Olhar a especificidade da diferença é instigá-la e vê-la no plano da coletividade. Pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. É questionar o cotidiano escolar, compreender e respeitar o jeito de ser negro, estudar a história do negro e assumir que a nossa sociedade é racista. Construir um currículo multicultural é respeitar as diferenças raciais, culturais, étnicas, de gêneros e outros.
Lembro-me de uma aluna que tive no primeiro ano, em 2007, esta não sofria discriminação por parte dos colegas da turma, percebia, no entanto que ela sentia-se diferente, era completamente apática, não buscava o diálogo, os colegas que procuravam entrosar-se com ela, mas não tinham abertura com a mesma. Já no ano passado criou laços muito fortes com um colega da turma, que zelava por ela e era o amigo em quem ela confiava. Infelizmente a menina saiu da escola, agora em sua atual escola disseram-me que fica completamente isolada. Uma colega encontrou-na durante o recreio na outra escola e procurou dialogar com ela, mas ela não fazia questão de responder, sequer ela sabia o nome de sua professora. Esta aluna apresentava dificuldades de aprendizagem, sendo que estas podem estar ligadas às questões sociais, pois não a percebia inserida na escola, muito menos aberta à aprendizagem, pois ela não dava abertura para que pudéssemos intervir e não fora por falta de diálogo com a família.
Esta realidade é perversa, cultuamos a ideia de um Brasil que luta contra as distinções raciais e de gênero, mas que, ao mesmo tempo, ainda guarda resquícios de um processo de escravidão do qual se envergonha. Aqui podemos citar também as questões filosóficas voltadas à ética e à estética, em que também se analisa o sistema social.
A escola, como espaço de integração social, poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer. A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social, normalmente desfavorecido.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural, por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem. O professor tendo um saber crítico, poderá questionar esses valores e saberá extrair desse conhecimento o que ele tem de valor universal.
Lembro-me de uma aluna que tive no primeiro ano, em 2007, esta não sofria discriminação por parte dos colegas da turma, percebia, no entanto que ela sentia-se diferente, era completamente apática, não buscava o diálogo, os colegas que procuravam entrosar-se com ela, mas não tinham abertura com a mesma. Já no ano passado criou laços muito fortes com um colega da turma, que zelava por ela e era o amigo em quem ela confiava. Infelizmente a menina saiu da escola, agora em sua atual escola disseram-me que fica completamente isolada. Uma colega encontrou-na durante o recreio na outra escola e procurou dialogar com ela, mas ela não fazia questão de responder, sequer ela sabia o nome de sua professora. Esta aluna apresentava dificuldades de aprendizagem, sendo que estas podem estar ligadas às questões sociais, pois não a percebia inserida na escola, muito menos aberta à aprendizagem, pois ela não dava abertura para que pudéssemos intervir e não fora por falta de diálogo com a família.
Esta realidade é perversa, cultuamos a ideia de um Brasil que luta contra as distinções raciais e de gênero, mas que, ao mesmo tempo, ainda guarda resquícios de um processo de escravidão do qual se envergonha. Aqui podemos citar também as questões filosóficas voltadas à ética e à estética, em que também se analisa o sistema social.
A escola, como espaço de integração social, poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer. A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social, normalmente desfavorecido.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural, por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem. O professor tendo um saber crítico, poderá questionar esses valores e saberá extrair desse conhecimento o que ele tem de valor universal.
Um comentário:
Oi Roseli, como nas postagens anteriores, trazes um texto bem articulado e crítico no que se refere à diversidade na escola e como ela é acolhida/trabalhada. Novamente, fica a sugestão de trazeres algum diálogo com algum texto/atividade realizada nas interdisciplinas a fim de enriquecer ainda mais a tua postagem. Abração, Sibicca
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