sábado, 22 de novembro de 2008

Auto-avaliação na construção do Projeto de Aprendizagem


Pensar a aprendizagem a partir da construção do Projeto de Aprendizagens, acredito que eu cresci muito, como também passei a entender melhor a proposta do trabalho.
Houve crescimento, tanto em nível do grupo, como individual, onde nosso envolvimento nos proporcionou um posicionamento frente ao assunto, pois avançamos no domínio do assunto, incrementamos com o uso das tecnologias, sendo que ambas tomávamos as iniciativas, não nos acomodamos na espera de que uma faça pela outra, dividimos tarefas. Avançamos na estruturação das etapas, crescemos a partir da interação com os professores.
Nossa rotina neste semestre alterou-se, pois passamos a interagir, o grupo necessitava comunicar-se constantemente para que se tomassem decisões e prosseguíssemos na construção do PA. Essa comunicação ocorreu por MSN, telefone, e-mail, fórum do grupo no Wiki, reuniões com os professores, sem dúvida o grupo dialogou muito nesse semestre. As relações entre os membros do grupo foram muito positivas, nos entendemos bem, buscamos sempre chegar ao consenso, por meio do diálogo, respeito à opinião e cumplicidade.
Particularmente, acho que eu contribuo na construção do projeto, participei do processo do início até o momento, mesmo não gostando de falar em público, conheço o processo e me encontro dentro deste. Houve cooperação na construção dos diversos elementos do projeto, desde a estruturação da questão inicial, das certezas e dúvidas, da elaboração do mapa conceitual, da reorganização das certezas e dúvidas, da criação das páginas para apresentar as descobertas,...
Estou muito feliz com nosso PA, pois acho que está bem organizado e estruturado, construímos várias páginas, separando os assuntos e dando ao trabalho uma estética bonita, como também facilitando o carregamento da página a cada vez que editávamos, que fica difícil se está tudo em uma única página, acaba ficando muito lento o carregamento.
Avaliar minha participação no processo do PA, me deixa satisfeita, pois tive comprometimento, interação, cooperação, muita disponibilidade, esforço, iniciativa, interesse, organização e boas relações com o grupo. Também fui pontual com as postagens no Rooda e no Blog.
O Projeto de Aprendizagem em grupo é um trabalho que requer muito mais que conhecimento, este precisa de disponibilidade para o trabalho coletivo, capacidade de descentração, onde oferecer auxílio nos proporciona um ganho particular em conhecimentos e maturidade nas relações com o grupo. A humildade é um fator muito importante nesse processo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gestão democrática

Conforme a participação da professora Neusa, em nosso fórum “Quais são os elementos (concepções, instrumentos, processos) fundamentais da gestão democrática escolar?”, no qual citou que percebeu em nossas manifestações uma certa "ansiedade" para que a gestão democrática saia do discurso e se transforme em prática efetiva no cotidiano da escola mas também uma boa dose de "rebeldia" para lutar por relações sociais democráticas. A professora se diz contente pois quando nos "conformamos" em demasia com o "status quo", em que, as vezes, para garantir o nosso lugar na estrutura social , nos esquecemos de nossa identidade coletiva, e esta, com certeza, que faz com que nos contemplemos no "outro".
Foi um aspecto que refleti com esta greve dos professores da rede estadual, rede que integro e vejo que cada vez é mais desunida.
Sou a favor da greve, pois querem tirar de nós o pouco que temos, mesmo que sejam "pinduricalhos", como chamam, mas são nossos por direito. Com o novo piso salarial estadual estaremos retrocedendo no tempo e voltando à escravidão.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Piso nacional/estadual

Considerar que minha remuneração é justa, que condiz com as necessidades em termos de atualização constante? Não, acho que o salário do professor é um dos mais injustos dentre as categorias profissionais é muito pouco para assegurar condições de vida digna para qualquer profissional. A atividade docente exige tempo fora de sala de aula para preparação de aulas e conteúdo, correção de provas, elaboração de atividades relacionadas ao projeto político-pedagógico, entre outras.
A remuneração salarial que recebo pelo município é boa, se comparada ao salário do magistério estadual ou se comparado à atual proposta do piso salarial profissional nacional de R$ 950,00 para 40h semanais. Percebe-se que este piso é muito baixo, o piso estadual, que, já com as vantagens incluídas na sua remuneração é inadmissível.
Já o piso nacional vem aproximando–se do que seria o básico, mínimo, necessário para que um professor possa pensar em acesso cultural, a possibilidade de ir ao cinema, ao teatro, espetáculos,..., ou mesmo pagar cursos de formação continuada.

Gestão democrática

A gestão democrática está ligada ao estabelecimento de mecanismos institucionais e à organização de ações que desencadeiem processos de participação social: na formulação de políticas educacionais; na determinação de objetivos e fins da educação; no planejamento; nas tomadas de decisão; na definição sobre o destino de recursos e necessidades de investimento; na execução das decisões tomadas; nos momentos de avaliação. Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes segmentos envolvidos nesse campo, no que se refere aos sistemas, de um modo geral, e nas unidades de ensino – as escolas. Gosto da citação de Juan Bordenave (1994): “Democracia é um estado de participação”. A democracia participativa, é aquela em que os cidadãos, ao sentirem-se fazendo parte de uma nação ou grupo social, têm parte real na sua condução e por isso tomam parte na infindável construção de uma nova sociedade da qual se sentem parte. Acho fundamental esta colocação, em que nós, professores, como um dos segmentos da escola, devemos fazer, ter, tomar e sentir-se parte da escola.

Educação brasileira

A educação no Brasil é muito fragmentada, mesmo passando por várias fases e transformações nos últimos anos, ainda há muita desigualdade na educação brasileira. No texto “Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização”, de A.J. Akkari, constata-se que houve um aumento na escolarização em todos os níveis de ensino e uma diminuição das taxas de analfabetismo. Verifica-se que no Nordeste, se concentra a rede pública mais deficitária, em que mais da metade das crianças da zona rural estudam menos de quatro anos e um quarto destas nunca estudaram, sendo completamente analfabetos. Há, no nordeste, grande número de docentes leigos, sem formação pedagógica, como também é nessa região que há grande concentração de pobreza.
O financiamento da educação básica no Brasil provém do fato que a descentralização reforça a desigualdade entre estados, comunidades e regiões. Os estados recebem metade dos impostos, principalmente graças aos impostos sobre circulação de mercadoria. Logicamente, as regiões e os estados economicamente desenvolvidos têm rendas mais importantes. O sistema educativo progrediu muito nas últimas décadas, em que a escola pública acolhe a maioria dos alunos e a escola particular acolhe a elite.
Encontramos uma realidade precária na rede estadual, em que há escolas com ajuda financeira inferior aos gastos realizados para manter a entidade e muitas vezes a verba que deveria chegar para auxiliar nos gastos, atrasa, deixando as escolas sem recursos financeiros. Além disso, cabe às escolas públicas a tarefa de suprir as vagas das escolas particulares que atendem a uma pequena parcela elitizada da população, acarretando nas salas de aula em número excessivo de alunos, espaço físico pobre, precário, sem recursos, bem como a insuficiência de material didático, pois na rede pública, depende-se das políticas educativas municipais, estaduais e federais, ambas dependem do Estado. Dessa forma, o que ocorre é que quem possui melhor poder aquisitivo será beneficiado, freqüentando escolas particulares.
Um fato que causa perplexidade, com relação às escolas de educação infantil, onde famílias carentes têm de pagar para mães crecheiras para cuidar de seus filhos, enquanto magnatas, sonegam impostos, não declaram sua real renda familiar, conseguem desta forma garantir a vaga na escola de educação infantil por não ter renda declarada, tirando a vaga de quem realmente carece e necessita. Considero que os critérios usados são falhos e injustos.Assim como a maioria das leis, criadas por uma minoria privilegiadamente, não corresponde a triste realidade sócio-econômica brasileira. O papel aceita tudo, fica muito bonito e parece acessível, contudo são sonhos, desafios inatingíveis. Falar em direitos iguais ainda é uma utopia, com políticos que se preocupam com seu rendimento mensal ao invés de se preocupar com os problemas e desafios do país.

Desigualdades educativas

Sou professora concursada pelas redes municipal e estadual, em que...
Sapiranga tem investido muito para melhorar a qualidade na educação, reconhecida nacionalmente pelo bom desempenho na educação básica, tem atraído um grande número de alunos para a rede municipal. Justamente por investir e contribuir no incremento da educação básica, desde a reforma das escolas, construção de ginásios, investimentos em laboratórios de informática, enfim adequação do espaço físico para melhor atender ao educando. Houve também especial atenção ao docente, desde uma melhor remuneração, ajuda de custo na graduação e a permanente oferta da formação continuada.

A rede estadual de ensino está cada vez mais precária, pois se percebe a degradação desta. Escolas estaduais que há vinte anos eram referenciais de qualidade e modelo no ensino, onde não haviam vagas suficientes para atender alunos da cidade e arredores, hoje estão decadentes, são turmas fechadas, salas especializadas estão às traças, viraram num monte de sucata. Deveriam-se atacar as desigualdades educativas estruturais, de forma a melhor a estrutura e os apoios políticos do setor público para torná-los comparáveis aos da rede particular, já em Sapiranga, inclusive com a rede municipal.
A questão é a insuficiência dos recursos para a educação pública. Está certo que propor o aumento das despesas para a educação pública pode parecer provocador para certos economistas, na medida em que o período atual é caracterizado pela adoção, de modo religioso, de restrições orçamentárias. Ora, se observarmos que o governo federal gastou vários bilhões de dólares para sustentar bancos privados ou a paridade da moeda nacional com o dólar, podemos nos surpreender com o fato dele não encontrar os financiamentos necessários para a educação pública.

Sou professora concursada nas redes municipal e estadual , em Sapiranga, onde são muito claras a decadência da rede estadual e ascensão da rede municipal. Refletir nossas práticas, que deveriam ser voltadas para formação do indivíduo como um todo, levando-o a se transformar em um ser crítico e atuante na sociedade, visando a sua melhoria na condição de cidadão dentro do contexto social. A educação é um dos meios para melhorar a sociedade e torná-la mais igualitária e justa, mas é preciso organizar melhor a família, o trabalho, o lazer,... Ensinando o respeito para todos que formam a nossa sociedade brasileira.

As desigualdades ocorrem por haver discriminação, por exemplo nas cotas para afro descendentes, não são as soluções ideais para os anos de descaso e exclusão, mas são possibilidades de acesso. Não podemos negar as diferenças, não sejamos utópicos, são muitos anos de discriminação, em que houve falta de igualdade. Num determinado momento, pode-se dar o incentivo inicial para que, a auto-estima e os olhares se tornem mais igualitários. Até porque, afro descendentes, pobres, deficientes, não contavam com as políticas públicas voltadas para inclusão social, já é um pequeno começo, um resgate histórico, juntamente com os subsídios aos alunos das escolas públicas de baixa renda. O acesso à cidadania não é possível sem resolver o problema de acesso, permanência e finalização da escolaridade dos excluídos.

Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, disse: "Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força." Com relação à democracia, penso que iniciamos uma caminhada neste ano, pois fomos convocamos para uma reunião, na rede estadual de ensino, para trazer a nosso conhecimento e opção uma metodologia de aprendizagem no ensino direcionado aos primeiros e segundos anos do ensino fundamental de nove anos, isto é notável! É a primeira vez, em onze anos, desde que trabalho no estado que nos são ofertadas metodologias e capacitações docentes. Acredito que desta forma a educação, na rede estadual, entra num novo processo de investimentos, na busca de melhor qualidade na educação, bem como na capacitação continuada do professor, esta que estava ao descaso. Qual medida democrática requer soluções de força e assim sendo será realmente democracia?

É como nos diz Fernando Sabino: "Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexão sobre Projetos de Aprendizagem

A partir de questões selecionadas e discutidas na aula presencial ao início do quinto semestre, passamos a interagir para a idealização de um Projeto de Aprendizagem.
Com a formação do grupo, o primeiro passo fora definir nossa questão de investigação. Para esta, iniciaram-se nossas conversas para chegar a um consenso. Não tinha idéia de que havia muito mais por vir, pois acredito que como eu,muitos pensaram no Projeto de Aprendizagem, como nos projetos que estamos acostumados a realizar e desenvolver em sala de aula, aos quais chamam de pesquisa escolar.
O próximo passo fora definir as certezas provisórias e as dúvidas temporárias que tínhamos a partir da questão de investigação. Nesta etapa ficamos com muitas dúvidas em como realizar e desenvolver esta etapa e dar o devido prosseguimento ao Projeto de Aprendizagem.
Para dar continuidade e chegarmos a um denominador comum marcamos um encontro presencial no Pólo. Achei que estávamos fazendo tudo corretamente, inclusive o mapa conceitual. Foi quando em conversa no MSN com os professores, passamos a compreender que as dúvidas e certezas teriam que vir a responder nossa questão de investigação.
Marcamos novo encontro presencial entre os membros do grupo, estávamos muito apegadas com o contato físico e direto. Reestruturamos as certezas provisórias e as dúvidas temporárias, refletindo cada qual, se realmente seria necessária para responder a questão investigativa.
Nesta etapa passamos a interagir com o uso das tecnologias, nos envolvemos diariamente com o Projeto de Aprendizagem.
Tivemos uma nova aula presencial, em os professores esclareceram nossas angústias e passamos a compreender um pouco melhor a estruturação do mapa conceitual, acredito que na terceira reformulação tenhamos acertado, pois conseguimos sintetizar, relacionar e ler o mapa constituído.
O desenvolvimento do Projeto de Aprendizagem prosseguia. Nesta etapa realizamos esclarecimentos e validamos certezas e dúvidas por meio de leituras, pesquisas, coleta de materiais e entrevistas, visando a produção de conhecimento.
Continuamos envolvidas no aprimoramento do Projeto de Aprendizagem, bem como pensamos em dar prosseguimento no próximo ano.
Pensar esta metodologia na sala de aula me assusta, pois trabalho com o primeiro ano, procuro desenvolver projetos, mas que são direcionados, ainda não me permiti que a turma escolha seu projeto de aprendizagens, também não sei como seria desenvolver o PA, quando alunos de seis anos têm opiniões muito variáveis, idéias bem particulares. Fico imaginando como seria escolher uma questão de investigação...
Posso destacar que neste semestre o trabalho com Projeto de Aprendizagens, é um grande desafio. Acredito que o maior aprendizado fora de compartilhar dúvidas, certezas, angústias, erros e acertos no trabalho em grupo. A construção do conhecimento se dá por meio das descobertas divididas, onde definir, ceder, questionar, esclarecer,..., foram ações voltadas para aprimorar o conhecimento que tínhamos com relação ao tema escolhido.

Ps: no parágrafo anterior citei que trabalho com projetos, no entanto já não sei mais como chamá-los, pois o professor disse-nos em uma situação que estes seriam pesquisa escolar, mas no Magistério chamávamos de centro de interesse, já na docência passamos a tratar de projetos, agora me dizem que é pesquisa escolar, então eu continuo nesta ...



segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A VIDA


No link abaixo há uma linda

mensagem que nos faz

refletir sobre como estamos

agindo em relação

a VIDA...

Água é sinônimo

de vida.

Vale a pena ler, ver e ouvir!


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O trabalho docente


O trabalho docente é um constante desafio em que há uma ênfase cada vez maior no profissional docente, como também na formação e na organização do trabalho cotidiano. Exige-se cada vez mais, que os professores se tornem profissionais da Pedagogia, capaz de lidar com inúmeros desafios pela escolarização de massa em todos níveis do sistema de ensino.

O trabalho docente exige inovação para despertar interesse no aluno, pois em plena era da informática e das tecnologias digitais, o professor tem de usar criatividade para atrair o aluno. As tecnologias digitais já estão muito presentes nos lares: computador e Internet há muito deixaram de ser artigo de luxo e servem como ferramenta de aprendizagem.
Estamos trabalhando com pessoas, então precisamos motivá-los para a aprendizagem, considerando o contexto social de modo a desencadear ações para instrumentalizar e construir o conhecimento de maneiras participativa, instigante e prazerosa.
Trabalhar com pessoas é muito delicado, principalmente quando estas são o objeto de trabalho, pois temos uma sala de aula numerosa, alunos em diferentes níveis de aprendizagem, alunos inclusivos,...

Eu acredito que o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender, tampouco podemos ficar parados no tempo, temos que acompanhar o desenvolvimento, pois a educação é um processo social, ela não nos prepara para vida, mas é a própria vida. Com nos diz Paulo Freire:
"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda."

Regimento Escolar

“Regimento Escolar é o documento originado do Projeto Pedagógico que disciplina a vida escolar”. Caldieraro (2006, p.28)
Cabe definir as regras, ou seja, regimentar o modo como a escola se organizará para pôr em prática suas opções teóricas.
É um importante documento de referência para o funcionamento da escola. Nele está materializado o PPP na forma de registros dos procedimentos, funções, atribuições e composição de cada um dos diferentes segmentos e setores da escola. Isto é fundamental para que todos que trabalham na escola, bem como os que participam da sua vida cotidiana, como comunidade escolar, tenham claro o processo histórico, de organização e de normatização da instituição.
O Regimento deve conter orientações para a vida escolar; nele deve ficar expressa a concepção de conhecimento presente no PPP e os aspectos concernentes à gestão da escola, tais como:
- Filosofia do estabelecimento (Opção teórica que define o tipo de homem/aluno que a instituição pretende formar).
- Finalidades (Compatíveis com o que já ficou estabelecido no Art. 2° da LDB).
- Objetivos do Estabelecimento (Coerentes com a opção teórica).
- Objetivos dos níveis e modalidades de ensino oferecidos (Coerentes com a opção teórica).
- Organização pedagógica (direção, coordenação pedagógica, orientação educacional, conselho de classe e outros órgãos de natureza pedagógica).
- Regime de matrícula (seriado, por disciplina, por blocos de disciplinas, etc.).
-Organização didático-curricular do Curso (séries, ciclos de ensino, etapas, projetos, outras formas de organização, duração e carga horária, critérios de organização e composição curricular).
- Avaliação (por meio da definição clara dos instrumentos e critérios, deve expressar um processo contínuo e participativo, portanto,
deve envolver os alunos).
- Estudos de Recuperação.
- Controle da freqüência.
-Classificação dos alunos.
- Transferência escolar (Histórico escolar, critérios e mecanismos de reclassificação).
- Certificação
- Medidas pedagógicas de caráter corretivo.
- Ano/período letivo e calendário escolar.
- Plano Global/Plano de direção/Plano Integrado de Escola (caracterização, abrangência, elaboração, aprovação).
- Acompanhamento e avaliação das normas regimentais.
Além dos pontos principais elencados até aqui, os setores escolares precisam definir regras que orientem com precisão atribuições, papéis e horários que cada um deve cumprir, por exemplo: na biblioteca, no laboratório de aprendizagem, nos serviços de orientação e de supervisão educacional, no conselho escolar, na direção, no exercício da docência, na condição de aluno em sala de aula e nos demais espaços escolares, na secretaria e demais serviços auxiliares da ação educativa (cozinha).
A partir do Regimento Escolar, compreendido como caminho que rege o ato de aprender, os professores podem organizar suas tarefas em processo coletivo ou individual. Sobretudo, este instrumento deve ser norteador de um trabalho-diálogo, pois em escola, a produção deve ser resultado de esforços solidários e coletivos de pensar e de agir na e para a educação.

Projeto Político Pedagógico

Ao instituir o PPP como espaço para a construção de uma escola pública democrática, a LDB não revogou a necessidade de regulamentar, isso é, de traduzir em normas específicas os caminhos a serem seguidos para a conquista dos ideais democraticamente estabelecidos e em nome do direito à educação.
Assim, em continuidade ao que ficou definido no PPP como referencial de: escola desejada, papel dos diferentes segmentos escolares, conhecimento, currículo, avaliação,...., em outras palavras... O documento que representa idéias, objetivos, metas, seqüência de ações que irão orientar toda a ação pedagógica da escola.
Todo programa pedagógico, todo currículo, todo método pedagógico tem uma
dimensão política. Tem como funções identificar, politizar, inovar, articular e avaliar
Por trás do que às vezes parece ser uma escolha técnica, operam valores éticos e políticos, uma certa representação do ser humano, da sociedade, das relações que cada um deve manter com o mundo, com outros, consigo mesmo. Um projeto pedagógico não é apenas um programa de ações, de organização, de gestão, mas remete a valores fundamentais, o primeiro remete à organização, ao programa, à gestão; o segundo remete a valores, a um projeto de homem e de sociedade.
Um projeto pedagógico apresenta uma dimensão específica: é o projeto político que é aplicado às crianças e aos adolescentes, sua educação em escolas. Um projeto político define a organização de uma sociedade, ou de um grupo humano, em todos os seus componentes: a economia, o trabalho, as trocas de bens e serviços, a assistência social, a cultura, a educação, etc.
O projeto pedagógico e o projeto político devem ter credibilidade, de modo a transformar a realidade da escola e operar conforme um projeto real com base no discurso que ela sustenta, operando conforme os valores, inclusive valores políticos.
Um ato pedagógico é um ato, uma prática, uma situação, um contexto, com coisas que são possíveis e outras que se gostaria de fazer, mas que não são possíveis. A realidade da escola é o que ela desejaria fazer, mas é também o que ela faz.
O que os alunos aprendem verdadeiramente, e não apenas aquilo que os programas e currículos oficiais definem como o que deve ser ensinado, dentro da divisão real do poder e de responsabilidades, em cada escola.
A situação real da educação e das escolas é marcada por fortes contradições, que levam freqüentemente à existência de um grande fosso entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas, gerando contradições. Nessas contradições é preciso trabalhar para transformar verdadeiramente a escola, a sociedade, o mundo:
Primeira questão, para o político:
O que significam especificamente os princípios políticos de defendo? Que conseqüências têm em termos de construção de escolas, de equipamento, de financiamento, de formação e de salário dos professores, de definição de programas e de currículos, de condições de estudo e de avaliação dos alunos? Que programa de ações (pensado no tempo, com suas prioridades e seu financiamento) é preciso pôr em prática para realizar o projeto político, em sua forma pedagógica?
Segunda questão, ara os diretores de escola e para professores:
O que significam politicamente as ações pedagógicas? Dar continuidade a elas, mesmo quando alguns alunos não as compreendem, é democrático, é congruente com as escolhas políticas? Existe modelo de cidadão em uma democracia?
A consciência dos valores e a capacidade de defendê-los, bem como a capacidade de enfrentar as contradições para inserir valores na realidade social. Transformar a realidade, para transformar a escola, à luz de valores para construir uma escola democrática, para um mundo mais justo e mais solidário.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Refletindo a Educação...


A situação real da educação e das escolas é marcada por fortes contradições, que levam freqüentemente à existência de um grande fosso entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas. É sobre essas contradições, sobre esse fosso, que é preciso trabalhar para transformar verdadeiramente a escola, a sociedade, o mundo. Isto supõe um método, que consiste em duplo questionamento, cada um desses questionamentos convergindo para outro:

Primeira questão, para o político:

O que significam especificamente os princípios políticos que defendo?

Que conseqüências têm em termos de construção de escolas, de equipamento, de financiamento, de formação e de salário dos professores, de definição de programas e de currículos, de condições de estudo e de avaliação dos alunos?

Isso é possível hoje? Se não é possível o que se deve fazer para que se torne possível, que programa de ações (pensado no tempo, com suas prioridades e seu financiamento) é preciso pôr em prática para realizar meu projeto político, em sua forma pedagógica?


Segunda questão, para os diretores de escola e para professores:

O que significam politicamente as minhas ações pedagógicas?

Dar continuidade a elas, mesmo quando alguns alunos não as compreendem, é democrático, é congruente com minhas escolhas políticas?

Fazer os alunos decorarem frases ou, pior ainda, fazê-los aprender frases que saberão recitar, mas contem palavras que não entende, corresponde ao meu modelo de cidadão em uma democracia?

Passar tarefas para fazer em casa ou, pior ainda, passar tarefas inteligentes, que supõe que o aluno procure em livros ou mesmo na Internet, é uma atitude democrática, quando alguns alunos contam com recursos em casa e com pais que poderão ajudá-los, em quanto outros não?


Não será por milagre que se mudará a escola, por um toque de varinha mágica, mas por um trabalho paciente, difícil, honesto.

Se o que se pretende é verdadeiramente construir uma escola democrática, para um mundo mais justo e mais solidário, será preciso enfrentar essas contradições. Será difícil, mas é isso que vale a pena. É isso que define o militante: a consciência de seus valores e a capacidade de defendê-los em seus discursos, bem como a capacidade de enfrentar as contradições para inserir seus valores na realidade social. E se estamos reunidos aqui, pelo segundo ano consecutivo, é justamente para transformar a realidade, para transformar a escola, à luz de nossos valores.


* Trecho de texto apresentado em forma de conferência no 2° Fórum Mundial de Educação, Porto Alegre (RS), 22/01/ 2003

A escola, os professores, os alunos e o PPP


O que a escola desejaria fazer, o que o professor desejaria fazer, o projeto que eles têm, tudo isso é importante, porque dá sentido ao que eles tentam fazer, dá-lhe força para lutar pela melhoria da situação. No entanto, a escola é também e, sobretudo o que ela faz. É o que os alunos aprendem verdadeiramente, e não apenas aquilo que os programas e currículos oficiais definem como o que deve ser ensinado. São os métodos verdadeiramente empregados, e não os discursos que os textos oficiais, a própria escola e os professores sustentam sobre esse método. É a divisão real do poder e de responsabilidades, em cada escola, e não os textos oficiais sobre a gestão democrática.
Um discurso sobre o direito de todos à educação... e o desenvolvimento de escolas privadas, assim como, na escola pública, um fracasso escolar, muitas vezes significativo, de que são vítimas, principalmente, as crianças pobres.
Um discurso sobre a importância da formação, sobre o direito à cultura, um discurso sustentado por pais, alunos, políticos que esperam que a escola permita a cada jovem ter um ofício melhor, bem pago, respeitado; o discurso oficial fala de formação, de cultura, de igualdade, de democracia; porém, na realidade, a escola é pensada em termos de desenvolvimento econômico e de mais êxito para o “meu filho” que para o dos outros.
Um discurso pedagógico de tipo construtivista (o aluno somente pode aprender por sua atividade intelectual) e práticas contraditórias com esse discurso (por exemplo, avaliação por QCM ou por resposta “verdadeiro” ou “falso”).
Grandes discursos sobre a importância dos professores na sociedade, professores tão mal pagos que são obrigados, pra viver decentemente, a trabalhar em duas e, às vezes três escolas ao mesmo tempo.

domingo, 19 de outubro de 2008

A Educação nas Constituições Brasileiras

No link abaixo teremos uma visão geral de como a Educação está ligada às Constituições brasileiras. Na linha de tempo das Constituições procuramos destacar os seguintes aspectos:
- contexto sociopolítico e econômico;
- a obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
- a gratuidade do ensino público (níveis e modalidades);
- a vinculação de recursos (de impostos) à educação;
- a forma de ingresso dos professores no magistério público.

http://www.xtimeline.com/timeline/Constitui-231-245-es-Brasileiras-1

Financiamento da Educação

Há uma relação muito estreita entre o financiamento da educação e as competências e prioridades das esferas de governo.O controle do uso dos recursos da educação é procedimento essencial para a gestão responsável dos recursos. Chamamos controle a informação, o acompanhamento e a fiscalização da gestão, ou, se quisermos, da implementação de uma política.As administrações públicas (da União, de cada Estado e de cada município) devem contar com sistemas internos de controle dos recursos financeiros.
O CAE, Conselho da Alimentação Escolar de Sapiranga, vinculado ao Conselho Municipal de Alimentação Escolar tem por finalidades e atribuições: fiscalizar a aplicação de recursos federais transferidos para a conta do PNAE, zelar pela qualidade dos produtos desde a compra até a distribuição nas escolas, remeter ao FNDE o demonstrativo sintético anula da execução físico-financeira com parecer conclusivo sobre a regularidade da prestação de contas, orientar sobre armazenamento dos gêneros alimentícios nos depósitos da entidade executora ou nas unidades escolares, comunicar a entidade executora a ocorrência de irregularidades em relação aos gêneros alimentícios, divulgar em locais públicos o montante dos recursos financeiros do PNAE, transferidos para a entidade mantenedora, notificar qualquer irregularidade identificada na execução do PNAE.
O Conselho Municipal de Educação de Sapiranga, o CME é um órgão autônomo, de caráter deliberativo, consultivo, normativo e fiscalizador do Sistema Municipal de Educação. O Conselho tem como competências: baixar normas complementares para o Sistema Municipal de Ensino; autorizar séries, ciclos, cursos, exames supletivos e outros; aprovar regimentos escolares do Ensino Fundamental; cadastrar,analisar e arquivar regimentos das escolas de Educação Infantil; autorizar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino; autorizar a extinção de estabelecimentos de ensino; fiscalizar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino; manifestar-se sobre assuntos de natureza educacional que lhe forem submetidos pelo Prefeito Municipal, Secretaria de Educação e pelos organismos e/ou entidades que integram o Sistema Municipal de Ensino; propor medidas que visem a expansão, consolidação e aperfeiçoamento do Sistema Municipal de Ensino; manter intercâmbio com outros Conselhos de Educação; participar de elaboração e acompanhar a execução do Plano Municipal de Educação; elaborar e reformular seu Regimento Interno que será homologado pelo Poder Executivo Municipal; participar do Conselho do FUNDEB; exercer outras atribuições previstas em lei ou que lhe forem conferidas; propor sindicância; propor diretrizes para os Planos Municipais de Educação; credenciar escolas; emitir pareceres;aprovar resoluções; mobilizar os segmentos a participar de fóruns e palestras educacionais. As atribuições referentes às competências do Conselho abrangem estabelecimentos de Ensino da Educação Infantil, redes particular e municipal, e do Ensino Fundamental, da rede municipal.

Mészáros - pensador marxista

O húngaro István Mészáros, autor de "O Poder da Ideologia", "Para Além do Capital" e "A Teoria da Alienação”, é professor emérito da Universidade de Sussex (Reino Unido) e um dos principais pensadores marxistas da atualidade. A entrevista a seguir, concedida à repórter da Folha Fernanda Mena, em 2004, continua atual. Nela, Mészáros diz que é preciso haver uma reivindicação social do direito universal à educação.

Folha - Qual é a relação entre educação e pobreza?

István Mészáros - É a relação de um círculo vicioso. A pobreza impede as pessoas de se educarem e se desenvolverem. E, por outro lado, se as pessoas não participam e remodelam a sociedade, a pobreza e a exclusão continuam a crescer. Por muito tempo, ouvimos que a pobreza desapareceria gradualmente com o desenvolvimento do homem e da sociedade. Hoje, sabemos que isso é uma fantasia.Por conta desse círculo vicioso, o contrário está ocorrendo. Nos anos 60, havia 30 pobres na base da pirâmide socioeconômica para cada rico no topo dessa estrutura. Hoje, contamos 74 pobres para cada rico. No ano 2015, a previsão é que essa relação alcance cem pobres para cada rico no mundo. Essa é uma previsão oficial das Nações Unidas. Através da educação você pode tornar as pessoas capazes de contribuir para a solução de problemas da nossa sociedade, que tem muitos. Então dá para imaginar a tragédia que significa ter a maioria absoluta da população mundial hoje sem acesso ao menos à educação primária. Isso é muito irresponsável. Educação é algo absolutamente vital para o futuro.

Folha - A educação enquanto direito universal não tem sido respeitada por muitos Estados e, por outro lado, há uma tendência de comercialização do ensino. Como reverter esse processo?

Mészáros - Há essa tendência de tirar proveito material da educação, assim como de outras áreas, como a saúde. É preciso haver uma reivindicação social desse direito. Primeiro porque o Estado sozinho não financia estudo algum. O Estado é financiado com os recursos que a sociedade transfere a ele, e é desse dinheiro que tem de aumentar o investimento em educação. A educação privada, comercializada como serviço, só serve para comprar privilégios. E, no caso das universidades brasileiras [que cresceram mais de 116% durante o governo de Fernando Henrique Cardoso], tenho certeza de que elas não sobrevivem sem algum tipo de benefício do Estado, como isenções.

Folha - No que essa onda mercantilizadora da educação influi no conteúdo do ensino?

Mészáros - A nova escola está orientada para o mercado, para aquilo que se pode aprender para vencer. Essa orientação da educação é um canal para os propósitos expansionistas da produção de commodities. Expandir valores humanos, nesse sentido, se torna algo irrelevante, porque não gera lucro direto. O interesse hoje é de criar meios de expansão do capital. O que as pessoas aprendem para sua realização pessoal, os chamados valores úteis, tem cada vez mais sido compreendido como valores comerciais ou valores de troca. A grande reforma será redirecionar o conceito de valor útil para eliminar as condições miseráveis da humanidade hoje.

Folha - Depois da queda do muro de Berlim, Marx ainda tem valia quando se pensa a educação?

Mészáros - Claro que sim. Um de seus princípios, que permanece absolutamente válido ainda hoje diz que os educadores não estão acima das outras pessoas. Para Marx, os educadores também devem ser educados por serem parte de uma sociedade que sofre mudanças constantemente. Se não se educam os educadores de maneira contínua, eles se tornam inúteis. Essa contribuição de Marx é tão válida hoje como foi no passado, como também será no futuro. É uma regra, um princípio geral.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Concepções de Currículo e Avaliação

O currículo norteia a vida da escola. É a escola como um todo, resultante da construção coletiva com a participação de todos os segmentos da comunidade. É constituído a partir de um amplo estudo das temáticas, competências e referenciais de currículo elaborados pelos professores de cada série e componentes curriculares, com objetivos bem definidos, respeitando a capacidade cognitiva do aluno, com ênfase na interdisciplinaridade atribuindo-lhe tempo e intensidade.
A avaliação é um processo contínuo, participativo e interativo, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar. O ato educativo é um todo onde o ensino e as aprendizagens ocorrem simultaneamente, no qual a avaliação e a recuperação preventiva fazem parte do processo, acontecendo ao mesmo tempo. A avaliação está em consonância com os objetivos e as competências propostas. Os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, incluindo o domínio de conteúdos, o desenvolvimento de habilidades, atitudes, hábitos, valores e competências na busca da qualidade.

Aprendizagem na vida adulta

De acordo com as definições para o termo adulto, o dicionário cita como adulto o que atinge o completo desenvolvimento ao atingir a maturidade, expressa na integração social e adequado controle das funções intelectuais e emocionais, já conforme a lei é definido com a maioridade, ou seja a partir dos dezoito anos.
Com base nas definições citadas, acredito que não há uma perfeita concordância, pois elas divergem, o fato de uma pessoa completar dezoito anos, não significa ter maturidade e pleno desenvolvimento emocional e intelectual, pois o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas no período posterior. Portanto não é o fato de atingir a maioridade que define a fase adulta, bem como é variável de uma pessoa para outra, pois o que define o período de desenvolvimento é a relação do sujeito com o objeto do conhecimento, sua maneira de pensar, refletida no modo como lida com seus problemas da realidade.
São as características cognitivas que definem o nível de desenvolvimento. O desenvolvimento cognitivo inicia-se no nascimento e perdura pela vida adulta. Atingimos o operatório-formal a partir de doze anos, no entanto para atingi-lo é necessário refletir para além do real presente, refletir as possibilidades, fazer planos, elaborar teorias, construir sistemas e pensar sobre o próprio pensamento.
O adulto aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico ou social em que vive e lançando hipóteses sobre as transformações que devem ser executadas.
A relação professor – aluno, na educação de jovens e adultos, não se limita ao conteúdo, pois são necessárias relações interpessoais para então levá-lo a aprendizagem, de forma a compreender o raciocínio que lhe é transferido .

Karl Marx

Marx baseia-se na concepção materialista da história, o modo de produção determina as relações sociais.Analisa a história como resultado da luta entre classes sociais, destacando que o capitalismo, a oposição se dá entre burgueses, proprietários dos meios de produção, e os proletários, que vendem sua força de trabalho.
Assim como Marxs e Engels expuseram a sociedade capitalista, opressora do proletariado, que valoriza o poder, o dinheiro, as posses materiais, as classes sociais em detrimento ao ser humano. Marx e Engels sonharam com uma sociedade justa, onde não há propriedade privada com a dominação do trabalho alheio, nem mesmo a divisão de classes sociais.
Na atualidade vemos experiências de sociedades comunistas, no entanto estas carregam o referencial filosófico e político, mas mantêm uma idéia de isolamento e autosuficiência, que vai na contramão atual da globalização, o que tem parecido ser essencial para a sobrevivência da humanidade.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Manifesto dos Pioneiros


Podemos citar como principais conquistas dos renovadores o estabelecimento do ensino gratuito em 1934 e o aspecto facultativo em respeito ao ensino religioso nas escolas, presente em ambas as Constituições (apesar de o Estado-Novo incentivar a “formação religiosa, moral e patriótica” dos indivíduos). Também se pode levar em consideração o melhoramento do ensino de caráter funcional, atrelado à vida real e ao mercado de trabalho em prol do progresso, já defendido em 1932. Porém o Manifesto também amargou derrotas, principalmente ao se observar a Constituição de 1937. A proposta de um ensino democrático e de se encarar a educação como um direito biológico de qualquer indivíduo não parecem ter sido considerados neste período, bem como não houve o papel de destaque esperado para a educação de base, e para o papel da pedagogia e da filosofia na educação em geral. Os motivos supracitados que embasam o argumento de que o ensino democrático foi prejudicado também servem para justificar o argumento de que o direito biológico a educação estava sendo ignorado. Afinal, se um indivíduo não pode avançar em seus estudos, e se só estuda para ser capaz de cumprir uma função pré-determinada, o estado estará limitando, tolindo o potencial de aprendizado do indivíduo. A educação do estado-Novo tinha a função de modelar, fazer com que os indivíduos se encaixassem na demanda de certas áreas técnicas em lugar de dar-lhes base para buscarem as próprias funções dentro da sociedade. Com a vigência do regime totalitarista do Estado-Novo, a discussão e os debates ideológicos em torno da educação, para usar as palavras de Romanelli (2002), entravam num período de “hibernação”. O Estado conseguiu reduzir seu papel de responsabilidade consideravelmente através da Constituição, e conseguiu produzir um dualismo na demanda por educação diretamente dependente da classe social de origem dos indivíduos em formação. Um ensino foi claramente direcionado para as massas e outro, bastante diferente, para as elites. Por fim, apesar da proposta deste trabalho ser limitada à relação entre o Manifesto e às duas Constituições de 1930, vale a pena esclarecer que as influências do Manifesto continuaram válidas e fortes, reaparecendo em lugar de destaque após o período de ditadura e contando com uma Constituição mais flexível, a de 1946. Na década de 1940, as lutas ideológicas concernindo os problemas da educação no Brasil ganham novo impulso, principalmente devido ao trâmite da Lei de Diretrizes de Bases, em 1948, e esta abertura às discussões sobre o ensino irá continuar até o ano de 1961.

sábado, 20 de setembro de 2008

Projeto em ação


A partir das questões iniciais definimos uma questão de investigação:
Os rios podem se regenerar após muitos anos de poluição?
Até este momento, estamos trabalhando com certezas e dúvidas,no entanto não temos que cortar por quantidade e sim por importância, que só poderemos saber durante a discussão.
Por enquanto analisamos e repensamos, assim acabamos gerando mais dúvidas, criando um contexto maior para a exploração e discussão.
A pergunta principal, orienta nosso pensamento, mas não devemos podar esses pensamentos, se tivermos dúvidas se uma dúvida ou certeza é relevante incluí-la, pois estamos em uma fase insegura.
O debate entre o grupo é necessário para produzir uma construção que contemple o interesse do grupo, nas proximidades das perguntas iniciais, dado que escolhemos esta pergunta, por que pensamos que ela é uma boa pergunta para investigar.
A análise das dúvidas e certezas deve levar em consideração:
a) a certeza ou dúvida contribui para a construção da resposta à questão principal?
b) a dúvida é de fato algo que precisa ser explorado ou sua resposta é imediata ou uma coisa para qual já sabemos a resposta?
c) a certeza é de fato provisória?

Assim trabalhamos a técnica de brainstorming, que propõe que um grupo de pessoas se reúnam e se utilizem das diferenças em seus pensamentos e idéias para que possam chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim idéias inovadoras que levem o projeto adiante.

Projetos de Aprendizagem

Estamos iniciando uma caminhada , na qual ainda ansiosa, duvidosa, nervosa, pois sinto uma grande insegurança nesta nova etapa para a construção de projetos de aprendizagem.
Inicialmente definimos a questão de investigação, que será norteadora do projeto.
A segunda etapa, é voltada à estruturação de certezas provisórias e dúvidas temporárias. Estamos em fase de discussões e definições desta etapa, esta nos parece bem complexa.
O grupo está constantemente em contato, conversas por telefone, MSN, debates no fórum, bem como o encontro presencial do grupo, são válidos para a definição da etapa. Criamos um mapa conceitual, a idealização deste trouxe a lembrança do Magistério, onde tínhamos que elaborar esquemas definindo as idéias principais do assunto.
O grupo pos em prática um plano de ação, para melhor orientar-se no projeto de aprendizagem.
É um desafio trabalhar em grupo à distância, por meio de tecnologias, pois ainda temos grande necessidade do contato presencial para que as idéias sejam colocadas em prática.

domingo, 14 de setembro de 2008

A perspectiva weberiana de educação

A dominação ocorre quando uma quantidade qualquer de indivíduos obedecem a ordens vindas de uma parte da sociedade, que pode ser formada por uma ou mais pessoas. A dominação é resultado de uma relação social de poder desigual, onde vê- se claramente, que um lado manda e o outro obedece. Existe a subordinação de uns ao poder de outros.
Há três tipos de dominação:
DOMINAÇÃO LEGAL segue regras segundo uma lei, um estatuto, que é aceito por todos os integrantes. O grupo dominante é eleito e o quadro administrativo é nomeado pelo mesmo. O tipo de funcionário é aquele de formação profissional, que é contratado, com pagamento fixo, com direito a promoção conforme regras fixas. O funcionário inferior é subordinado ao funcionário superior. O tipo de quem ordena é o superior, cujo direito de mando está fixado no estatuto.
DOMINAÇÃO TRADICIONAL predomina a dominação patriarcal. Quem ordena é o senhor e os que obedecem são súditos. O quadro administrativo é composto por servidores, os quais normalmente fazem parte da família do senhor. Obedece-se ao senhor por fidelidade, hábito. O costume já está enraizado na sociedade. O quadro administrativo é inteiramente dependente do senhor e não existe nenhuma garantia contra o seu arbítrio.Os servidores estão em seus cargos por privilégio ou concessão do senhor. A hierarquia é frequentemente abalada pelo privilégio.
DOMINAÇÃO CARISMÁTICA - neste tipo de dominação a relação se sustenta pela crença dos subordinados, nas qualidades excepcionais do líder, essas podem ser dons sobrenaturais, a coragem, a inteligência, faculdades mágicas, heroísmo, poder de oratória. O tipo que manda é o líder, quem obedece é o apóstolo. Obedece-se ao líder somente enquanto suas qualidades excepcionais lhe são conferidas. Não existem regras na administração, é característica deste tipo de dominação a criação momentânea. O líder tem que se fazer acreditar por meio de milagres, êxitos e prosperidade dos seus apóstolos. Se o êxito lhe falta, seu domínio oscila.

sábado, 13 de setembro de 2008

EDUCAÇÃO NACIONAL E SISTEMAS DE ENSINO

Entendo o Federalismo como o poder compartilhado nas esferas governamentais (federal, estadual e municipal), que dá autonomia de poderes, mas sem ferir as normas nacionais, assim ocorrendo a descentralização, em que há o fortalecimento do estado e do município para o estabelecimento da autonomia perante as outras esferas de poder, no entanto a descentralização de decisões, é a que estabelece, como princípio, a gestão democrática do ensino público.Desta forma, no que se refere à educação, desde 1988 estão postas as coordenadas para a atuação das esferas: a descentralização do poder, a autonomia e a gestão democrática do ensino público.
Trabalho nas esferas de ensino estadual e municipal, onde percebo que na rede estadual há maior liberdade e autonomia para a organização do calendário escolar, na opção do sistema de avaliação, da autonomia financeira, já na rede municipal há maior controle e supervisão, em que a autonomia e liberdade são relativas, pois sempre deve haver o aval da Secretaria de Educação Municipal. Logicamente, na rede estadual também há supervisão e acompanhamento, mas podemos definir e estruturar nossa gestão democrática, no entanto ambas esferas, estadual e municipal devem cumprir a Legislação Nacional, pois o poder maior é da União, que trata da manutenção e organização da rede federal de ensino e também dos programas suplementares das redes estaduais e municipais, de forma a articular um conjunto maior no que se refere ao planejamento, financiamento, gestão e avaliação.

Maturana X Erickson






Maturana aponta três vertentes. A primeira sustenta que o conhecimento não se limita ao processamento de informações oriundas de um mundo anterior à experiência do observador . O que significa que conhecimento se dá no momento que estamos interagindo no mundo. Neste sentido, afirma que o observador faz surgir um mundo em sua própria ação de distinção”, como referido acima. A segunda afirma que os seres vivos são autônomos e auto-produtores, ou seja, capazes de produzir seus próprios componentes ao interagir com o meio: vivem no conhecimento e conhecem no viver. A terceira é de que não há descontinuidade entre o social, o humano e suas raízes biológicas.

Erickson identificou oito estágios no ciclo da vida humana, em que cada um dos quais se torna uma nova dimensão de “interação social”, que quer dizer, uma nova dimensão na interação da pessoa consigo mesma e/ou com seu ambiente social.
Segundo Érickson, o desenvolvimento ocorre em oito etapas: em cada etapa é vivida de forma inconsciente, com a sucessão de fases críticas em que se deve optar entre um progresso ou uma regressão.a solução de uma etapa depende do comportamento nas etapas anteriores. Tudo o que cresce tem um plano básico, um tempo de ascensão especial, até que se forme um todo em funcionamento. A isso ele chama de princípio epigenético. Os traços psicossociais de conflito são mais significativos que as etapas da sexualidade segundo Freud.

Gestão democrática e gestão patrimonialista


A gestão democrática visa a utilização da escola como espaço público, é transparente na prestação de contas, oferece acesso à informação pela comunidade escolar, apresenta equivalência entre as decisões e a realidade social da escola, oportuniza o acesso da comunidade escolar às decisões na gestão da escola, há mediações institucionais entre Secretaria de Educação, Conselho Municipal de Educação e escola. Os critérios são impessoais, objetivos e universais na gestão dos recursos da escola, bem como há existência de instrumentos de controle social do poder na gestão da escola.

Já a gestão patrimonialista  faz uso da escola como espaço privado, não é transparente na prestação de contas,apresenta burocratização da informação, há disparidades entre as decisões e a realidade social da escola, faz uso de função pública para obter acesso privilegiado às decisões,  ocorre a ausência de mediações institucionais entre a escola e órgãos administrativos do sistema de ensino. Os critérios são pessoais e/ou particularistas na gestão dos recursos da escola, não há instrumentos de controle social do poder na gestão da escola, como também há utilização pessoal e/ou privada de informações sobre a gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vida Adulta

Adulto é a fase de nossa vida em que atingimos a maturidade, em que sabemos definir claramente o que é certo e o que é errado, fazemos escolhas, tomamos decisões, delineamos projetos pessoais e profissionais. Acredito que possamos caracterizar um adulto como: maduro, responsável, autônomo, capaz, como também já constituir sua própria escala de valores. Não podemos definir a entrada na fase adulta com uma idade,  a partir do momento em que  buscamos a autonomia pessoal e financeira, temos ideais, aspiramos crescer na vida, ter responsabilidades maiores, para as quais tenhamos autonomia e responsabilidade em responder por nossos próprios atos. Acredito que os desafios na vida adulta nos trazem maiores responsabilidades, pois visamos constituir família, ter filhos, casa própria. Um exemplo que podemos citar é voltar a estudar, como nós voltamos após alguns anos, é um grande desafio, pois nos traz mais uma grande responsabilidade, onde temos que nos reorganizar para dar conta do recado.Na questão de como o adulto aprende, pensando no cognitivo, acredito que  buscamos o aprimoramento.   No entanto acredito que sempre estamos em um processo de aprendizagem, pois é com o erro que aprendemos a acertar ou buscamos a partir deste o acerto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ensinar e aprender...

Ensinar é mais difícil do que aprender,
porque ensinar significa deixar aprender.
Cada coisa tem seu tempo certo, 
não florescem no inverno os arvoredos,
nem pela primavera
têm brancos fios os campos.
O principal objetivo da educação é criar homens
que sejam capazes de fazer coisas novas e 
não simplesmente repetir o que outras gerações
fizeram - homens que sejam criadores, inventivos 
e descobridores,
Criar é tão difícil ou tão fácil como viver.
E é do mesmo modo necessário.
É preciso ter bom senso e não aceitar o mundo como ele é,
e, sim, construir um mundo novo.
Criando, corremos o risco de termos o real.

Como disse Henfil:

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores,
se não houver flores, valeu a sombra das folhas,
se não houver folhas, valeu a intenção da semente." 

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Indagações

Destaco o parágrafo a seguir como fundamental para a postagem que fiz anteriormente:
"A autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática, mas não são suficientes para mudar nossa histórica cultura autoritária. Necessitamos de políticas que ampliem as possibilidades de democratização da educação. Pesquisas demonstram que não analisamos gestão democrática em abstrato. Os indicadores têm sido: o direito à educação, isto é: ampliou-se o acesso, a permanência, o conhecimento? Melhorou o financiamento da educação? A valorização do magistério? Quer dizer, para analisarmos se um sistema educacional avançou na gestão democrática e na qualidade da educação, analisamos as políticas educacionais propostas, além dos índices quantitativos."
No entanto sempre acabamos esbarrando em algum segmento que não corresponde ao esperado ou que deixa a desejar. Vemos que consideram números e resultados, no entanto o processo que levou ao determinado resultado não é citado, será que é realmente correto considerar índices quantitativos sem levar em consideração as variadas culturas, classes, raças,...,?

Conceitos estruturantes

A partir da atividade proposta posso ressaltar algumas idéias: O Estado, pode ser definido como um contrato social. Este estava atrelado à ideologia do favor, bem como a uma política manipuladora. Já quando iniciou-se em 1980, um processo de democratização, em que a grande participação popular e a organização da sociedade na luta pelos seus direitos, trouxe uma sociedade mais justa e igualitária e por direitos sociais. Enquanto o Brasil libertava-se da Ditadura, surgiam-lhe novos obstáculos quando estava avançando alguns passos na participação popular e na luta por direitos sociais, sofreu o impacto das estratégias do capital para superação de sua crise: o neoliberalismo, a globalização e reestruturação produtiva, que já estavam em curso no resto do mundo e vinham em sentido contrário a esse movimento. O esvaziamento do conteúdo da democracia e a separação entre o econômico e o político são evidentes. As lutas e conquistas dos anos 1980, de direitos universais, deram lugar à naturalização do possível, isto é, se um Estado “em crise” não pode executar políticas, repassa para a sociedade civil, que vai focalizar nos mais pobres para evitar o caos social. O Estado apenas repassa parte do financiamento, e avalia. O Estado passa a ter o papel mais avaliador do que executor. As políticas atuais têm a avaliação como indutora da qualidade, naquela perspectiva de que o Estado deve ser o avaliador, o coordenador e não mais o executor. Além disso, há também o conteúdo da avaliação, quer dizer, o que vai ser avaliado importa já que diz o que deverá ser ensinado, e remete à escola que queremos, e mais uma vez à função social da escola hoje. Quanto à avaliação como indicativo da qualidade, é uma inversão ao objetivo das avaliações institucionais, que deveriam ser diagnósticas, dando base para a elaboração de políticas e acaba por ser meritocrática, culpando as escolas e mais especificamente os professores pelo sucesso ou fracasso escolar, como se o sistema público não fosse responsável pela rede de escolas e sua qualidade, o que vai de encontro com a teoria Neoliberal que defende a necessidade de retirada da ação do Estado de uma área a fim de que se possa investir em outras, mais prioritárias, será? Posso recordar a realidade sapiranguense, em que integrávamos o Projeto do Instituto Ayrton Senna, em que eu achava um absurdo ter que realizar provas padronizadas no país, no entanto as realidades não interessavam, simplesmente os resultados finais, sem contar o kit planilha que tínhamos que preencher mensalmente. Mas, tudo bem, passou,.., passou nada, agora passaremos a integrar o Instituto Ayrton Senna na rede estadual de ensino, aí já se fala em alterar o Projeto Político Pedagógico da escola em função dessas avaliações, novamente será levado em consideração o resultado final e não o processo que o aluno percorreu para chegar ao mesmo. Pregam uma educação de qualidade em duas provas realizadas no ano, sem ao menos conhecer a realidade de cada escola.
Com base na leitura do texto pude compreender um pouco sobre os conceitos estruturantes, pois sou completamente alienada em políticas, leis,... Sei que estou errada em me alienar nestes assuntos que são de suma importância para nós, mas francamente é algo que não me atrai.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Paulo Freire...

Paulo Freire nos traz maravilhosas colocações no livro Pedagogia da Autonomia:

"Se tivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação."
"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a ele ensinar e não a de transferir conhecimento."
"Saber que devo respeito à autonomia e à identidade do educando exige de mim uma prática em tudo coerente com este saber. Saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do educando e, a prática, procurar a coerência com este saber."
"Como professor crítico, sou um aventureiro responsável, predisposto à mudança, à aceitação diferente. Nada do que experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se."
"A esperança de professor e alunos juntos poder aprender, ensinar, inquietar, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria."

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Planejamento do tempo


O tempo é algo precioso, no entanto organizar o tempo é fundamental. A organização prévia do tempo nos permite o melhor aproveitamento e disciplina na realização das tarefas.
Acredito que tenho aproveitado bem o meu tempo, bem como planejado, tenho dedicado um bom tempo para os estudos, às vezes até deixando de lado outros afazeres para dedicar-me às leituras e atividades de estudos.
Vejo nesta organização uma grande vantagem, pois ao mesmo tempo em que me dedico aos estudos, em casa, posso intercalar uma tarefa ou outra, otimizando e aproveitando melhor meu tempo.
Um empecilho que me afligia é a Internet, pois o sinal é muito fraco, então esta conseguia me tirar do sério, pois normalmente quando estava trabalhando em uma página não consigo carregá-la, então perdendo o tempo que havia definido para tal. Agora não reluto mais, pois me adaptei à Internet, quando nas tentativas não consigo realizar as postagens, programo o despertador e faço-nas de madrugada, que é quando a Internet funciona muito bem.
A organização é o princípio básico fundamental e necessário para otimizar o aproveitamento do tempo.

Trabalho final e Workshop

No preparo para o workshop mais uma vez deparo com minha insegurança para falar em público, o medo de que algo não dê certo, mas como diz o ditado: depois do temporal vem a bonança... Ufa!!!
A elaboração do documento síntese do portfólio de aprendizagens, utilizei como atividade de apoio, pois realizei registros conclusivos e reflexivos de minhas aprendizagens em cada uma das interdisciplinas do Eixo IV. Os registros estavam bem sintetizados, no entanto quando iniciei meu documento final tive facilidade em organizar-me e ir direto ao ponto em questão.
No entanto, continuarei em busca de aprimoramento e crescimento pessoal, pois não somos recipientes de conteúdos, somos professores aprendizes e devemos estar atentos e abertos às mudanças e aperfeiçoamentos necessários para aguçar o desejo de aprender de nossos alunos.

Aprendizagens no eixo IV

As aprendizagens consolidaram-se ao longo do semestre, no entanto ao preparar a síntese reflexão tive a compreensão da dimensão sobre os conceitos de tempo e espaço, que amplia-se na reflexão estruturada em cada interdisciplina pois as diversas representações do mundo estão interligadas. À medida que traço objetivos, em meus planejamentos percebo as relações, no entanto, não havia refletido o tempo e o espaço com expressiva globalização de atividades. Assim, a realização de atividades envolvendo o tempo e o espaço, mostrou-me, nas variadas representações de mundo que estamos inseridos em uma sociedade, em que eu, como professora, tenho o importante papel de trabalhar noções espaciais e temporais para educar a vida.
As diferentes perspectivas de tempo e espaço podem ser trabalhadas de modo integrado, pois quando trabalhamos o tempo físico, permitimos à criança localizar-se no tempo e situar fatos de sua vida fazendo a quantificação e representação, por exemplo a linha de tempo idealizada para as interdisciplinas de Representações de mundo pelos Estudos Sociais e Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, mostra que há uma grande quantidade de números presentes em nossa vida, bem como estão inseridos em nosso cotidiano. Também a partir das aprendizagens construídas neste eixo, nas interdisciplinas estudadas, percebi que ao trabalhar o espaço : a casa, o bairro, a escola, a cidade, o estado, o país. Já no estudo do tempo: elaborar linhas de tempo, pesquisar a história da família, as mudanças da sociedade com o passar dos anos,... Por meio destas atividades e relacionadas às questões sociais e ambientais em que se envolve o uso de mapas e plantas baixas, estarei trabalhando noções de representação matemática com meus alunos, pois vai da criatividade do professor, criar formas de globalizar e explorar os conteúdos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Professor - Perguntador - Respondedor

“O professor não deve ser apenas um respondedor a todas as perguntas dos seus alunos, mas ser um bom perguntador, que leve seus alunos a pesquisa, a buscar as respostas”. Que propicie um ambiente investigador em sala de aula, trazendo diferentes recursos visuais, concretos/palpáveis, de pesquisa (livros, revistas científicas, folhetos informativos, jornais), que saia da sala em busca de respostas no próprio meio físico de seus alunos.
No entanto, não é fácil ser este professor. Beatriz Magdalena e Íris Elizabeth Tempel Costa apontam o obstáculo que atrapalha este tipo de trabalho pedagógico ao dizerem que “as mudanças são complexas na sua prática, pois abarcam transformações pedagógicas, metodológicas e também ideológicas. E estas não são fáceis, nem rápidas. Afinal, estamos nos propondo mudar a base teórica que nos sustentam. Estamos tentando compreender e praticar ações baseadas na hierarquia e autonomia e isso só é possível, quando as relações entre os indivíduos, são baseadas em relações de reciprocidade.” Ou seja, nosso trabalho em sala de aula ainda está muito arraigado ao sistema tradicional, com uma série de conteúdos mínimos a serem desenvolvidos em determinado período. O trabalho do professor ainda é avaliado pela quantidade de atividades que ele possui registrada em seu planejamento diário e não na qualidade da aprendizagem que está sendo atingida pelo aluno, se este aluno é curioso e sabe buscar as respostas das suas perguntas. Ele precisa saber responder as perguntas que lhe são feitas em provas e avaliações escritas. Mas como dizem as autoras, “mudar é fruto de um processo trabalhoso e obter resultados palpáveis junto aos alunos acostumados ao ensino tradicional também” e queremos acrescentar junto à coordenação pedagógica, que no seu discurso cita Piaget, Paulo Freire e outros educadores como referenciais, mas na prática e nas suas exigências ainda esta enraizada no tradicionalismo arcaico.

Curiosidade

Para que os alunos busquem respostas é necessário exercitar a sua curiosidade, é preciso que tenhamos sede de compreender o universo físico, social, político e cultural, mas para aprender, é fundamental trabalhar com perguntas que ainda não sabem responder, senão, o que estariam aprendendo? Conforme a citação “ [...] No ensino esqueceram-se das perguntas, tanto o professor como o aluno, esqueceram-nas, e no meu entender todo conhecimento começa pela pergunta. Começa pelo que você, Paulo, chama de curiosidade. Mas curiosidade é uma pergunta!”. “[...] O que está acontecendo é um movimento unilinear, vai de cá pra lá e acabou, não há volta, e nem sequer há uma demanda; o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada!” (Freire, Fundez, 1985), nos faz refletir, pois realmente já levamos aos alunos as respostas ou buscamos por respostas lógicas, no entanto a aprendizagem a partir das perguntas rompe o ciclo vicioso onde o que impera é a resposta, buscar-se-á resgatar a importância das perguntas e aprender a explorá-las, analisá-las, refiná-las, refazê-las, aprofundá-las na busca por respostas

Perguntas e mais perguntas...

Quando solicitei aos alunos que fizessem perguntas de assuntos que lhe despertassem a curiosidade, houve uma chuva de perguntas que foram direcionadas a minha pessoa, de cunho pessoal, mas respondi a todas, então instiguei-os a fazerem perguntas diversas sobre suas curiosidades, estas variaram do baixo grau ao médio grau de aprendizagem. Já que fora algo em que tinham que pensar questionamentos em um determinado momento.
Outro dia um menino perguntou-me sobre o Egito, se era lá que viviam as múmias, um colega disse-lhe ter medo de múmias, e este respondeu-lhe que eram apenas lendas, aí percebi como é variável o grau de aprendizagem, que este pode surgir a qualquer momento, quando menos esperamos...

A informática na Educação

A utilização da informática na educação é uma ferramenta alternativa para a construção do conhecimento, em que a criança passa a ter um papel ativo, buscando resolver suas necessidades e curiosidades. O uso do computador é uma forma não rotineira, interessante para desencadear o processo de construção da escrita, isto é, a máquina permite à criança construir desenhos, expressar-se por meio de palavras, além de oferecer a oportunidade de manipular controles, teclas, jogos e interatividade. O computador é um recurso didático estimulante e significativo para aprendizagem na construção do próprio conhecimento e desenvolvimento individual.
Cabe ao professor estimular e instigar o aluno para a aquisição da escrita e da leitura, conforme Pierre Lévy (2000, p. 05, Educação em Revista) ¨A função dos mestres é estimular os alunos a questionarem, a tomarem suas próprias iniciativas. (...) As novas tecnologias da informação criaram inúmeras possibilidades que permitem ao ser humano o desenvolvimento de uma nova forma de pensar, de agir e de viver¨.

Vídeo em sala de aula

O vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional.
O vídeo está ligado à televisão e a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula. Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não "aula", o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico, inserindo-os nos projetos desenvolvidos em sala de aula. Mas ao mesmo tempo, saber que necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula.
Vídeo significa também uma forma de contar multilingüística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito.
O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele nos toca e "tocamos" os outros.Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo e nós mesmos.
TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas. O ritmo torna-se cada vez mais alucinante (por exemplo nos videoclips). A lógica da narrativa não se baseia necessariamente na causalidade, mas na contigüidade, em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra.
As mensagens dos meios audiovisuais exigem pouco esforço e envolvimento do receptor. Há maior possibilidade de interação: televisão bidirecional, jogos interativos, CD e DVD.
A possibilidade de escolha e participação e a liberdade de canal e acesso facilitam a relação do espectador com os meios.
As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo.
A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica.

Matematicando...

Para definir cálculos, problemas não convencionais, penso em criar situações problemas em que os alunos possam encontrar diferentes resultados, partindo de situações vivenciadas pelos alunos ou proporcionadas com o intuito de que o aluno experimente calcular livremente.
Visto que o maior objetivo é de que ambos alunos resolvam seus cálculos, independentemente de usar papel ou material de contagem, espero também estar contribuindo para a resolução do cálculo mental, bem como trabalhar com estimativas é muito prazeroso, pois oportunizamos aos alunos desafios que os estimulam a pensar, bem como aguçar o raciocínio lógico.

Espaço e forma

O espaço e as formas estão presentes no cotidiano de nossos alunos, bem como alguns já estão construindo noções matemáticas, o que percebi quando trabalhei com seu peso e medida ao nascimento, pois se admiravam quando um aluno teve mais peso ou medida que o outro.
Os alunos já têm saberes matemáticos, no entanto não os reconhecem conceitualmente.

Material concreto

A utilização de material concreto na interdisciplina é muito importante, acredito que o uso de Base Dez, Geoplano, Material de Cuisenaire, bem como materiais diversos, venham facilitar o entendimento e a construção da aprendizagem.
O uso do material concreto nos possibilita explorar noções de espaço, as quatro operações, atenção e raciocínio. Quando possível também devemos oportunizar a livre exploração e manuseio dos materiais disponibilizados.

domingo, 22 de junho de 2008

Dificuldades...

Percebe-se que no ensino da Matemática há alunos que aprendem com extrema facilidade, já outros parecem ter um bloqueio. Talvez um dos fatores seja por faltar a base do concreto nas séries iniciais, como também há desinteresse dos alunos, mas gostaria de ressaltar que no ensino fundamental sempre tive dificuldades, não compreendia, não conseguia abstrair e interpretar as situações matemáticas, era completamente bloqueada, um zero à esquerda, não sei como cheguei à sétima série sem reprovação. Portanto o que pode parecer desinteresse do aluno pode sim ser um bloqueio que compromete a aprendizagem.

Os números no cotidiano

Os números são parte de nosso cotidiano, em todo tempo e espaço, pois desde o momento em que nascemos já há números em nossa vida, data e hora de nascimento, peso, medida,..., enfim tem números em todo lugar em que vivemos mesmo antes de nosso nascimento e até mesmo depois da morte.
Os números estão em toda parte: na data, no relógio, no velocímetro do carro, em preços, valores monetários, no salário, pesos, medidas, mapas, tabelas, gráficos, está impregnada em nós.
A aplicação da matemática no meio social em que vivemos é tão necessária à nossa vida, quanto às coisas mais essenciais que necessitamos para sobreviver, pois é aplicada por todos seres humanos, cultos ou leigos, tendo a intenção da mesma ou não.