trabalho em sala de aula ainda está muito arraigado ao sistema tradicional, com uma série de conteúdos mínimos a serem desenvolvidos em determinado período. O trabalho do professor ainda é avaliado pela quantidade de atividades que ele possui registrada em seu planejamento diário e não na qualidade da aprendizagem que está sendo atingida pelo aluno, se este aluno é curioso e sabe buscar as respostas das suas perguntas. Ele precisa saber responder as perguntas que lhe são feitas em provas e avaliações escritas. Mas como dizem as autoras, “mudar é fruto de um processo trabalhoso e obter resultados palpáveis junto aos alunos acostumados ao ensino tradicional também” e queremos acrescentar junto à coordenação pedagógica, que no seu discurso cita Piaget, Paulo Freire e outros educadores como referenciais, mas na prática e nas suas exigências ainda esta enraizada no tradicionalismo arcaico.

Curiosidade

Para que os alunos busquem respostas é necessário exercitar a sua curiosidade, é preciso que tenhamos sede de compreender o universo físico, social, político e cultural, mas para aprender, é fundamental trabalhar com perguntas que ainda não sabem responder, senão, o que estariam aprendendo? Conforme a citação “ [...] No ensino esqueceram-se das perguntas, tanto o professor como o aluno, esqueceram-nas, e no meu entender todo conhecimento começa pela pergunta. Começa pelo que você, Paulo, chama de curiosidade. Mas curiosidade é uma pergunta!”. “[...] O que está acontecendo é um movimento unilinear, vai de cá pra lá e acabou, não há volta, e nem sequer há uma demanda; o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada!” (Freire, Fundez, 1985), nos faz refletir, pois realmente já levamos aos alunos as respostas ou buscamos por respostas lógicas, no entanto a aprendizagem a partir das perguntas rompe o ciclo vicioso onde o que impera é a resposta, buscar-se-á resgatar a importância das perguntas e aprender a explorá-las, analisá-las, refiná-las, refazê-las, aprofundá-las na busca por respostas

Perguntas e mais perguntas...

Quando solicitei aos alunos que fizessem perguntas de assuntos que lhe despertassem a curiosidade, houve uma chuva de perguntas que foram direcionadas a minha pessoa, de cunho pessoal, mas respondi a todas, então instiguei-os a fazerem perguntas diversas sobre suas curiosidades, estas variaram do baixo grau ao médio grau de aprendizagem. Já que fora algo em que tinham que pensar questionamentos em um determinado momento.
Outro dia um menino perguntou-me sobre o Egito, se era lá que viviam as múmias, um colega disse-lhe ter medo de múmias, e este respondeu-lhe que eram apenas lendas, aí percebi como é variável o grau de aprendizagem, que este pode surgir a qualquer momento, quando menos esperamos...

A informática na Educação

A utilização da informática na educação é uma ferramenta alternativa para a construção do conhecimento, em que a criança passa a ter um papel ativo, buscando resolver suas necessidades e curiosidades. O uso do computador é uma forma não rotineira, interessante para desencadear o processo de construção da escrita, isto é, a máquina permite à criança construir desenhos, expressar-se por meio de palavras, além de oferecer a oportunidade de manipular controles, teclas, jogos e interatividade. O computador é um recurso didático estimulante e significativo para aprendizagem na construção do próprio conhecimento e desenvolvimento individual.
Cabe ao professor estimular e instigar o aluno para a aquisição da escrita e da leitura, conforme Pierre Lévy (2000, p. 05, Educação em Revista) ¨A função dos mestres é estimular os alunos a questionarem, a tomarem suas próprias iniciativas. (...) As novas tecnologias da informação criaram inúmeras possibilidades que permitem ao ser humano o desenvolvimento de uma nova forma de pensar, de agir e de viver¨.

Vídeo em sala de aula

O vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional.
O vídeo está ligado à televisão e a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula. Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não "aula", o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico, inserindo-os nos projetos desenvolvidos em sala de aula. Mas ao mesmo tempo, saber que necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula.
Vídeo significa também uma forma de contar multilingüística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito.
O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele nos toca e "tocamos" os outros.Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo e nós mesmos.
TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas. O ritmo torna-se cada vez mais alucinante (por exemplo nos videoclips). A lógica da narrativa não se baseia necessariamente na causalidade, mas na contigüidade, em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra.
As mensagens dos meios audiovisuais exigem pouco esforço e envolvimento do receptor. Há maior possibilidade de interação: televisão bidirecional, jogos interativos, CD e DVD.
A possibilidade de escolha e participação e a liberdade de canal e acesso facilitam a relação do espectador com os meios.
As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo.
A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica.

Matematicando...

Para definir cálculos, problemas não convencionais, penso em criar situações problemas em que os alunos possam encontrar diferentes resultados, partindo de situações vivenciadas pelos alunos ou proporcionadas com o intuito de que o aluno experimente calcular livremente.
Visto que o maior objetivo é de que ambos alunos resolvam seus cálculos, independentemente de usar papel ou material de contagem, espero também estar contribuindo para a resolução do cálculo mental, bem como trabalhar com estimativas é muito prazeroso, pois oportunizamos aos alunos desafios que os estimulam a pensar, bem como aguçar o raciocínio lógico.

Espaço e forma

O espaço e as formas estão presentes no cotidiano de nossos alunos, bem como alguns já estão construindo noções matemáticas, o que percebi quando trabalhei com seu peso e medida ao nascimento, pois se admiravam quando um aluno teve mais peso ou medida que o outro.
Os alunos já têm saberes matemáticos, no entanto não os reconhecem conceitualmente.

Material concreto

A utilização de material concreto na interdisciplina é muito importante, acredito que o uso de Base Dez, Geoplano, Material de Cuisenaire, bem como materiais diversos, venham facilitar o entendimento e a construção da aprendizagem.
O uso do material concreto nos possibilita explorar noções de espaço, as quatro operações, atenção e raciocínio. Quando possível também devemos oportunizar a livre exploração e manuseio dos materiais disponibilizados.

domingo, 22 de junho de 2008

Dificuldades...

Percebe-se que no ensino da Matemática há alunos que aprendem com extrema facilidade, já outros parecem ter um bloqueio. Talvez um dos fatores seja por faltar a base do concreto nas séries iniciais, como também há desinteresse dos alunos, mas gostaria de ressaltar que no ensino fundamental sempre tive dificuldades, não compreendia, não conseguia abstrair e interpretar as situações matemáticas, era completamente bloqueada, um zero à esquerda, não sei como cheguei à sétima série sem reprovação. Portanto o que pode parecer desinteresse do aluno pode sim ser um bloqueio que compromete a aprendizagem.

Os números no cotidiano

Os números são parte de nosso cotidiano, em todo tempo e espaço, pois desde o momento em que nascemos já há números em nossa vida, data e hora de nascimento, peso, medida,..., enfim tem números em todo lugar em que vivemos mesmo antes de nosso nascimento e até mesmo depois da morte.
Os números estão em toda parte: na data, no relógio, no velocímetro do carro, em preços, valores monetários, no salário, pesos, medidas, mapas, tabelas, gráficos, está impregnada em nós.
A aplicação da matemática no meio social em que vivemos é tão necessária à nossa vida, quanto às coisas mais essenciais que necessitamos para sobreviver, pois é aplicada por todos seres humanos, cultos ou leigos, tendo a intenção da mesma ou não.

Números e operações

O trabalho com as quatro operações no primeiro ano é voltado ao concreto, mesmo que alguns alunos já são capazes de abstrações, mas, no entanto temos que envolvê-los com atividades concretas para não criar interrogações em suas mentes.
Gostei muito do trecho citado no Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática, página 31:
"O professor, portanto, deve possibilitar a vivência dessas experiências ou, em outras palavras, deve permitir que as ações dos alunos desencadeiem suas generalizações; deve possibilitar e permitir que o aluno seja agente na construção de seu próprio conhecimento – agente no sentido de agir, participar, envolver-se, etc. para aprender. Assim, os professores agem como organizadores, consultores, mediadores, controladores, incentivadores de aprendizagens."
... pois acredito que nós professores aguçamos a curiosidade de nossos alunos, portanto lançar desafios é o máximo!
No trabalho com números e operações pude perceber a necessidade do grande envolvimento do aluno com material concreto, o uso do próprio corpo, material da sala de aula, para daí partir à abstração, em adicionar, subtrair e dividir, bem como resolver e interpretar problemas matemáticos.

Classificação e seriação

Para a Classificação estabelecemos semelhanças entre os objetos, classificando-os de acordo com o reconhecimento das formas geométricas, a espessura, o tamanho, a cor ou a forma, um exemplo é o trabalho com os blocos lógicos.
Para a Seriação trabalhamos com ordem e diferenças entre os objetos, é quando realizamos uma atividade que estabelecemos uma relação de ordem como, por exemplo, ao formar uma fila por tamanho. É o processo pelo qual se comparam os objetos e se estabelecem as diferenças entre eles.

Grupos sociais

A família é o primeiro grupo social em que a criança interage, portanto esta é freqüentemente lembrada, assim como viver em grupo, para uma criança, significa sua própria socialização, a sua entrada no mundo, passando por socializações que lhe permitirão ver continuada a vida social, transmitindo às novas gerações a sua herança cultural.
A partir da convivência familiar a criança passa a estabelecer novos comportamentos básicos para sua vida em sociedade, assimilando os costumes, normas e valores, sua entrada na escola e em pequenas comunidades possibilita estabelecer a mediação entre os indivíduos e os grupos maiores, no entanto é no grupo que aprenderá a viver socialmente e se tornar autônoma, capaz de compreender a sociedade, bem como agir conscientemente para sua transformação.
A compreensão dos conceitos de grupo, comunidade e classe social é um processo de construção que se inicia já no primeiro ano, pois a partir do projeto da família pode-se dar bases para que a criança identifique os grupos em que vive e convive, como também analisar aspectos como: quem participa dos grupos, o que faz o grupo, suas finalidades, objetivos e atividades e o tipo de relações que se estabelecem entre as pessoas.
Com a gradativa análise dos diversos grupos em que a criança interage, irá percebendo a diversidade de interesses nos grupos e como também há relações contraditórias, pois o que um gosta ou ache importante para o outro pode ser insignificante.
No trabalho com grupos sociais também deve-se ter atenção especial no trato à diversidade de raças e culturas, bem como o respeito às diferenças fará com que a criança aprenda a encarar naturalmente as diferenças culturais sem preconceito e discriminação, tanto cultural, como social ou racial.

Tempo

A primeira dimensão, o tempo físico, permite a criança localizar-se no tempo e situar fatos de sua vida, ou seja, perceber o tempo fazendo sua quantificação e representação.
A segunda dimensão, o tempo histórico ou social, permite que a criança perceba seu tempo diferente de outros tempos ou épocas, bem como compreender o tempo como fruto da construção social, de determinantes históricos que as sociedades imprimem à época em que vivem.
A importância deste trabalho espaço-temporal, no ensino fundamental, é de preparar o aluno para entender o tempo como uma dimensão contínua, que passa e não pára, bem como a criança passa a compreender o tempo físico, a sua trajetória pessoal e o tempo histórico, fruto de suas relações sociais. Trabalhar noções espaciais e temporais é investir na capacidade de raciocínio do aluno, por meio de desafios à inteligência, estaremos educando para a vida.

Espaço

Para que a criança construa o conceito de espaço é necessário oferecer oportunidades para que ela possa operar com as relações espaciais, sabendo localizar-se, compreendendo esse espaço como construção humana em determinado tempo de uma sociedade.
É importante dar noções para que as crianças possam localizar-se, bem como representar graficamente a construção de espaço.
Devemos lembrar que as noções do espaço constroem-se por etapas, que a criança deve ter dominado uma etapa para avançar para etapa seguinte. Saber ler o mundo social e desvendar sua lógica, conhecer a organização e estruturação do espaço, desde o espaço da criança até o espaço-nação.
Isso tudo significa educar a criança e educar-se para saber pensar o espaço, para saber se organizar e futuramente localizar-se neste.

Sobre o ensino do tempo e do espaço...

Nossa memória é uma fonte de pesquisa, nesta o tempo e o espaço estão inseridos, em que relacionamos os diferentes períodos históricos , identificamos as mudanças e as permanências que ocorrem em um determinado tempo e espaço.

Na prática docente, na qual sempre trabalhei com alunos de seis e sete anos, primeiro e segundo anos, procurei sempre partir do tempo e do espaço do aluno. O tempo, a partir do eu e da família, ou seja a história que envolve o aluno. O espaço, a partir da casa, da sala de aula e da escola, que são espaços de convívio do aluno.

O planejamento deve ser flexível, a fim de contemplar aprendizagens e construir competências, passo a passo, a partir dos saberes dos alunos, pois a base da aprendizagem está na história dos mesmos.

A relação professora X alunos X Estudos Sociais, torna-se prazerosa, quando partimos das vivências dos alunos para a compreensão de seu tempo e espaço, por meio de diversas atividades relacionadas ao projeto em questão, construímos a aprendizagem que se dá a partir de desafios, onde a professora age como mediadora e incentivadora, instigando os alunos para o sonho, o desejo de aprender, em que joga o olhar para frente, para ações que se imaginam necessárias, ao vislumbrar situações que precisam ser transformadas para termos no futuro cidadãos críticos e ativos em seu meio social.

Ciclos de vida

O ciclo de vida não pode parar, no entanto temos de nos conscientizar de que devemos respeitar as Leis da Natureza. Os ciclos naturais de vida são uma necessidade a todo tipo devida existente no Planeta Terra, portanto temos que conscientizar nossos alunos para que entendam que interromper as etapas de um ciclo pode comprometer a diversidade da vida.
Conforme Morim, ”as intervenções humanas ignoravam e ainda ignoram a profundidade das variações ecológicas que elas produzem. Colhemos agora as conseqüências dos desequilíbrios por nós provocados, o que nos mostra o quanto não podemos escapar da natureza, o quanto nos tornamos cada vez mais coagidos pelo meio ambiente à medida que buscamos dominá-lo. É justamente a crise ecológica que não nos deixa esquecer nossa eco-determinação. Como reação, desenvolvemos tecnologias que buscam controlar e/ou minimizar essa crise. No entanto, essas tecnologias “envolvem-nos assim cada vez mais na tecnosfera e aprisionam-nos mais na lógica das máquinas artificiais. Encerramo-nos numa corrida infernal entre a degradação ecológica que por sua vez nos degrada e as soluções tecnológicas que tratam os efeitos destes males, desenvolvendo-lhes as causas.”(idem, p. 73).”
Aí que entramos como educadores, em que envolveremos nossos alunos para a conscientização a e preservação ambiental, para no futuro termos uma geração mais responsável, preocupada em criar possibilidades de uma educação “ecologizada”, transformar as relações entre os seres humanos e destes com a natureza e, com isso, possibilitar a construção de um novo mundo mais justo e sustentado.
É fundamental ressaltar que o estudo sobre os ciclos de vida é uma oportunidade para reflexão sobre noções de tempo e de desenvolvimento (mudança ou transformação). A observação do tempo permite que as crianças compreendam o tempo como algo que se renova continuamente por meio das etapas de nascimento, crescimento e morte. O tempo revela, assim, o início e o esgotamento dos acontecimentos, o eterno recomeço das coisas da natureza. Esse é o chamado tempo cíclico, diferente do tempo cronológico que rege a vida das pessoas em nossa sociedade, em meio a medidas e ritmos criados pelos homens em função de seus interesses e valores. A reflexão sobre o tempo cíclico possibilita conhecer e explicar os impasses e conseqüências das interferências humanas na natureza, principalmente quando envolvem degradação e destruição dos ambientes.

Ciclos da Natureza

A relação entre a ocupação do espaço pelos habitantes do universo de Balance e o equilíbrio do mesmo dependia de cada um fazer a sua parte. Caso um habitante deixasse de fazer a sua parte causaria o desequilíbrio. Quando não houve mais consenso entre os habitantes, um destes empurrou os demais para que caíssem do universo, no entanto um habitante e a caixa havia equilíbrio, mas este não podia chegar até a caixa. Quem tudo quer nada tem...
Assim ações individuais podem alterar o equilíbrio de um sistema de modo a comprometer a estrutura do mesmo levando-o ao desequilíbrio. Seria o mesmo que cada pessoa jogar o lixo no meio ambiente que lhe rodeia, em pouco tempo teríamos montanhas de lixo acumuladas as nossas portas, ao invés de termos jardins, gramados, hortas e árvores.
Como nos dizem os PCNS – Meio Ambiente e Saúde – volume 9: “Já a devastação e a exploração predatória que compromete a existência de diversidade genética, que ameaça de extinção espécies inteiras, gera grande desequilíbrio e fere a harmonia da natureza... Mas um grande desequilíbrio pode causar reações em cadeia, irreversíveis, de efeitos devastadores inclusive para a própria espécie humana.”
O desequilíbrio leva à extinção, isto é, ao fim das espécies. Assim como no filme, em nosso meio o desequilíbrio ambiental provoca a desestruturação.
Uma crescente devastação e exploração predatória causada pelo homem levam ao desequilíbrio ambiental, porque o homem visa enriquecer às custas dos recursos naturais, mas esquece que está esgotando os recursos naturais.
A crescente industrialização em meio à era da tecnologia e modernização fazem com que o homem esqueça que precisa viver em harmonia com o meio ambiente, pois está inserido neste, que é escasso e limitado. A agressão causada ao equilíbrio ambiental, nos atinge, pois somos parte do meio ambiente, daí a urgência de mudar as atitudes do homem frente ao meio ambiente e trabalhar de forma a conscientizar a população.

Sombras...

Quando brincamos com as figuras, projetando sombras variadas, em que perceberam que indiferentemente à cor da figura a sombra projeta-se da mesma forma. Em seguida conversamos sobre a necessidade de haver luz para que haja sombra. Já o segundo questionamento “sombra é o mesmo que escuro?”, fora muito complexo, pois os alunos não têm tamanha consciência de que quando é escuro, para nós, a Terra tenha girado em seu próprio eixo, deixando-nos à sombra. Neste momento questionei os alunos sobre qual figura tinha cor se era a branca ou a preta, prontamente responderam-me que era a preta, “pois o branco do lápis de cor não pinta”, veja a associação que levantaram. Então lhes perguntei se eu usasse o vermelho para pintar as figuras branca e preta, em qual eu conseguiria ver a cor vermelha pintada, então responderam que seria na figura branca, assim consegui fazê-los entender que há cor no branco e ausência de cor no preto.
No terceiro questionamento, em relação às atividades diárias, os alunos disseram que durante o tempo claro podem jogar bola, olhar o que lhes rodeia, brincar, andar de bicicleta,... Já no escuro, deve-se dormir ou realizar atividades como ir à igreja, assistir novelas, percebe-se nas atividades citadas, as atividades que habitualmente realizam a noite.
Os alunos citaram exemplos de fenômenos que podem ver. No claro, citaram as flores e as borboletas, os animais, a presença do sol, das nuvens, do céu azul ou das chuvas. No escuro, citaram a presença de estrelas, da lua, de animais que só saem à noite, como o morcego.
O quinto questionamento, referente à importância da sombra na natureza, não fora de grande sucesso com os alunos, pois aos seus pontos de vista, a sombra serve unicamente para descanso e fuga do sol.
No sexto questionamento, os alunos responderam que a sombra de uma arvore altera-se durante o dia, conforme a posição do sol, pois a sombra fica para o lado em que há menos luz.
Assim para a definição de sombra os alunos disseram que é refletida onde há falta ou ausência de luz. Por exemplo, um aluno parado diante do sol, é um obstáculo para a luz, formando a sombra atrás de si.