quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O uso do blog no curso de Pedagogia EAD - UFRGS

Com base no uso do blog, constatei que esta foi uma ferramenta tecnológica de grande utilidade no desenvolvimento do curso de Pedagogia EAD – UFRGS, pois baseada nas aprendizagens foram realizadas reflexões que hoje constituem este blog.

O desenvolvimento e a construção das aprendizagens trouxeram em si as relações da teoria, bem como traz reflexões com base nas práticas vivenciadas e atividades desenvolvidas no decorrer do curso.

O uso do blog tem uma função significativa na construção de aprendizagens e reflexões, bem como no processo de comunicação. O blog é uma ferramenta que contempla as aprendizagens, por meio de evidências e reflexões, bem como é válida a publicação de textos que são considerados importantes no processo de aprender e ensinar. É uma ferramenta prática de pesquisa, que permite com o uso das tecnologias digitais o registro de informações, textos que se consideram relevantes, reflexões a partir de atividades desenvolvidas e práticas vivenciadas. Esta ferramenta apresenta-se como uma grande aliada do professor no processo de ensino/aprendizagem.

O uso do blog projeta o conhecimento, o que no decorrer do curso possibilitou dinamismo para a realização e apresentação de trabalhos finais, facilitou o dia-a-dia, pois sendo um ambiente virtual, um caderno interativo no qual tinha-se tudo de fácil acesso.

Assim sendo, um arquivo de documentos, também aproximou alunos, professores e tutores, pois incentivavam a reflexão, a troca e complementação de ideias, a formação de opiniões e, desta forma, mesmo distantes, criavam-se laços.

O uso do blog oportuniza reflexão sobre as colocações, contribuindo para o crescimento pessoal e profissional, pois refletindo busca-se reformular nossas próprias opiniões, sendo que se busca construir o conhecimento por meio do diálogo.

Esta ferramenta possibilita pensar mais sobre o tema, é um recurso funcional, pois desenvolvido num ambiente virtual que facilita-nos a vida, bem como desperta o interesse em aprender e dominar novas tecnologias.

Assim, o blog amplia nossas possibilidades de interação de aluno com aluno, de aluno com professor e também de professor com professor, mas requer dedicação para que possamos aprender com esta tecnologia educacional, às vezes com provocações e desafios para que se possa refletir e melhorar a produção buscando contemplar a crítica construtiva para o aperfeiçoamento docente e discente.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eixo 9 - TCC - O CONTEXTO DA PRÁTICA DE ESTÁGIO

Pensar o contexto da prática pedagógica diante de diferentes arquiteturas pedagógicas em que se desestabilizam arquiteturas pedagógicas normalmente usadas, desacomodando o professor para buscar meios para trabalhar com diferentes arquiteturas pedagógicas fora um grande desafio. Assim apresentam-se características percebidas na aplicação de cada arquitetura pedagógica em sala de aula no período de estágio supervisionado.

A metodologia do Programa de Alfabetização Alfa e Beto tem uma sequência muito parecida em todas as aulas. É uma metodologia eficaz para alfabetização, pois ensina a decodificação utilizando-se do método fônico em que o aluno faz correspondências entre letras e sons, decodificando e assim, descobrindo o princípio alfabético e, progressivamente, alfabetizar-se-á.

Já a aprendizagem por projetos é desenvolvida a partir de um tema, que pode ser escolhido pela professora ou pela turma. Com base numa proposta construtivista, traz atividades práticas que despertam grande interesse da turma.

Aprendizagem por projetos requer um norte, um rumo a seguir. É preciso direcionar, pois conforme o tema a turma pode não conseguir apresentar elementos suficientes para a estruturação.

A globalização que se percebe nos projetos mostra que é necessária uma estrutura aberta e flexível com relação aos conteúdos. A Aprendizagem por Projetos é possível, pois esta visa ensinar o aluno a aprender, a buscar a significação, a estrutura, o tema que liga as informações e que permite aprender.

Assim percebe-se que os objetivos se identificam na articulação e orientação dos conhecimentos de forma a organizar o projeto que auxiliará na aprendizagem. Portanto é uma arquitetura muito agradável, que desperta o interesse dos alunos, bem como é muito rica, pois abre um leque para exploração fabuloso para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e jogos construídos para apoiar o trabalho, pois os alunos tem grande necessidade de brincar, e, trabalhar com elementos da realidade dos alunos lhes desperta mais interesse.

Com certeza a arquitetura desenvolvida que teve maior impacto sobre a aprendizagem e trouxe muitos desafios marcando a inovação pedagógica.

O projeto de aprendizagem estruturou-se a partir de uma pergunta escolhida pela turma, ou seja, a questão de investigação para a qual os alunos devem ter conhecimentos prévios.

É necessário que o aluno tenha interesse pela questão de investigação e seja incentivado pelo professor para participar do processo investigativo. Nesse processo o professor age como o mediador na construção do conhecimento, pois a cada etapa de pesquisa e certificação o professor negocia o uso adequado e acessível da linguagem, bem como auxilia os alunos no processo de entendimento dos conceitos, dando significado ao projeto de aprendizagem.

A interação, o diálogo e a troca são importantes requisitos na tomada de decisões para prosseguir na construção do projeto de aprendizagens. As relações na turma foram muito positivas, onde sempre se buscou chegar a um consenso, com respeito à opinião, cumplicidade e cooperação na estruturação do processo.

O crescimento ocorre tanto no grupo, bem como para cada criança, onde o envolvimento proporciona um posicionamento frente ao projeto em questão. Desta forma há avanço no domínio do assunto e na estruturação das etapas, como também se incrementa com o uso das tecnologias para crescer a partir da interação dos alunos e do professor.

As mudanças que abarcam a metodologia do projeto de aprendizagens são complexas na prática, pois trazem transformações pedagógicas, metodológicas e ideológicas. Estas mudanças não são fáceis, nem rápidas. Afinal, muda-se a base teórica e visa-se compreender e praticar ações baseadas na organização social descentralizada, ou seja, no trabalho coletivo e na autonomia. Questionar para desestabilizar, para provocar discussões, reflexões, análises e críticas passa a ser entendido, também, como essencial para preparar o que chamamos de cidadão.

Cabe, então, ao professor o desafio de que cidadão ele quer que seu aluno seja. Desta forma é preciso buscar meios para formar alunos independentes e autônomos.

Os desenvolvimentos da autonomia e da cidadania ocorrem no dia-a-dia, daí a importância do estímulo e do desafio para a construção da aprendizagem, pois é durante o processo de construção da aprendizagem que se favorece o desenvolvimento das mesmas.

Dentre as arquiteturas pedagógicas desenvolvidas no estágio, diferentes características em favor da construção do conhecimento pelo aluno foram contempladas. No entanto trabalhando com três arquiteturas pedagógicas paralelamente pode-se perceber que há muita diferença do tempo em que se transmitia informações para os alunos, como na arquitetura pedagógica do Programa de Alfabetização Alfa e Beto, pois é uma metodologia mais tradicional.

Já na arquitetura pedagógica de aprendizagem por projetos auxilia-se o aluno a aprender a aprender, pois o desenvolvimento do mesmo dependerá de como for estimulado, desafiado para aprender.

Hoje se inova com arquiteturas pedagógicas em que se constroi o conhecimento, em que o aluno é ativo e traz ideias próprias, ou seja, os conhecimentos prévios, porque se aprende desde o nascimento. Desta forma se entende que se foi o tempo em que os alunos ficavam quietos, copiando e respondendo.

Trazendo uma metodologia construtivista, a arquitetura pedagógica de projetos de aprendizagens em que é preciso educar os alunos para que se habituem a questionar e assim desenvolver o senso crítico. Portanto o professor age como mediador da aprendizagem: quando desafia o aluno a resolver situações problema, bem como o auxilia na conquista e na superação das dificuldades.

As arquiteturas pedagógicas vivenciadas no período de estágio e analisadas para este trabalho tem seus méritos, escolher uma não é o objetivo por acreditar que se deve aproveitar o que cada uma oferece para a construção da aprendizagem. Resumidamente:

• O programa de alfabetização Alfa e Beto favorece a alfabetização pelo método fônico.

• A aprendizagem por projetos em que se trabalha por temas.

• O projeto de aprendizagem é uma arquitetura que vem de encontro ao interesse do aluno.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aprendizagens no oitavo semestre

Este semestre fora muito atribulado. Trouxe grandes desafios: trabalhar quarenta e quatro horas semanais, estruturar o estágio num todo, desenvolver diferentes arquiteturas pedagógicas paralelamente: Programa de Alfabetização X Aprendizagem por Projetos X Projeto de Aprendizagem. A reflexão a partir das atividades propostas, os registros das aprendizagens no portfólio, bem como a importância das concepções teóricas para nortear as práticas pedagógicas. Eis que foram grandes desafios.

A estruturação dos princípios orientadores para a prática pedagógica com vistas às concepções construtivistas que levam o aluno a pensar criticamente: Paulo Freire, Piaget e John Dewey e Comênio.

No decorrer do estágio a leitura de diversos textos para estruturar as reflexões foi necessária. No entanto surgiu a dúvida com relação à aprendizagem por projetos e projetos de aprendizagem, os quais eram entendidos com concepções diferentes, mas que em determinados artigos deixaram dúvidas, pois os autores ora mencionavam projeto de aprendizagem, ora mencionavam aprendizagem por projetos.

Portanto fala-se de duas arquiteturas pedagógicas diferentes. Ambas as propostas tem visão construtivista, a diferença fundamental é que na aprendizagem por projetos geralmente é realizada a partir de um tema, que pode ser escolhido pela professora e pelo grupo. Um exemplo foi a proposta de trabalho desenvolvida sobre a leitura e a escrita, em que direcionei aos contos de fada. Já o projeto de aprendizagem estrutura-se a partir de uma pergunta escolhida pela turma, ou seja, a questão de investigação.

O desenvolvimento do projeto de aprendizagem necessitou de recursos diversos, bem como o uso das tecnologias digitais e mídias foram de grande valia para a estruturação do mesmo. Muitas vezes enfrentam-se dificuldades no uso das tecnologias, mas com as crianças é diferente, pois tem sede de aprender. Sem contar que há curiosidade em aprender, conhecer e tem facilidades neste aprendizado, pois é do interesse dos educandos.

O problema é que as tecnologias em grande parte, não estão incorporadas às práticas pedagógicas, pois falta a capacitação de profissionais para que se possa ampliar as possibilidades de expressão dos aprendizes e permitir que a sala de aula torne-se um espaço para conhecimento das tecnologias digitais.

Com certeza a arquitetura desenvolvida que teve maior impacto sobre a aprendizagem e trouxe muitos desafios e que marcou maior inovação pedagógica na sala de aula fora o desenvolvimento do Projeto de Aprendizagem.

O desenvolvimento de arquiteturas pedagógicas em que se estruturam e se desenvolvem ações pertinentes em sala de aula para a construção do conhecimento, diferentemente de transmitir informações, mas sim de buscar junto ao aluno as informações e articulá-las com a estrutura cognitiva a partir dos conhecimentos prévios dos alunos vem de encontro aos seus interesses e assim construir aprendizagens significativas.

É necessário que o aluno tenha interesse pela questão de investigação e o professor seja o mediador nesta construção, pois na etapa de pesquisa e certificação o professor negocia o uso adequado e acessível da linguagem, bem como auxilia os alunos no processo de entendimento dos conceitos, dando significado ao projeto de aprendizagem.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O estudo de Libras no Eixo VII

O estudo de Libras permitiu-me ver que os surdos conceituam o mundo e assim o compreendem e interpretam. O valor da língua de sinais para as crianças surdas, tanto para a aquisição de uma língua compatível com as necessidades de comunicação, como para o desenvolvimento de habilidades é fundamental.

Já algumas escolas utilizam um ensino estruturado por ouvintes, não respeitando a cultura, língua e identidade das pessoas surdas, diferentemente de outras que privilegiam possibilidades de mudanças nas propostas de ensino, buscando professores surdos para melhor atender as necessidades educacionais dos alunos surdos.

Por vezes a comunicação pode ser o diferencial na educação, como na realidade surda em que é possível uma comunicação por sinais, a Língua de Libras, bastante complexa, bem como discordo da citação: “Muitas pessoas pensam que as línguas de sinais são um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral.” (QUADROS & KARNOPP, 2004), pois é necessário repensar o nosso olhar sobre o surdo, pois este é um cidadão como qualquer um de nós, capaz, pensante e ativo. Segundo PERLIN, 1998:

“Ser surdo é pertencer a um mundo de experiência visual e não auditiva. Viver uma experiência visual é ter a Língua de Sinais, a língua visual, pertencente à outra cultura, a cultura visual e lingüística. A identidade surda se constrói dentro de uma cultura visual muito complexa, no entanto essa diferença precisa ser entendida não como uma construção isolada, mas como construção multicultural.”

Faço uso das palavras de Paulo Freire: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda, pois não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Desta forma é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”

Reflexão sobre as Aprendizagens do Eixo VII

A realidade da educação é um grande desafio.

Se bem pensamos que é difícil no ensino fundamental, na EJA, muito mais, pois para um jovem ou adulto que já desistiu uma vez, não é difícil desistir a segunda, principalmente não havendo uma sintonia entre o educando, o professor e a escola.

O aluno desiste, sentindo-se acuado e com medo de fracassar opta por desistir. Outro fator é a questão da linguagem, pois para um aluno que já tem dificuldades em se expressar, em compreender as explicações do professor, quando cobrado com uma linguagem diferente da sua não compreende. Cabe ao professor fazer uso de vocabulário simples e claro que possibilite ao aluno da EJA o entendimento para a apropriação do conhecimento.

Conforme Freire e Giroux, no sentido de despertar adultos críticos, que vão muito além da leitura da palavra, mas sim da leitura de mundo na qual Freire tanto falava e que neste sentido os professores façam de seu ensino um “ato relacional”, onde ambos respeitem a história de cada um e que ambos sejam atores ativos de seus próprios mundos, unindo práticas alfabetizadoras entre a leitura do mundo e a leitura da palavra, tomando o diálogo igualitário como fator imprescindível no rompimento de muros antidialógicos. Assim sendo, eu pensava que ser amiga de meus alunos poderia prejudicar o andamento da turma, no entanto hoje vejo que desta forma os alunos não desistiram.

Na EJA há fatores que diferem os alunos em função de contextos sociais e culturais nos quais os alunos estão inseridos, onde acredito que há influência de fatores psicológicos, sociais e econômicos.

Na EJA, cada aluno é um foco de competência, pois dentro de suas aptidões e/ou limitações consegue avançar, claro que são fatores bem complexos quando há grande diversidade nesta turma: alunos jovens, alunos adultos, alunos idosos, alunos analfabetos, alunos com facilidades na aprendizagem, alunos com extremas dificuldades de aprendizagem. No entanto cabe ao professor compreender e atender a cada um, superando as barreiras e construindo junto aos alunos habilidades necessárias para a próxima série.

Outro aspecto importante que ressalto no sétimo semestre foram as representações de leitura, escrita e oralidade, que construídas a partir de práticas culturais e estruturas sociais enquadram-se com as demandas e necessidades da escola. As relações entre a fala e a escrita exigem que se coloque a leitura entre a escrita e a fala, de modo que, abordar uma, sem considerar a outra, apresenta-se para nós, como uma tarefa que não conseguiríamos levar adiante, pois a leitura é uma atividade mental mediadora dessa relação.

No entanto, alfabetização deve ser pensada como um processo que vai muito além de técnicas de transcrição da linguagem oral para a linguagem escrita. Não basta apenas codificar e decodificar signos: é preciso letrar; pensar na perspectiva de alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de forma que a criança ou o adulto possa se tornar ao mesmo tempo alfabetizado e letrado.

Assim pensando o planejamento é um elemento facilitador no processo ensino aprendizagem, no qual o professor estrutura elementos para ensinar e aprender, bem como suscitará em elaborar, vivenciar e acompanhar a aprendizagem dos alunos contribuindo para a formação de cidadãos, buscando refletir:

• O que os alunos já sabem

• o que é significativo que aprendam

• as expectativas de aprendizagem apresentadas

• o que precisam aprender

• se a metodologia usada é adequada para a aprendizagem

• se há equilíbrio na avaliação

• se ao avaliar o aluno o professor considera na sua totalidade

Tendo em vista uma aprendizagem significativa, o professor assume o papel de orientador no processo de avaliação, em que deve criar condições para que o aluno analisar seu contexto e produzir cultura num processo participativo com diálogo e cooperação. O professor deve ser facilitador da aprendizagem, não um transmissor de conhecimentos, precisa criar condições para que o aluno aprenda.

O professor deve criar suas próprias estratégias de ensino e usar de sua capacidade e criatividade para a avaliação, é importante ter um estilo próprio para facilitar a aprendizagem dos alunos contribuindo para o sucesso no processo de avaliação.

É preciso mediar e compreender um processo educativo, pois acredito que acontece por meio da ação-reflexão na busca constante do conhecimento.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Diversidade – sexto semestre

Olhar a diferença é inevitável num todo, então pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. A escola é o espaço de integração social, poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer. A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social, normalmente desfavorecido.
Ainda há discriminação e preconceito, pois a cultura, a história, a imagem que as pessoas tem de sua cultura. Na verdade, não há inclusão da diversidade, pois há pessoas das mais variadas etnias que procuram ter um lugar digno dentro de um grupo social, mesmo não apresentando necessidades educacionais especiais mas são pessoas que esperam pela inclusão social.
Desta forma a sala de aula é uma das primeiras comunidades em que uma criança passa a ter convivências com grupos sociais, onde podem sentir-se envolvidas, mesmo sendo comunidades muito diferentes. É importante para as crianças sentirem que tem um papel nessa comunidade, que estão incluídos num grupo social. Acredito que o envolvimento com o aluno na sala de aula, o modo como o conduzimos para seu desenvolvimento afetivo, psicológico e cognitivo, favorecerão as vivências das pessoas e as relações entre elas, mesmo com todas as complicadas implicações aí envolvidas que proporcionarão o desenvolvimento autônomo.
Quando se pensa em educação, é fundamental que se pense em seus agentes mais importantes: professores e alunos, ambos são coautores na educação, pois a educação não é feita só de professores, nem mesmo só de alunos, ambos cooperando no grande drama da educação: a escola não mais interfere no mundo; mas o mundo continua interferindo de forma crescente na escola. Por mais que a instituição tente se proteger das instabilidades sociais, estas arranjam sempre alguma maneira de furar a barragem.
Esse é o modo de ensinar. Se o que você ensina não faz sentido para as crianças, elas esquecerão em duas semanas. Por isso é pertinente refletirmos: O que ensinar, Por que ensinar?
Na construção da aprendizagem, onde o professor é tão aprendiz quanto os alunos, a educação não funciona apenas cognitivamente, por isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o intelecto, é necessário cooperação, cumplicidade, criatividade, trabalho em equipe, autonomia, idéias inovadoras, relações interpessoais, equilíbrio emocional, flexibilidade e que se aceite desafios para alcançar o sucesso. Ressalto a valiosa citação de Arlete B. Miranda:
“Reconhecemos que trabalhar com classes heterogêneas que acolhem todas as diferenças traz inúmeros benefícios ao desenvolvimento das crianças deficientes e também as não deficientes, na medida em que estas têm a oportunidade de vivenciar a importância do valor da troca e da cooperação nas interações humanas. Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender."

Escola X Igualdade X Aprendizagem - VI semestre

A escola, um espaço educativo voltado a aprendizagens, mas neste espaço há relações entre alunos, entre alunos e professores, em que há mediação.
A escola é uma instituição educadora em que a relação entre professores e estudantes configuram situações de uma sala de aula em que pode haver conflitos de identidades e de grupos sociais, onde as políticas educacionais em relação às escolas ainda se moldam com autoritarismo em valores e princípios morais drásticos.
A ética, um valor moral muito importante, que diz respeito à realização do homem como homem. Ou seja, enquanto ser que possui várias dimensões a realizar para sentir-se plenamente humano tanto na comunidade em que está inserido, no meio social, pois é lá que se dão os atos morais, econômicos e políticos, é lá que o homem realiza seu ser, seu ser social.
Conforme citação de Colombo:

"É por demais sabido que a escola é um agente importante na formação ética dos cidadãos, um determinante nas suas concepções éticas. A escola pode servir como exercício da política, da cidadania, da consciência, da ideia e do respeito à coisa pública." (1993, p. 53)
Também acredito que os alunos são capazes de construir aprendizagens, sendo autores de seu próprio conhecimento, por meio da assimilação, em que ocorrem as transformações dos instrumentos de assimilação constituindo a ação acomodadora, no entanto acomodam se for de seu interesse.

Eixo 6 - A escola deve ser um espaço aberto às diferenças

A escola é um espaço onde se encontra grande diversidade cultural, e por isso trabalhar as diferenças e com as diferenças é um desafio para nós professores, pois somos mediadores do conhecimento, ou melhor, facilitadores do processo ensino-aprendizagem.
A escola é o lugar ideal para discutir as diferentes culturas, e suas contribuições na formação do nosso povo, o pluralismo étnico-cultural e racial da sociedade brasileira. Assim nós, como educadores e responsáveis pela formação de crianças e jovens temos de nos preocupar com as questões da diversidade e com os preconceitos na sala de aula e no espaço escolar, para desta forma educar para a igualdade, buscando uma educação para a democracia, conforme cita Eliana Oliveira:
"A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro."

A escola é sinônimo de diversidade cultural, por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem. O professor tendo um saber crítico poderá questionar valores e saberá tirar desse conhecimento o que ele tem de valor universal.
Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender. A concretização de uma prática educacional inclusiva não será garantida por meio de leis, decretos ou portarias que obriguem as escolas regulares a aceitarem os alunos com necessidades especiais. A presença física do aluno com necessidades educacionais especiais na turma não é garantia de inclusão, mas sim que a escola esteja preparada para dar conta de trabalhar com os alunos que chegam até ela, independentemente de suas diferenças ou características individuais.
Como ser humano e profissional que sou continuarei partindo do princípio de que todos são iguais, bem como valorizar e respeitar as diferenças dos alunos e agir em prol da valorização da vida como um todo. Enquanto não assumirmos esta responsabilidade para com o próximo, e ficar na posição de “queixa”, estaremos reforçando a exclusão e com ela a injustiça!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A escola como espaço de aprendizagens, descobertas e inovações do aluno e do professor - Eixo V

Tendo em vista que a escola é o espaço de aprendizagens, descobertas e inovações do aluno e do professor, em que se visa construir a aprendizagem de forma a despertar o interesse, ressalta-se a arquitetura de projetos de aprendizagem.
A metodologia de projetos de aprendizagem busca a solução de problemas e o desenvolvimento um processo de construção de conhecimento, pois o aluno será autor do seu conhecimento. Partindo do princípio de que o aluno tem conhecimento prévio é que o aluno vai se movimentar e interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico.
Um projeto de aprendizagem vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações no sistema de significações, que constituem o conhecimento particular do aluno, pois quando somos desafiados, questionados, necessitamos pensar para expressar as dúvidas, passamos a desenvolver as competências para formular e solucionar problemas.
Usamos como estratégia as certezas provisórias e as dúvidas temporárias. Pesquisando, indagando, investigando, muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas; ou ainda, geram outras dúvidas e certezas que, por sua vez, também são temporárias, provisórias. Iniciam-se as negociações, as trocas que neste processo são constantes, pois a cada idéia, a cada descoberta os caminhos de busca e as ações são reorganizadas, repensadas para que possamos chegar à solução da questão de investigação, que é norteadora do projeto.
O crescimento ocorre tanto no grupo, como individualmente, onde o envolvimento nos proporcionou um posicionamento frente ao assunto, avançamos no domínio do assunto, incrementamos com o uso das tecnologias, sendo que ambas tomávamos as iniciativas, não nos acomodamos na espera que uma faça pela outra, dividimos tarefas. Avançamos na estruturação das etapas, crescemos a partir da interação com os professores.
O Projeto de Aprendizagem em grupo é um trabalho colaborativo que requer muito mais que conhecimento, este precisa de disponibilidade para o trabalho coletivo, capacidade de descentração, onde oferecer auxílio nos proporciona um ganho particular em conhecimentos e maturidade nas relações com o grupo. Isso só é possível quando as relações entre os indivíduos, são baseadas em relações de reciprocidade. Questionar para desestabilizar, para provocar discussões, reflexões, análises e críticas passa a ser entendido, também, como essencial para preparar o um cidadão.

A escola: um espaço de convívio na relação professor-aluno

No quinto semestre contemplaram-se aprendizagens voltadas às diferentes épocas da vida em que seres humanos apresentam características diferentes.
As várias etapas são marcadas por conflitos que lhe são próprios. Assim como a passagem da infância para a vida adulta é marcada por conflitos. A cada passagem, há perdas, mas há ganhos. Para algumas pessoas predominam os sentimentos de perda e para outros predominam os sentimentos de ganho a cada etapa. Porém, o certo é que a passagem por cada etapa significa expectativas diferentes com relação à própria vida.
A fase adulta em que atingimos a maturidade, em que sabemos definir claramente o que é certo e o que é errado, fazemos escolhas, tomamos decisões, delineamos projetos pessoais e profissionais. Podemos caracterizar um adulto como: maduro, responsável, autônomo, capaz, que pense formalmente, como também já constitua sua própria escala de valores.
O desenvolvimento cognitivo inicia-se no nascimento e perdura pela vida adulta. Atingimos o operatório-formal a partir de doze anos, no entanto para atingi-lo é necessário refletir para além do real presente, refletir as possibilidades, fazer planos, elaborar teorias, construir sistemas e pensar sobre o próprio pensamento.
O adulto aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico ou social em que vive e lançando hipóteses sobre as transformações da convivência, por isso o trabalho docente é um constante desafio em que há uma ênfase cada vez maior no profissional, como também na formação e na organização do trabalho cotidiano. Exige-se cada vez mais, que os professores se tornem profissionais da Pedagogia, capazes de lidar com inúmeros desafios pela escolarização de massa em todos níveis do sistema de ensino.
A relação professor – aluno não se limita ao conteúdo, pois são necessárias relações interpessoais para então levá-lo a aprendizagem, de forma a compreender o raciocínio que lhe é transferido. Desta forma, o trabalho docente exige inovação para despertar interesse no aluno. Trabalhar com pessoas é muito delicado, pois estas são objeto de trabalho, onde temos uma sala de aula numerosa, alunos em diferentes níveis de aprendizagem, alunos inclusivos,..., em que o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender, temos que acompanhar o desenvolvimento, pois a educação é um processo social, ela não nos prepara para vida, mas é a própria vida.
A relação entre professor e aluno se transformou em relação professor-cliente, muitos são pressionados pelos interesses mercadológicos da escola e, assim, muitas vezes não têm suporte da instituição em situações de enfrentamento com os alunos.
Para que a educação e o professor tenham êxito no trabalho realizado é preciso que as famílias compreendam a importância deste para o desenvolvimento de seus filhos, uma vez que dependem desta para a formação de sua personalidade, aquisição dos conteúdos e desenvolvimento das habilidades necessárias a sua vida adulta.
Trabalha melhor quem está mais preparado, segundo Içami Tiba (2002, p. 123):
"Felicidade não é fazer tudo o que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo".

Escola: organização e gestão - Eixo V

A gestão democrática está ligada ao estabelecimento de mecanismos institucionais e à organização de ações que desencadeiam processos de participação social: na formulação de políticas educacionais, na determinação de objetivos e fins da educação, no planejamento, nas tomadas de decisão, na definição sobre o destino de recursos e necessidades de investimento, na execução das decisões tomadas e nos momentos de avaliação.
Para garantir a gestão democrática como princípio constitucional, há um longo processo que requer diálogo e participação coletiva de todos os envolvidos: pais, alunos, professores, direção, enfim, a sociedade como um todo. Assim, a autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática onde necessitamos de políticas que ampliem as possibilidades de democratização da educação.
A dimensão administrativa abrange a organização da vida funcional e da vida escolar, há planejamento participativo. A escola como um todo, é resultante da construção coletiva com a participação de todos os segmentos da comunidade, em que o currículo norteia a vida da mesma, este é constituído a partir de um amplo estudo das temáticas, competências e referenciais elaborados pelos professores de cada série e componentes curriculares, com objetivos bem definidos, respeitando a capacidade cognitiva do aluno, com ênfase na interdisciplinaridade atribuindo-lhe tempo e intensidade.
O Projeto Político Pedagógico (PPP), no qual temos grande participação na formulação, há todos os aspectos necessários para o bom andamento da escola, desde os planos de ensino às mais diversas atividades da escola: sua estrutura e organização, o papel dos diferentes segmentos escolares, calendário escolar, conhecimento, currículo e avaliação. O PPP é conhecido como a bíblia da escola, a mola mestra. Visando a escola como espaço para a construção de uma escola pública democrática, instituiu-se o PPP como referencial de escola desejada, representa idéias, objetivos, metas, seqüência de ações que orientarão toda a ação pedagógica da escola.
O Regimento Escolar é o documento originado do Projeto Pedagógico, no entanto este vem disciplinar a vida escolar, não é formulado na escola. Define as regras, contem orientações para a vida escolar, ou seja, regimentar o modo como a escola se organizará para pôr em prática suas opções teóricas. É um importante documento de referência para o funcionamento da escola. Isto é fundamental para que todos que trabalham na escola, bem como os que participam da sua vida cotidiana, como comunidade escolar, tenham claro o processo histórico, de organização e de normatização da instituição.
O processo de constituição do PPP e do Regimento Escolar deve ser um movimento de participação ampla de toda a comunidade escolar para pensar seus princípios e diretrizes. A construção de conhecimento, saberes e viveres é o núcleo centralizador da escola. É importante organizar os fazeres: pedagógico e administrativo, com base na legislação existente. Dessa forma, tanto o PPP quanto o Regimento Escolar estarão concretizando uma concepção do aluno que queremos, é o que sonhamos.
A dimensão relacional da escola com o sistema, redes de ensino, órgão central e instituições afins me parece ser favorável, caso contrário, não haveria o bom funcionamento da entidade. Acredito que assim caminhamos para gestão democrática da educação, pois a democracia participativa, é aquela em que os cidadãos, ao sentirem-se fazendo parte de uma nação ou grupo social, tem parte real na sua condução e por isso tomam parte na infindável construção de uma nova sociedade da qual se sentem parte.

A escola como instituição pública - Quinto semestre

A educação no Brasil ainda é muito desigual. Constata-se que houve um aumento na escolarização em todos os níveis de ensino, mas a situação real da educação é marcada por fortes contradições, que levam frequentemente à existência de grandes lacunas entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas.
As políticas educacionais redefinem o papel do Estado, que podemos entender como um contrato social. O Estado apenas repassa parte do financiamento, e avalia, pois as políticas atuais tem a avaliação como indutora da qualidade. Quanto à avaliação como indicativo da qualidade, é uma inversão ao objetivo das avaliações institucionais, que deveriam ser diagnósticas, dando base para a elaboração de políticas e acaba por ser meritocrática, culpando as escolas e mais especificamente os professores pelo sucesso ou fracasso escolar.
O sistema público, na buscar um padrão externo de qualidade, acaba procurando a parceria com instituições privadas, como é o caso do Instituto Ayrton Senna, o qual a rede municipal de Sapiranga já integrou. A rede estadual está proporcionando às escolas o Projeto Piloto para Alfabetização. As instituições envolvidas na parceria são: Instituto Ayrton Senna (SP), Geempa (RS) e Instituto Alfa e Beto (MG). Os três programas de intervenção pedagógica tem como foco a alfabetização, visando à construção da matriz de competências e habilidades cognitivas em leitura, escrita e matemática, de forma a assegurar sua alfabetização em, no máximo, dois anos letivos, ou seja, no primeiro e segundo anos do ensino fundamental de nove anos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eixo 4 - Aprendizagens: Tempo e Espaço

No quarto semestre as aprendizagens desenvolveram-se a cerca do espaço e do tempo.
Pensar o tempo e o espaço nas interdisciplinas deste semestre fora fundamental, pois possibilitou a ampla compreensão dos conceitos. Definir a Geografia como o espaço e a História como o tempo, são significações básicas, mas de grande importância, pois de que adianta transmitir ao aluno significações complexas e dificultar-lhe o entendimento.
As diferentes perspectivas de tempo e espaço podem ser trabalhadas de modo integrado, pois quando trabalhamos o tempo físico, permitimos à criança localizar-se no tempo e situar fatos de sua vida fazendo a quantificação e representação, por exemplo, a linha de tempo idealizada para as interdisciplinas de Representações de mundo pelos Estudos Sociais e Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, mostra que há uma grande quantidade de números presentes em nossa vida, bem como estão inseridos em nosso cotidiano.
Também a partir das aprendizagens construídas neste eixo, nas interdisciplinas estudadas, percebi que ao trabalhar o espaço: a casa, o bairro, a escola, a cidade, o estado, o país. Já no estudo do tempo: elaborar linhas de tempo, pesquisar a história da família, as mudanças da sociedade com o passar dos anos,... Por meio destas atividades e relacionadas às questões sociais e ambientais em que se envolve o uso de mapas e plantas baixas, estarei trabalhando noções de representação matemática com meus alunos, pois vai da criatividade do professor, criar formas de globalizar e explorar os conteúdos.
Na atividade de Representações de mundo pelas Ciências Naturais, em que os alunos tiveram que representar com desenhos o que significava a palavra lida. Pude compreender a visão de mundo que os alunos já tem. Este exercício de representação explicita o potencial do aluno, que é um ser pensante e que há uma coisa pensada, esta coisa é o mundo transformado em objeto. Percebi assim, que muito é possível, que há possibilidades de um novo olhar para o interesse do aluno, pode ser instigante, informativo e amplo. Cabe ao professor ser o mediador e desafiador, criando situações limites para as explicações dos alunos, bem como demonstrar conhecimentos e humildade, em saber que ele não é o centro do conhecimento.
Já no estudo dos ciclos de vida há o envolvimento de noções de tempo e espaço, em que ocorrem mudanças, transformações. O tempo revela o início e o esgotamento dos acontecimentos, o eterno recomeço, em que podemos conhecer e explicar os impasses e conseqüências das interferências humanas no espaço, como vimos no vídeo Balance, neste a relação entre a ocupação do espaço pelos habitantes do universo de Balance e o equilíbrio do mesmo dependia de cada um fazer a sua parte. Caso um habitante deixasse de fazer a sua parte causaria o desequilíbrio. Quando não houve mais consenso entre os habitantes, um destes empurrou os demais para que caíssem do universo, no entanto um habitante e a caixa havia equilíbrio, mas este não podia chegar até a caixa, tamanha sua ganância que ficou sem nada. Percebe-se que as ações individuais podem alterar o equilíbrio de um sistema de modo a comprometer a estrutura do mesmo levando-o ao desequilíbrio. Seria o mesmo que cada pessoa jogar o lixo no meio ambiente que lhe rodeia, em pouco tempo teríamos montanhas de lixo acumuladas as nossas portas, ao invés de termos jardins, gramados, hortas e árvores.
Como nos dizem os PCNS – Meio Ambiente e Saúde – volume 9:

“Já a devastação e a exploração predatória que compromete a existência de diversidade genética, que ameaça de extinção espécies inteiras, gera grande desequilíbrio e fere a harmonia da natureza... Mas um grande desequilíbrio pode causar reações em cadeia, irreversíveis, de efeitos devastadores inclusive para a própria espécie humana.”

O desequilíbrio leva à extinção, isto é, ao fim das espécies. Assim como no filme, em nosso meio o desequilíbrio ambiental provoca a desestruturação. Uma crescente devastação e exploração predatória causada pelo homem levam ao desequilíbrio ambiental, porque o homem visa enriquecer às custas dos recursos naturais, mas esquece que está esgotando os mesmos. As crescentes industrializações em meio à era da tecnologia e modernização fazem com que o homem esqueça que precisa viver em harmonia com o meio ambiente, pois hoje podemos afirmar que os recursos são escassos e limitados. A agressão causada ao equilíbrio ambiental, nos atinge, pois somos parte do meio ambiente, daí a urgência de mudar as atitudes do homem frente ao meio ambiente, para tentar melhorar seus espaços e ter mais tempo de vida.
A compreensão sobre os conceitos de tempo e espaço amplia-se na reflexão estruturada em cada interdisciplina, pois as diversas representações do mundo estão interligadas. À medida que traço objetivos em meus planejamentos percebo relações. No entanto, não havia refletido o tempo e o espaço com expressiva globalização de atividades. Assim, a realização de atividades envolvendo o tempo e o espaço, mostrou-me, nas variadas representações de mundo que estamos inseridos em uma sociedade, em que eu, como professora, tenho o importante papel de trabalhar noções espaciais e temporais para educar a vida.

domingo, 26 de setembro de 2010

Aprendizagens e integração das aprendizagens no terceiro semestre

O trabalho interdisciplinar visa a integração das disciplinas, pois através de pequenas ligações que se faz pode-se criar muito. Até mesmo na sala de aula em que no horário de brincar os alunos brincam de casinha ou escolinha, improvisando situações de seu cotidiano, expressando-se livremente.
A realização de atividades neste semestre proporcionaram desenvolver habilidades como: a representação e a comunicação (o fazer artístico), a investigação e a compreensão (apreciação e crítica à Arte) e a contextualização sociocultural (compreensão da História da Arte).
As experiências vivenciadas foram muito significativas pois as crianças permitiram-se brincar e aprender, com ou sem talento desenvolveram capacidades e potencialidades agindo de modo espontâneo.
Assim como no teatro, a literatura infantil nos move para um “mundo do faz de conta”, pois na simples ação de contar e ouvir histórias já nos encanta e dá asas à imaginação.
Para contar histórias não precisamos de grandiosos recursos e sim envolver os alunos no mundo da literatura infantil. Podemos despertar emoções, bem como compreender dilemas do cotidiano de nossos alunos.
A ludicidade tão presente em nossas aulas, pois o brincar se faz necessário. Neste brincar as crianças usam os brinquedos que foram trazidos por elas, como também há jogos que foram confeccionados pela professora para estimular a inteligência, a percepção visual e auditiva dos alunos, atenção e gosto por desafios para a aprendizagem por meio de jogos e brinquedos.
A ludicidade evidencia que as crianças, ao brincar, são livres para criar, comunicar-se, aprender e vivenciar situações imaginárias. O brinquedo pode satisfazer a criança se o resultado for interessante, como também pode ser um meio para mudanças, baseado em motivações, tendências e incentivos.
É importante ressaltar que as crianças gostam muito de desenhar, cantar, brincar de escolinha ou de casinha, contar e criar histórias, estão numa fase muito propícia para desenvolver talentos, quem sabe destas turmas teremos no futuro grandes artistas.
Com vistas à integração das atividades acredito que a interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo contribuiu para que eu refletisse meu fazer, bem como meus alunos aprendem, do interesse no que lhes ensino, que valores estou lhes transmitindo.
Através das atividades desenvolvidas construímos o saber, bem como as revisões, os desafios, as auto-avaliações e os questionamentos, constatam as aprendizagens.
O fazer e o aprender são duas ações muito presentes em nosso cotidiano, pois estamos sempre buscando aprender para melhor fazer na sala de aula. Repensar posturas, metodologias e atitudes para fazer o melhor em prol do aluno são aspectos que nos fazem aprender mais no dia-a-dia, visando uma prática reflexiva e crítica.

Tecnologias da informação e comunicação no apoio às interdisciplinas do Eixo 3

O uso das tecnologias foi muito importante neste semestre, tanto na prática pedagógica quanto para a realização dos trabalhos das interdisciplinas, pois para estas necessitamos nos comunicar para realização de trabalhos em grupo, inserir imagens para detalhar, enriquecer e documentar o trabalho na prática pedagógica.
Já na prática pedagógica as tecnologias digitais foram fundamentais. Assistir o filme Happy Feet para iniciar o trabalho da interdisciplina de Música, o filme “Cinderela” para comparar à história do livro trabalhado na interdisciplina de Literatura. O uso do computador com os alunos para reproduzir textos em PowerPoint, como “O Natal do valente Assis”, a coleção de histórias “Orquestra dos Animais”, sendo que na escola não tínhamos laboratório de informática então levei o note book para que os alunos pudessem melhor compreender a história de Assis Valente e as histórias sobre música reproduzidas em média player, bem como o uso de rádio cd para ouvir a música trabalhada na interdisciplina de Música, “Boas Festas”, interpretada por Simone.
O uso de imagens para documentar os diversos trabalhos das interdisciplinas surgiu como um empecilho, pois a internet era muito lenta e não completava a geração dos arquivos no webfólio. O primeiro empecilho surgiu quando quis inserir as imagens do livro “Cinderela” juntamente com as questões que tínhamos a responder, consegui inserir as imagens no Word, no entanto ao transmitir o arquivo ele não concluía a geração do arquivo.
Na busca de alternativas comecei a bisbilhotar o Picasa, um aplicativo disponível em nossa conta no Google. Realizei o download deste aplicativo e quando o executei logo localizou as imagens em meu computador, classificando-as e organizando-as em álbuns que também tenho no computador. Sempre que abro o Picasa, ele localiza e atualiza todas imagens que tenho no computador, as quais posso utilizar e publicar no Picasaweb.
O Picasaweb é o aplicativo disponível na internet, onde eu disponibilizo as imagens que quero tornar públicas para meus trabalhos da faculdade. Desta forma passei a inserir links no webfólio para publicar minhas imagens utilizadas no variados trabalhos das interdisciplinas. Esta foi uma das ferramentas que se tornara fundamental para a idealização e documentação de meus trabalhos neste semestre.
As tecnologias digitais facilitam as antigas práticas de representar a realidade e de ver o mundo, isto é, de observar, registrar o processo de observação, construir e editar audiovisuais, que acredito darem muito trabalho no passado. Hoje entra em um aplicativo, este só necessita de seus comandos e executa-os.
Muitas vezes “apanho” das tecnologias digitais, mas estas são facilitadoras no processo de "modernização", isto é, de fazer as mesmas coisas recorrendo a outros meios. As tecnologias digitais constituem instrumentação mais aperfeiçoada de investigação, facilmente disponíveis, acessíveis, em termos, pois às vezes por mais próximas que estas estejam, nos são inacessíveis, porque não saber utilizá-las, por ter medo de estragar ou por terem um custo alto e que não está ao alcance.

Práticas pedagógicas a partir das aprendizagens do curso PEAD UFRGS no Semestre III

As práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula evidenciam a construção da aprendizagem. As aprendizagens neste semestre estiveram voltadas para a música, o teatro, artes visuais, ludicidade e literatura infantil
Visto que a prática pedagógica é voltada para o que aprendo no curso edificando o conhecimento, pois nada melhor do que aprender e poder colocar em prática novas experiências.
Um marco neste semestre fora as atividades preparadas para desenvolver o Projeto de Música. Este trabalho estruturou-se por etapas e fora desenvolvido em turmas de primeiro ano, crianças na faixa etária de seis e sete anos, crianças muito ativos, que deliciam-se com as atividades propostas, bem como participam com muito interesse e preocupam-se em ter bons resultados.
Pude perceber que se somos estimulados e/ou estimulamos nossos alunos, podemos criar projetos simples, mas muito ricos. Também, nós, professores, podemos influenciar as preferências musicais de nossos alunos, levando-os a conhecer a história do compositor e a interpretar a música, proporcionando aos alunos desenvolver o senso crítico capaz de afastá-los do lixo auditivo ao qual estamos submetidos diariamente.
O projeto contemplou a sensibilidade dos alunos para a linguagem artística, onde os mesmos procuravam aperfeiçoar e melhorar seu desempenho na música, seja cantando ou tocando um instrumento.
Trabalhar a história de compositores favorece a estruturação do projeto, dando assim significado à música, bem como estaremos construindo conhecimento.
A expressão de sentimentos e a espontaneidade das crianças são visíveis, sendo ações naturais propiciando às crianças momentos agradáveis, como nos diz Leda Maffioletti (1992): “...quando na vida precisarmos legitimar nossas lembranças para fortalecer nossas esperanças...”

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Relações entre Metodologias e Teorias Psicológicas no Eixo 2

Até os anos de 1980, considerava-se que uma criança só poderia ler ou escrever se fosse treinada em uma metodologia de ensino do alfabeto. Depois dessa época, a aprendizagem da leitura e escrita passou a ser vista, como um processo de construção de conhecimento, baseados em dois métodos de alfabetização.
O método de alfabetização sintético, que vai das partes (grafema, fonema) para o todo (palavra, frase, texto). O método sintético divide-se em método fônico em o aluno deve associar os sons que emite ao falar (fonemas) às letras que aprende a grafar (grafemas), já no método silábico o aluno memoriza as famílias silábicas para formar palavras com elas, depois frases, depois textos, geralmente utilizando uma cartilha onde as sílabas e as palavras são apresentadas numa sequência escolhida de tal maneira que os alunos não confundam letras de forma ou sons parecidos.
As palavras, frases e textos utilizados destinam-se à memorização, considerada o fundamento dos processos de aprendizagem, entendida como um processo no qual o aluno recebe, de forma passiva, informações que nele são colocadas de fora para dentro, assim como no estudo teórico psicológico do Behaviorismo, em que Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança de comportamento manifesto. Essas mudanças são resultado de uma resposta individual a estímulos que ocorrem no meio, emite respostas devido a um estímulo externo.
O método de alfabetização analítico que parte do todo (palavra, frase, texto) para as partes (sílabas, grafemas, fonemas), propõem que o aluno reconheça globalmente o que lê antes de reconhecer as partes que compõem as palavras, as frases, os textos, a partir de uma construção ativa do saber pelo aluno. O aluno é visto como aprendiz ativo, e seu interesse pelo conhecimento ou necessidade que sente dele são impulsos à aprendizagem.
A teoria psicológica da Gestalt é voltada para aprendizagem num todo, no qual a aprendizagem é construída partir da percepção, explicada como um insight, organizando os estímulos para facilitar o processo perceptivo, é como muitas vezes dizemos “falta dar o estalo”. A Gestalt estuda os comportamentos como um todo, desconsiderando as condições externas e focando as condições internas configurando estímulos, percebendo relações e estruturas, resultando na totalidade.
Sob o aspecto de desconsiderar as condições externas já contradiz a aprendizagem num todo, pois entendo que o método de alfabetização analítico considera as condições externas, a leitura de mundo que o aluno tem, sua bagagem histórico-cultural, como na concepção sociointeracionista, em que o processo de apropriação da leitura e escrita se dá primeiro nas interações sociais, para depois ser internalizado pelo aluno, assim percebo o processo de construção da leitura e da escrita, sendo visto como um ato criador. Segundo Paulo Freire:

“...a que os alfabetizandos devem comparecer como sujeitos, capazes de conhecer e não como puras incidências do trabalho docente dos alfabetizadores. (...)insisti sempre na crítica aos ba be bi bo bu, à memorização mecânica das letras e sílabas, aos Eva viu a uva; à ênfase jamais esmaecida que chamei a atenção dos educadores para a necessidade de alfabetizandos se exporem à substantividade misteriosa da linguagem, à boniteza de sua própria fala, rica de metáforas” (FREIRE, 2000: 87/88).

Atualmente a escola em que trabalho utiliza a metodologia fônica: o Programa de Alfabetização Alfa e Beto. O processo de escolha, em 2008, aconteceu quando a Coordenadoria nos chamou para uma reunião em foram apresentados os programas Alfa e Beto, Instituto Ayrton Senna e Geempa. Sempre tive curiosidade pelo método fônico, mas não tinha amparo para fazer uso do mesmo em sala de aula. Feita a opção, iniciamos o ano letivo de 2009 com cursos de capacitação para nos apropriarmos da metodologia, por sinal bastante complexa.
O programa tem uma proposta bem voltada à leitura e à escrita. Mas contempla atividades que vem dar amparo ao professor, bem como os testes trazem atividades diversas de noções gerais que necessárias aos alunos. No entanto não é uma metodologia que se compare a projetos integradores, tem alguns aspectos que por vezes acho bem grosseiros, como textos que não tem nexo. Já com base nos resultados finais de 2010, a metodologia é eficiente, faz com que os alunos aprendam por meio dos sons das letras para uma leitura fluente.
No entanto, mesmo que fazendo uso de uma metodologia pronta, procuro desenvolver outras arquiteturas pedagógicas em sala de aula como aprendizagem por projetos e projetos de aprendizagem.

Aprendizagens no segundo semestre

O segundo semestre fora de muitas descobertas e desafios, pois fora meu primeiro semestre de aula. Neste tivemos aulas intensivas para trabalhar com as tecnologias digitais e mídias, pbworks, blog, bem como a recuperação das disciplinas do primeiro semestre. Voltado a escolarização, a infância, a alfabetização e a psicologia.
O processo de escolarização e a infância são fundamentais em nossa vida. Hoje, professora do 1° ano percebo uma grande diferença desta série para a 1ª série, com a qual trabalhei até final de 2006. Este ano noto os pais mais comprometidos, tanto em auxiliar as crianças, bem como acompanhar seu desenvolvimento. Já quando chegavam à 1ª série percebia o afastamento dos pais, sendo que nesta aprendiam a ler e escrever, em que alguns pais só descobriam que seu filho estava lendo na entrega de boletins.
Na escola há grande diversidade, pois cada criança tem seus anseios, desejos, ideais, angústias, traumas ou lapsos para lidar com seu id, ego e superego, sendo o professor o meio-campo, o apaziguador e mediador da situação. Já a sala de aula é o espaço de interação, apropriação e formação de cidadãos. Cada ser é único, no entanto cada criança reconhece sua imagem, se substituída a estrutura edipiana, para partir à sua identificação.
Assim diversos aspectos fundamentam o comportamento humano, da sua relação com as pessoas e a adaptação à realidade, onde ressalto a importância do apoio familiar, pois a identidade da criança não se formará somente na escola, nem tão somente para a escola, mas sim para a sua vida em família, em sociedade, para o mundo que a rodeia.
O papel do professor é fundamental no exercício educativo, apresentando o discernimento, regras e limites para trabalhar o superego, contribuindo assim para a formação da consciência moral, do caráter, bem como dos valores morais, sociais, afetivos e éticos. Nessa concepção com certeza o professor estará interagindo para a formação de indivíduos capazes, inteligentes, críticos, de identificação bem-sucedida cognitiva e afetivamente. O professor é o mediador entre seus alunos, busca equilíbrio no convívio com os alunos.
Conforme Kupfer: "Aprender é aprender com alguém" (1992, p. 84), pois a presença de um professor, colocado numa determinada posição, pode ou não propiciar a aprendizagem. A transferência se produz quando o desejo de saber do aluno prende-se a um elemento particular, que é a pessoa do professor.
Trabalhando com o primeiro ano, série em que inicia-se o processo de alfabetização misturam-se os métodos analítico e sintético. O método de alfabetização analítico parte do todo (palavra, frase, texto) para as partes (sílabas, grafemas, fonemas). Privilegiam os processos de construção de sentido da leitura e da escrita, propõem que o aprendiz reconheça globalmente o que lê antes de reconhecer as partes que compõem as palavras, as frases, os textos.
A partir de 1980, a alfabetização passou a ser vista como construção ativa de um saber pelo aprendiz, ou seja, a escrita e a leitura produzida fora da escola em seus usos sociais cotidianos, assim o aluno é visto como aprendiz ativo, e seu interesse pelo conhecimento ou necessidade que sente dele são impulsos à aprendizagem.
O método de alfabetização sintético parte das letras para as sílabas, seguindo para as palavras, depois para as frases e textos, isto é, vão das partes (grafema, fonema) para o todo (palavra, frase, texto). Privilegiam os processos de decodificação, partindo do princípio de que a língua é um código e que para aprendê-la é preciso decodificá-la. O aluno é isolado de textos que circulam fora da escola e só pode ter contato com textos escolares, produzidos para o aprendizado. As palavras, frases e textos utilizados destinam-se à memorização, considerada o fundamento dos processos de aprendizagem, entendida como um processo no qual o aluno recebe, de forma passiva, informações que nele são colocadas de fora para dentro. Atualmente esta é a metodologia que utilizamos na escola, o método fônico, baseado no Programa de Alfabetização Alfa e Beto.
Este semestre fora muito prazeroso e familiar no que diz respeito à infância, escolarização e alfabetização, bem como compreender melhor as fases de desenvolvimento pelas quais as crianças passam. Os mecanismos de defesa que podem acarretar em dificuldades na formação da personalidade trabalhados no decorrer do semestre possibilitam melhor entendimento do que se passa com os alunos.
Acredito que fechei o semestre com grandes conquistas, pois o medo e as dificuldades no uso das tecnologias e mídias digitais foram vencidos, sem contar que fazer bom uso do tempo também foi muito importante.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Está chegando a hora!!!!!!


A graduação parecia algo tão distante e hoje está tão próxima da concretização da sonhada formatura.



Agora o sonho é realidade.


E por que não pensar numa pós-graduação? Pois...

“A alegria que se tem em pensar e aprender

faz-nos pensar e aprender ainda mais.”

( Aristóteles )

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Método fônico

O método fônico, escolhido na escola, objetiva a associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Desta forma o método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos e atividades produzidos para promover a alfabetização.Como o método é baseado no ensino do código alfabético, a partir das relações entre sons e letras, no entanto são baseadas em atividades oralizadas e atividades descritas no livro “Aprender a ler”, quando deveríamos fazer o planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita.
O método fônico traz atividades vinculando imagem e som, para dar sentido à apresentação dos fonemas. Com base nos resultados do ano passado sabemos que o método alfabetiza crianças e que é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Projeto de Aprendizagem - novo fazer na prática pedagógica

Lendo o artigo de Suênia Izabel Lino Molin, divulgado em Contrapontos -
PROJETO DE APRENDIZAGEM E
TECNOLOGIAS DIGITAIS:
novo fazer na prática pedagógica
Volume 8 - n.2 - p. 201-214 - Itajaí, mai/ago 2008, em que cita:

“Fagundes (2007) argumenta que pensar em Projeto de Aprendizagem é acreditar em uma concepção de ensino distinta da presente na escola tradicional. Salienta que há diferenças entre o trabalho com Projeto de Ensino e com Projeto de Aprendizagem (PA). No projeto de ensino, o tema estudado parte geralmente do professor ou da coordenação pedagógica da escola e segue os conteúdos programáticos das disciplinas que constam no currículo escolar. Nele, o professor é o agente do processo e o aluno é passivo e receptor à proposta de seus mestres. O modelo é a transmissão da informação. No projeto de aprendizagem, são os alunos que decidem o que querem investigar e se a investigação será desenvolvida individualmente ou em grupo. Os problemas levantados surgem da curiosidade, dos desejos e das necessidades dos educandos. As regras e as diretrizes são negociadas entre os alunos e os professores.”

Desta forma percebia que estava meu primeiro projeto, em que eu trazia o suporte mas o aluno não investigava, desenvolvendo-se assim a aprendizagem por projetos e não projeto de aprendizagens onde o aluno age, investiga e busca por respostas para a construção do conhecimento.

sábado, 22 de maio de 2010

Projeto de Aprendizagem X Aprendizagem por projetos

Revendo minhas arquiteturas pedagógicas e lendo alguns artigos fiquei em dúvida, fui pesquisar e compartilhei com a tutora Celi, que também trocou ideias com a tutora Simone Bicca.
Quando falo em aprendizagem por projetos e projetos de aprendizagem entendo que não são a mesma coisa. No entanto fui pesquisar na net e algumas postagens e artigos que li me deixaram em dúvidas, pois os autores ora mencionam projeto de aprendizagem, ora mencionam aprendizagem por projetos.
Em minhas arquiteturas pedagógicas eu já havia descrito as duas desta forma:
Aprendizagem por projetos: Como já citei na Introdução gosto do trabalho por projetos, este traz aspectos positivos e desafiadores, em que diferentes caminhos determinarão a construção da aprendizagem. Segundo John Dewey, a aprendizagem por projetos favorece a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação, a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitam aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação consequente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.
Projeto de aprendizagem: As dúvidas temporárias e as certezas provisórias são conhecimentos prévios relacionados com a questão de investigação e devem oferecer suporte à busca por uma resposta. Buscar esclarecimento para as dúvidas, comprovação ou refutação para as certezas e com isso construir uma resposta a partir de uma articulação entre esses saberes para que se possa chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim idéias inovadoras que levem o projeto adiante pode trazer mais incertezas e balançar ainda mais as certezas e dúvidas num movimento complexo de apropriação do conhecimento. Então desta forma a visão construtivista, o aluno constrói representações por meio de sua interação com a realidade, as quais irão construir seu conhecimento, processo insubstituível e incompatível com a idéia de que o conhecimento possa ser adquirido ou transmitido. Assim como afirma o professor e psicólogo Fernando Becker: "É a pessoa que constrói o seu próprio conhecimento."

Com o auxílio das tutoras que esclareceram a diferenciação e mostraram-me que estava interpretando-os de forma correta:

"Ambas propostas podem estar amparadas em uma visão construtivista, a diferença fundamental é que na aprendizagem por projetos geralmente é realizada a partir de uma temática, que pode ser escolhida pelo professor e pelo grupo, e não necessariamente partir de uma questão de investigação como no projeto de aprendizagem. Um bom exemplo foram os trabalhos desenvolvidos em Psicologia, que foram aprendizagem por projetos, ou seja, cada grupo escolheu uma temática dentro da disciplina para desenvolver, já no PA, do SI, cada aluno escolheu uma pergunta e depois os grupos foram organizados por similaridades entre as perguntas. Ou seja, não é tema, é questão de investigação."

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pensando em arquiteturas pedagógicas...

Desenvolvendo neste período do estágio três arquiteturas pedagógicas distintas: metodologia de alfabetização Alfa e Beto, Projeto de Aprendizagem e Aprendizagem por projetos. Percebo que ambos são aceitos pelos alunos, mas que reagem diferentemente a cada arquitetura.
A metodologia de Alfabetização Alfa e Beto começa a apresentar os resultados com relação à escrita e leitura, no entanto neste ano sinto, assim como os alunos, que está num estágio bastante complexo para o início do processo de alfabetização. Este é o segundo que estamos no programa Alfa e Beto, mas no ano passado esta etapa em que estamos agora iniciou-se em agosto.
O Projeto de Aprendizagem agora está tomando forma, sinto que os alunos voltaram seu interesse para os contos de fadas através do filme “Xuxa em O mistério de Feiurinha”, bem como trazem em si certezas e dúvidas com relação às histórias. Este processo de comprovação e certificação acerca dos conhecimentos prévios da turma é muito prazeroso, pois já debatem as questões levantadas sobre as histórias lidas, ouvidas e sobre os dois filmes assistidos.
A Aprendizagem por projetos já bem voltada às atividades práticas desperta grande interesse pela turma, pois realizamos atividades voltadas ao projeto “Quem eu sou”. Este projeto abre um leque de atividades pedagógicas e jogos construídos para apoiar o trabalho, pois os alunos tem grande necessidade de brincar, e, acredito que trabalhar com elementos da realidade dos alunos desperta-lhes mais interesse.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O lúdico e a aprendizagem

Os alunos adoram brincar, tem muito presente o jogo, o brinquedo em seu dia-a-dia. Quando terminam suas atividades vão direto aos brinquedos da sala. Assim, criamos fichas com os nomes e fotos que já usamos para um jogo de caracterização e pistas para descobrir de que colega se está falando. O jogo possibilita ao grupo refletir sobre as características pessoais, bem como da identificação de cada um, bem como há necessidade da oralização e expressão com o grande grupo.
Neste jogo os alunos fizeram muito uso das letras e sons iniciais do que de características físicas, acredito que seja o processo de letramento presente no dia-a-dia dos alunos que lhes facilita a forma de identificação de um colega.
Assim desenvolvemos práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social, em que se percebe a presença e a importância do brincar, pois a criança brinca com a realidade e encontra um jeito próprio de lidar com ela, assim também a criança traz suas vivências em sua criação.
As crianças em fase inicial da alfabetização, que ainda não leem, incorporam o uso das letras e sons para dar conta do que se fala, assim percebi que quando não conheciam a letra ou som inicial tinha a necessidade de saber letras ou sons para identificar o colega, dizendo então parte do nome.
As crianças vão dando sentido, nas diferentes instituições sociais (família, educação infantil, escola, etc.), que consignam ao sujeito diferentes papéis e possibilidades: o daquele que pode ler e escrever ou fazer de conta que lê e escreve e o daquele que não o pode porque não o sabe. É na presença ou na ausência do brincar de ler para a criança (jogos de contar), no brincar de ler com a criança, no brincar de desenhar e escrever (jogos de faz-de-conta) que se reencontra o sentido social da escrita.
Assim vejo presente o letramento, pois a criança não está alfabetizada, mas já faz uma leitura de mundo, traz consigo o pen­samento mágico. A fala antecede ou tem prece­dência sobre a escrita. Nessa relação de desenvolvimento da linguagem há a presença do letramento.
Venho confirmar mais uma vez que o letramento e a alfabetização são dois processos complexos que vão se concretizando à medida que fazem sentido para o aluno, mesmo que brincando.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ciência Cognitiva da Leitura

O programa Alfa e Beto se baseia nos princípios da Ciência Cognitiva da Leitura, e portanto, volta-se para o desenvolvimento de habilidades cognitivas mais complexas.
A Ciência Cognitiva da Leitura é o termo usado para referir-se ao paradigma predominante sobre alfabetização. O termo ciência cognitiva refere-se às várias disciplinas científicas que se apóiam nos achados da neuro-ciência para entender diversos fenômenos relacionados com a vida biológica, psicológica e emocional.
A Ciência Cognitiva da Leitura é um ramo da psicologia cognitiva que agrega e integra conhecimentos das neuro-ciências, da psico-lingüística e da psicologia cognitiva para compreender os fenômenos relacionados ao ensino e aprendizagem da alfabetização.
Esse paradigma é construído com base em evidências científicas experimentais rigorosas e validadas por estudos empíricos. Diferentemente do passado, quando havia um ou poucos nomes associados a uma determinada "teoria" ou "método" de alfabetização, a Ciência Cognitiva da Leitura hoje goza do consenso da maioria dos pesquisadores que militam no campo da alfabetização.
Fonte: Site Instituto Alfa e Beto

Metalinguagem e Metacognição

Lendo alguns textos no site do Instituto Alfa e Beto considerei pertinente este texto:
"Os materiais e métodos utilizados no Programa de Alfabetização Alfa e Beto contribuem para o desenvolvimento de competências metalingüísticas e de metacognição.

Metalinguagem
A palavra "metalinguagem" refere-se aos conhecimentos e competências que usamos para falar sobre a linguagem. É a linguagem usada para lidar com a linguagem. Os conhecimentos iniciais mais importantes referem-se ao vocabulário usado para referir-se aos vários aspectos da linguagem, como o nome e função das palavras (substantivo, verbo, advérbio, sujeito, etc.), os nomes das palavras e seus componentes (palavras, silabas, letras, fonemas, etc) e dos conceitos que essas palavras representam. As competências mais importantes, no momento da alfabetização, referem-se à capacidade de segmentar palavras em seus componentes mais básicos (sílabas, letras e fonemas).

Metacognição
Uso de habilidades e estratégias para refletir e controlar o processo de aprendizagem. A metalinguagem é um tipo de atividade de metacognição.
É comum educadores usarem as expressões "aprender a aprender" e "tornar o aluno um aprendiz autônomo". A metacognição tem muito a ver com isso. Metacognição significa controlar o próprio processo do conhecimento, de aprendizagem.
Metacognição refere-se ao conjunto de estratégias e uso de habilidades que o aluno usa para aprender a aprender, estratégias para monitorar o seu próprio processo de aprendizagem. Essas estratégias podem ser conscientes ou automatizadas. Assim, no processo de alfabetização existem várias estratégias de metacognição que o aluno deve aprender desde cedo. Entre as mais importantes, vale citar as estratégias para:
# saber se está usando corretamente o lápis e escrevendo com a postura correta; # verbalizar o sentido e a direção dos movimentos necessários para aprender a forma das letras;
#ajudar a compreensão de textos: fazendo perguntas de antecipação ao texto, identificando palavras que não conhece, prevendo o que vai acontecer no próprio parágrafo, página ou capítulo, etc. "

terça-feira, 20 de abril de 2010

O uso das tecnologias digitais

Lendo um artigo da Revista Pátio, publicado em novembro 2007/ janeiro 2008), considerei pertinente a citação de José Armando Valente:

"A escola deve incorporar cada vez mais o uso das tecnologias digitais para que os alunos e os educadores possam aprender a ler, escrever e expressar-se por meio delas."
Muitas vezes esbarramos em dificuldades no uso das tecnologias, o que vejo que com as crianças é diferente, pois estão abertos às novas aprendizagens e tem facilidades neste aprendizado, pois é seu interesse.

Já para nós, educadores desempenhar essas novas funções são grandes desafios, pois não fomos trabalhados, estamos aprendendo agora a lidar com as mesmas. As tecnologias digitais estão chegando à escola, mesmo que a passos lentos: computadores; em algumas escolas, esses computadores já estão ligados à internet; as escolas tem TV, câmeras digitais, dvds,...

O problema é que as tecnologias em grande parte, não estão incorporadas às práticas pedagógicas, pois falta a capacitação de profissionais para que possamos ampliar as possibilidades de expressão dos aprendizes e permitir que a sala de aula torne-se um espaço para conhecimento das tecnologias digitais.

Sendo aluna UFRGS - PEAD, aprendi muito com relação às tecnologias, bem como mudei minha visão com relação às tecnologias.

Hoje, sou grande incentivadora e auxiliar das colegas para que façam uso das tecnologias em sala de aula.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Princípios orientadores

Venho nesta postagem apresentar as concepções teóricas que nortearão minha prática pedagógica neste estágio. Acredito que os princípios orientadores para a minha prática pedagógica voltam-se às concepções construtivistas que levam o aluno a pensar criticamente, citarei Paulo Freire, Piaget, John Dewey e Comênio.
Paulo Freire afirma que ninguém começa lendo a palavra, que primeiro lê-se o mundo para depois entender a leitura da palavra, ou seja, primeiro tem-se que entender o contexto em que se está inserido e a partir deste explorar a leitura da palavra. Sua proposta pedagógica é um processo contínuo e permanente que serve para reaproveitar essa leitura de mundo, uma avaliação dialógica, ou seja, voltada ao diálogo. Sem esquecer que retrata a pedagogia do erro e ressalta que para esta não se reprime o educando em função do erro.
Na visão construtivista, o aluno constrói representações por meio de sua interação com a realidade, as quais irão construir seu conhecimento, processo insubstituível e incompatível com a idéia de que o conhecimento possa ser adquirido ou transmitido. Assim como afirma o professor e psicólogo Fernando Becker: "É a pessoa que constrói o seu próprio conhecimento".
O papel do professor, na abordagem construtivista, é facilitar a construção de significados por parte do aluno nas suas interpretações do mundo. Como professora, preciso criar situações desafiadoras para os alunos e juntos, possamos como diz Paulo Freire "recriar a vida", de forma a envolver a cultura popular, a história dos alunos ao conhecimento científico.
Como já citei na Introdução gosto do trabalho por projetos, este traz aspectos positivos e desafiadores, em que diferentes caminhos determinarão a construção da aprendizagem. Segundo John Dewey, a aprendizagem por projetos favorece a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação, a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitam aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação consequente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.
Também vou mencionar Comênio, pois afirma que a aprendizagem é uma necessidade de todos, homens e mulheres, de todas as classes sociais, de forma igual. Segundo Comênio, a aprendizagem deve começar, a partir dos sentidos, da percepção, da experiência do aluno, dando-lhe a base, o suporte para que saiba do que se está falando. Comênio quando propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações.
Enfim, vejo presente o pluralismo das concepções teóricas para nortear as práticas pedagógicas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Programa de Alfabetização Alfa e Beto


O Programa de Alfabetização Alfa e Beto já foi implementado em variadas cidades de todo país sendo reconhecido pelo êxito e sucesso conseguido na alfabetização de crianças do primeiro ano do ensino fundamental.
O programa tem como objetivo assegurar a efetiva alfabetização das crianças, por meio de um programa completo. Desta forma contém atividades relativas a todas as competências que integram o processo de alfabetização. Isso permite que a escola se adapte ao nível em que se encontra cada aluno. Além de alfabetizar, o Programa introduz o aluno ao mundo das letras e dos livros e desenvolve vocabulário e competências de compreensão de texto e de expressão oral.
O Programa Alfa e Beto é reconhecido como um método mais eficaz para alfabetizar a criança, pois o ensino da decodificação utiliza o método fônico.
O método fônico refere-se às relações ou correspondências entre letras e sons. Assim, método fônico é todo aquele que ensina a relação entre grafemas e fonemas, ou seja, letras e sons, permitindo à criança descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua.
Portanto satisfeitas, na escola com o resultado alcançado permanecemos na metodologia, sendo que neste ano temos alterações no material. Acredito que esteja melhor planejado.